Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho


O LASAT integra um grupo de Pesquisa ativo do CNPq intitulado “Saúde Ambiental”, que apresenta três linhas de pesquisa: Abordagens sistêmicas para estudos das relações entre saúde, produção, trabalho, ambiente e sociedade nos territórios de desenvolvimento humano; Saúde do trabalhador e cadeias produtivas; e, Saúde, ambiente e desenvolvimento, enfocando os processos produtivos e de consumo que afetam a saúde do trabalhador e o ambiente.
O LASAT tem 21 anos de atuação no desenvolvimento de pesquisas sobre as temáticas – Saúde, Ambiente, e Trabalho, orientadas pelas teorias da complexidade e abordagens ecossistêmicas em saúde e da determinação social da saúde com atuação voltada tanto para o SUS como para as comunidades do território de estudo que são afetadas por grandes empreendimentos.
Nos últimos 10 anos o LASAT tem centrado sua atuação em quatro grandes temáticas: nos impactos na saúde e ambiente decorrentes de implementação de projetos de desenvolvimento econômico, focando nos territórios da cadeia petroquímica de Suape; no semiárido nordestino com as obras da Transposição do Rio São Francisco (Pernambuco, Paraíba, Ceará, Bahia); na discussão do uso dos agrotóxicos tanto na agricultura, como na saúde pública no controle de vetores, como o transmissor da dengue ou zika; e, nas diferentes dimensões decorrentes da epidemia do Zika Vírus como a repercussão na vidas das famílias em especial as mulheres mães de crianças portadoras da Síndrome Congênita do Zika vírus. 
O LASAT também apoia o SUS na organização e avaliação de políticas, programas e serviços para a promoção e vigilância em saúde (ambiental, trabalhador, sanitária e epidemiológica), na perspectiva de redes, além da formação de recursos humanos no campo da promoção da saúde, saúde do trabalhador e saúde ambiental.
Criado como tal em 1999, começou a ser articulado como um grupo de pesquisa em 1996, quando o primeiro doutor com linha de pesquisa em “saúde, ambiente e trabalho” foi concursado, agregando outro pesquisador, com mestrado em saneamento. Desde o inicio das atividades houve uma preocupação com o problema na época de adição de larvicidas organogosforados em água potável e pulverização aérea de diferentes agrotóxicos especialmente na área urbana, medidas oficiais para o controle vetorial da Dengue, e que mereceu estudos avaliativos das implicações para a saúde e o ambiente. Ainda em 1996 ocorreu uma catastrofe, com 71 pacientes de hemodiálise mortos por contaminação de água por toxinas de cianofíceas, e que mereceu um posicionamento crítico do NESC ao problema ambiental. Isto atraiu a atenção do Conselho Estadual de Meio Ambiente - Condema que passou a convidar a instituição a fazer parte desse conselho. Em 1997, o primeiro projeto relacionado com o tema dos agrotóxicos teve início, tratou de um estudo da cadeia produtiva do tomate extremamente dependente de agrotóxicos. O projeto foi desenvolvido no agreste de Pernambuco e na cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Esse projeto deu ensejo a uma articulação interinstitucional com o Instituto tecnológico de Pernambuco e a Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco, mediante um grupo técnico instalado no Conselho Estadual de Meio Ambiente. O seguinte projeto, iniciado em 1999, também financiado pela FACEPE, tinha como objeto estudar a cadeia produtiva da cenoura, uma vez que Pernambuco era um grande produtor. Este projeto consolida o Grupo e nasce o LASAT.
Esse projeto foi desenvolvido na cidade de Brejo da Madre de Deus em articulação com a Universidade Federal de Pernambuco. Esse projeto abriu um leque maior de articulação local, analisando o tema do agrotóxico no contexto da sustentabilidade, fazendo uma articulação com a Federação dos Trabalhadores Rurais, a câmara de vereadores, a Prefeitura Local, cooperativa de mulheres trabalhadoras em confecção e o próprio Condema. Era época de grande estiagem e de crise no modo de produção. Nessa oportunidade surgiu a ideia de se fazer uma conferencia de saúde ambiental, focando o tema da água e da floresta, uma vez que nessa região há um. Microclima com parte da floresta atlântica preservada e a nascente do Rio Capibaribe. O prefeito era entusiasta da ideia e tinha como Secretária de Saúde uma médica sanitarista militante da Saúde Coletiva. Assim, foi possível, no ano de 2.000, realizar um importante conferencia local, convocada pelo Conselho Municipal de Saúde, procedida por seis pré-conferencias, com eleição de delegados, tendo sido realizada com muito prestigio politico. O Lasat ficou reforçado por essas articulações intersetoriais e pela progressão de seu programa de pós-graduação, onde já tinha atraído outros pesquisadores, e estudantes de mestrado interessados na temática “saúde, ambiente e trabalho”. Os resultados da pesquisa e da conferencia foi exposta em um livro, que teve duas edições, intitulado Pesquisa (ação) em Saúde Ambiental (Augusto est al, 2002a e 2005b). O Programa de `pós-graduação avançava, o que permitiu desde o seu inicio convidar cientistas comprometidos com o tema da complexidade, e no debate também se refletia sobre o problema dos agrotóxicos em aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais, de saúde. Recebemos colaboração do Pesquisador Guy Duval da Federación Internacional de Institutos de Estudios Avanzados (IFIAS), do Filósofo Juan Samaja da Universidad de Buenos Aires - UBA, do pesquisador Renato Rocha Lieber, da UNESP Guaratinguetá-SP e do Professor Henrique Rattner, da USP para nos capacitar no tema da complexidade e da interdisciplinaridade, assunto que já ficou exposto nas duas edições desse primeiro livro. Após a conferencia em Brejo da Madre de Deus, o grupo se fortaleceu e a partir daí com a adesão do Ministério Público do Estado e Ministério Público do Trabalho foi realizado ainda em 2.000 o primeiro seminário com vistas a criar um Fórum Pernambucano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos, atividade que foi suportada em parte com recursos da pesquisa em curso. Destaca-se a intensa atividade de formação dedicada tanto para as equipes locais, como para técnicos da secretaria estadual e estudantes de pós-graduação. Em 2001, foi realizado um curso para o nível local com uma metodologia especificamente desenvolvida para capacitar agricultores em relação aos problemas do uso de agrotóxicos, o método denominado SOMA (Sistema-Método-Organização – Ação) foi posteriormente replicado no próprio NESC e na UFPE. Um curso internacional, com apoio da OPAS, com professor convidado da Colômbia, foi realizada uma capacitação em Epidemiologia dos Agrotóxicos em 2002. O Lasat seguiu desde então com diversos objetos de pesquisa com temas que inter-relacionam saúde ambiente e trabalho, como os impactos socioambientais decorrentes de grandes empreendimentos como a Transposição do Rio São Francisco e o polo petroquímico, formando conjunto com o tema dos Agrotóxicos sua frente de trabalho na abordagem das características mais complexas sob uma modelagem da determinação socioambiental.
Em 2009, um outro salto de competência, o Lasat coordena um grupo técnico de revisão do registro de 14 agrotóxicos para a ANVISA, em 2014 auxilia a comissão cientifica do II Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente. Esses são alguns destaques que tornam o Lasat entre os mais destacados grupos nacionais de pesquisa que tem uma abordagem integrada para o tema dos agrotóxicos. O Lasat é participante da campanha Permanente de Combate aos Agrotóxicos e pela Vida e de vários grupos técnico-científicos que tratam o tema.
Este é apenas um breve resumo para dar uma ideia de seu perfil.


