Grupo de Trabalho Mulheres da Agroecologia Serramar


Nosso grupo, o Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação de Agroecologia Serramar (GT Mulheres Serramar) é uma experiência com foco em agroecologia, mulheres e  educação popular em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Este coletivo, formado por vinte cinco agricultoras rurais e urbanas, viveiristas, artesãs, feirantes, técnicas, professoras e estudantes, se constitui em um espaço horizontal e plural de auto organização de mulheres do campo agroecológico nos municípios de Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Rio das Ostras. Desde sua criação, em 2017, o GT tem investido em um processo de construção coletiva do conhecimento em agroecologia, SSAN e feminismos como estratégia de formação política. Baseado nos princípios da educação popular, as  integrantes do GT definem, de forma participativa e horizontal, os temas estratégicos a serem desenvolvidos sob o formato de oficinas de troca de experiências a partir da metodologia “campesino a campesino”, na qual as próprias agricultoras exercem o papel de educadoras e educandas. Dessa forma, as oficinas combinam momentos de  preparo e degustação de receitas, plantio agroecológico, artesanato ou saboaria com rodas de conversa. Entre setembro de 2018 e  março de 2020 foram realizadas as seguintes oficinas: “compartilhando receitas para a soberania alimentar”; “mulheres e geração de renda: produção de mudas e de sabão ecológico”; “mulheres da serramar na luta por direitos rumo à Marcha das Margaridas”; “mulheres da serramar na luta contra a violência”. As mulheres do GT também tem participado coletivamente de espaços de como feiras agroecológicas universitárias (UFRJ Macaé e UFF Rio das Ostras), encontros e festivais, inclusive vendendo algumas receitas que foram compartilhadas nas oficinas de educação popular. Essa experiência aponta para a importância da construção de estratégias de auto organização política das mulheres pautadas na educação popular enquanto um potente espaço de formação, fortalecimento de laços de solidariedade, construção conjunta de ações políticas e de valorização e visibilização do seu trabalho em defesa da SSAN.

1. Identificação

Nome da organização que está registrando a experiênciaArticulação de Agroecologia Serramar

2. Duração da experiência

Essa é uma experiência criada em resposta aos efeitos da crise sanitária decorrente da pandemia do Coronavírus (Covid-19)? Não, a experiência já vinha acontecendo e continua durante a pandemia

3. Identificação do tipo experiência

Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim

Selecione o tipo de experiênciaAlimentação e nutrição

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Qual(is) a(s) identidade(s) do(s) grupo(s) social(is) e coletivo(s) que participa(m) da construção desta experiência?agricultoras, artesãs, pesquisadoras, estudantes, professoras, técnicas

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiênciaFeminino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

Cor ou raça - indique o(s) grupo(s) que participa(m) da experiência

  • Branca
  • Parda
  • Preta

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • De 15 a 29 anos
  • De 30 a 60 anos

Se há uma faixa etária com maior participação, indiqueDe 30 a 60 anos

Indicação do gênero das pessoas participantesmulheres cis

6. Localização e abrangência espacial

Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)? Não

7. Práticas em saúde e agroecologia

Práticas Agroalimentares (produção/beneficiamento/consumo)

  • Casa ou guardiães/ões de sementes
  • Cozinhas comunitárias
  • Feiras agroecológicas
  • Quintais sócio-produtivos (horticultura, pomar, etc.)
  • Plantas alimentícias não convencionais (PANCs)

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular Remédios caseiros a partir de plantas medicinais

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Não

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
  • Intercâmbio/vivência
  • Rodas de conversa e oficinas
  • Participação em redes de aprendizados e conhecimentos

9. Resistências e ameaças

Algo ameaça esta experiência?

  • Agrotóxico
  • Disputa territorial ou dificuldade de acesso ao território
  • Violência do Estado

Há conflito(s) ambiental(is) no(s) território(s) onde essa experiência acontece?Sim

Grupo(s) social(is) atingido(s) pelo conflito ambiental

  • Agricultor(a) familiar
  • Trabalhadoras/es rurais assalariadas/os
  • Trabalhadoras/es rurais sem terra

Atividade(s) geradora(s) do conflito

  • Indústria do turismo
  • Monoculturas
  • Agrotóxicos
  • Especulação imobiliária

Impactos Socioambientais da(s) atividade(s)

  • Falta/irregularidade na autorização ou licenciamento ambiental
  • Erosão do solo
  • Falta/irregularidade na demarcação de território tradicional

Possíveis danos à saúde decorrentes da atividade e/ou do conflitoPiora na qualidade de vida

A experiência aqui cadastrada está envolvida nesse(s) conflito(s) ambiental(is)? Sim, a experiência contribui para o enfrentamento do conflito

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos? Whatsapp/Telegram

12. Redes em saúde e agroecologia

De que forma sua organização poderia colaborar na criação e/ou fortalecimento dessas redes?Intercâmbio de conhecimentos