ROSA - Roda de Saberes em Alimentação Saudável


A partir da parceria entre Prefeitura local e Instituto de Pesquisa, foi criado o ROSA – Roda de Saberes em alimentação saudável em 2017,  devido  a necessidade de aprofundar os conhecimentos e a troca de saberes no que tange as culturas alimentares regionais, e os hábitos culturais da população, tentando, dessa forma, proporcionar melhor conhecimento sobre as plantas tradicionalmente consumidas,  conscientização e re-conhecimento da função de alimento em nosso organismo e sua relação com saúde.  A Prefeitura de Pindamonhangaba, possui na Secretaria de Saúde o CPIC -Centro de Práticas Integrativas e Complementares que incluiu no rol das práticas integrativas oferecidas a população do município a Alimentação Saudável; e a APTA , agencia de pesquisa do estado de São Paulo, possui no município de Pindamonhangaba, o Polo Regional Vale do Paraíba, que conduz pesquisas participativas em Segurança Alimentar e Nutricional, com uma unidade de pesquisa e produção de PANC (plantas alimentícias não convencionais).  Encontros são realizados toda segunda terça feira do mês, das 14:00 as 17:00 hs,   na  Secretaria de Saude/CPIC,  realizando  estudos dirigidos sobre as PANC, cuja metodologia da ROSA prevê a promoção do diálogo entre os participantes e a “troca de saberes. As plantas alimentícias não convencionais (PANC) estão são estudadas, enfocando os aspectos de cultivo e nutricionais, visando à promoção de alimentação mais rica, saudável e o resgate cultural. As riquezas de gostos, sabores e nutrientes fazem parte da natureza dessas plantas e estimula o resgate da história alimentar, a conservação da sociobiodiversidade e a promoção da saúde . Objetivos destes encontros:- Reconhecer a cultura regional relacionada aos hábitos alimentares saudáveis;- Promover a troca de saberes científico e popular sobre os benefícios e propriedades das plantas tradicionais (valor nutricional, medicinal e outros);- Conhecer a rica diversidade de plantas regionais e aprender a utilizá-las com segurança em receitas caseiras. Metodologia dos encontros; Inicialmente é realizada uma sensibilização dos participantes sobre a importância do alimento na saúde, sobre como a comida atualmente se tornou uma “mercadoria”, e qualidade atual processados. Após, uma explanação abordando os aspectos de cultivo da planta, informando desde a produção de mudas, plantio, colheita, e partes das plantas que se podem consumir, sendo entregue aos participantes monografias impressas com informações. Após é elaborado em conjunto uma receita  com a planta estudada no dia com degustação. Ao final do encontro são distribuídas mudas e/ou sementes. Fruto desse trabalho, já fomos agraciados com dois prêmios, oferecidos pelo CONSEA-SP no Concurso Prêmio Josué de Castro de Combate a fome e a Desnutrição,3o lugar no ano de 2017 - na categoria de Políticas Públicas;4o lugar  no ano de 2018 - na categoria de Políticas Públicas. Entre os participantes estão usuários do SUS, profissionais da Saúde, Agentes Comunitários, Lideranças Comunitárias, Agentes de Pastorais, Comunidades Organizadas, Educadores e Interessados em Geral. Alguns relatos dos participantes: “ Para mim foi enriquecedor, aplico hoje muitos ensinamentos sobre plantas que eu nem sabia que poderiam ser consumidas, nem o quanto são saudáveis, também uso os conhecimentos adquiridos no meu trabalho, em cada visita falo sobre as PANCs e seus benefícios e sempre convido os muni´cipes para conhecer a nossa pequena horta na USF” Francine – Agente de Saúde; “Para mim foi importante conhecer e participar do ROSA porque tive a oportunidade de conhecer e experimentar plantas desconhecidas. Uma nova maneira de utilizar PANC em prol da minha saúde, sem contar o baixo custo a qualidade e quantidade de vitaminas contidas nas mesmas” Neide- Associação de Plantas”. Entre os principais resultados apontados pelos participantes em 3 anos de oficinas: troca de experiências resulta em ganhos no quesito ‘melhora da alimentação’ da população e consequentemente na promoção da saúde, prevenindo e reduzindo os riscos de doenças contraídas pela má alimentação; promoção da saúde e valorização da biodiversidade local; Soberania e segurança alimentar e nutricional da população; Formação de agentes multiplicadores. Questionário foi aplicado aos participantes em 2019 sobre a oficina e utilização das plantas estudadas: quando perguntados quais das plantas abordadas os participantes já conheciam, porém não utilizavam ou utilizavam pouco por falta de conhecimento ou acesso, grande maioria já conheciam ora pro nobis (75%), seguidos de vinagreira e serralha (44%), bertalha ( 37%), moringa, major gomes e pariparoba (12%). Quando perguntados quais plantas passaram a utilizar após os encontros, 63% passaram a utilizar ora pro nobis, 50% bertalha, 31% vinagreira, e 12% moringa, serralha, dente de leão e pariparoba. Quando perguntados se as plantas abordadas foram importantes para conscientização e melhoria de sua alimentação todos responderam que sim, foram importantes. Com relação aos  relatos dos participantes, de melhora na saúde, de maneira geral todos afirmam terem tidos melhoras em problemas de saúde, citando melhoria em  anemia (2), constrição(4), perda de peso(1), melhora no caso de fibromialgia(1), hipertensão (1), azia (1), problemas estomacais(1), Enxaqueca (1). Outro ponto positivo relatado pelos participantes foi a preparação de pratos saudáveis com degustação ao final de cada encontro que permitiu  descobrir e re-descobrir novas formas de utilizar plantas no dia a dia,  gostosos,  que variam o paladar, com alto valor nutritivo.
 

1. Identificação

Nome da organização que está registrando a experiênciaAPTA Polo Regional Vale do Paraíba

2. Duração da experiência

Essa é uma experiência criada em resposta aos efeitos da crise sanitária decorrente da pandemia do Coronavírus (Covid-19)? Não, a experiência já vinha acontecendo e continua durante a pandemia

3. Identificação do tipo experiência

Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim

Selecione o tipo de experiênciaAlimentação e nutrição

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Feminino
  • Masculino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Acima de 60 anos
  • De 30 a 60 anos
  • De 15 a 29 anos

Se há uma faixa etária com maior participação, indiqueDe 30 a 60 anos

6. Localização e abrangência espacial

Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)? Não

7. Práticas em saúde e agroecologia

Práticas Agroalimentares (produção/beneficiamento/consumo)Plantas alimentícias não convencionais (PANCs)

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) Outra

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular Dietas alimentares

Outras práticas não especificadas nas opções anteriores Cultura alimentar

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Sim

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
  • Rodas de conversa e oficinas

8. Políticas públicas

Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indiquePolítica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • E-mail
  • Whatsapp/Telegram

Anexos

Anexo 1

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