Identificação

Essa é uma organização do Brasil?Sim

A organização se consideraInstituição de ensino e pesquisa

Nome da instituição pública ou do movimento social da qual a organização faz parte Fundação Oswaldo Cruz - Instituto Aggeu Magalhães

Sujeitos (com quem atua)

Faz parte de alguma rede?Sim

Em alguns estados do Brasil há articulações estaduais e regionais de agroecologia conectadas à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). A sua organização:Conhece e participa da organização estadual

Nome da redeComissão Intersetorial de Saúde, Saneamento e Ambiente do Conselho Nacional de Saúde;

Nome da redeCampanha Permanente contra o uso de agrotóxicos e pela vida

Nome da redeRede Brasileira de Justiça Ambiental

Nome da redeComunidade de Práticas sobre o Enfoque Ecossistêmico em Saúde Humana da América Latina e Caribe (COPEH-LAC)

Nome da redeCentro Íbero-latino Americano de Saúde Pública; Associação Latino Americana de Medicina Social (ALAMS)

Nome da redeOrganização Pan-americana de Saúde - escritório Brasil (OPAS)

Nome da redeCentro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES)

Nome da redeGrupo Temático Saúde e Ambiente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva *GTSA-ABRASCO)

Nome da redeComissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador de Pernambuco

Nome da redeComissão Nacional da Política de Saúde do Trabalhador

Anexos

foto com outros membros que faltaram

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Dimensões: 720px x 541px
Tamanho: 298680 bytes