A comunidade:
A Comunidade dos Remanescentes de Quilombo da Fazenda é
composta por aproximadamente duzentos Moradores tradicionais Quilombolas, com
mais de 200 anos de história e resistência, com identidade social e étnica
especialmente ligada à suas práticas de resistência na manutenção e reprodução
de seus modos de vida, um legado, uma herança cultural e material que lhe
confere uma referência presencial no sentimento de ser e pertencer a um lugar
específico, e amparado legalmente em direito constitucional pertinente pela
antiguidade da sua ocupação, que reivindicam a titulação dos territórios que
historicamente reconhecem como seus.
A comunidade foi
reconhecida pela Fundação Palmares em 2005, órgão do Ministério da Cultura que
reconhece as Comunidades de Remanescentes Quilombolas, e está na etapa final de
negociação com o Estado, regularização e reconhecimento do território pelo
ITESP (Instituto de Terras de São Paulo), que é o órgão responsável pela
emissão do título da terra.
Agrofloresta, Saúde e Turismo de Base Comunitária:
Hoje o trabalho com agrofloresta amadureceu e faz parte do
roteiro de Turismo de Base Comunitária (TBC) do Quilombo. Procura-se sempre
incentivar os visitantes ao cuidado com o meio ambiente e compreender o quanto
é importante ter uma alimentação saudável, que venha de seu plantio ou de
origem conhecida, sem veneno!
“Um dos nossos roteiros tem o café roça aonde colhemos o que
plantamos como: café, cambuci, cacau pro chocolate, batata doce, o que tiver de
biodiversidade no nosso sistema agroflorestal(SAF), ali já fazemos um contexto de
toda a história da comunidade, da importância da agroecologia, da agrofloresta,
e vamos ao SAF para ver”. importância como faz e ai tem SAF pra ver,
O número de famílias que manejam em sistemas agroflorestais
aumentou no Quilombo, hoje tem seis famílias trabalhando. Dentre as atividades
da comunidade para além do manejo dos agroecossistemas , tem o trabalho com TBC,
a culinária local com pratos típicos como a salada quilombola, o peixe ao molho
de juçara e outros, as trilhas, as danças,
todas coordenadas pela Associação do Quilombo. “Nossa experiência junta biodiversidade,
cultura, boa alimentação, trocar conhecimentos com quem vem de fora”!
3. Identificação do tipo experiência
Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim
Selecione o tipo de experiênciaOutro
Qual outro?Saúde, Agroecologia e Turismo de Base Comunitária
4. Sujeitos
Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim
Qual(is) a(s) identidade(s) do(s) grupo(s) social(is) e coletivo(s) que participa(m) da construção desta experiência?Remanescentes de Quilombo
Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiênciaFeminino
Se há um sexo com maior participação, indique
Feminino
Cor ou raça - indique o(s) grupo(s) que participa(m) da experiência
Branca
Preta
Se há uma cor ou raça com maior participação, indiquePreta
Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência
De 30 a 60 anos
De 15 a 29 anos
De 7 a 14 anos
Se há uma faixa etária com maior participação, indiqueDe 15 a 29 anos
Indicação do gênero das pessoas participantesTodos se declaram heterossexuais.
6. Localização e abrangência espacial
Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)?
Não
Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular
Remédios caseiros a partir de plantas medicinais
Banhos
Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência?
Sim
O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?
Intercâmbio/vivência
Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
Participação em redes de aprendizados e conhecimentos
Rodas de conversa e oficinas
8. Políticas públicas
Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indiqueNenhuma
9. Resistências e ameaças
Algo ameaça esta experiência?Disputa territorial ou dificuldade de acesso ao território
Há conflito(s) ambiental(is) no(s) território(s) onde essa experiência acontece?Sim
Indique o(s) município(s) e respectiva(s) Unidade(s) Federativa(s) onde acontece o conflitoSão Paulo
Grupo(s) social(is) atingido(s) pelo conflito ambiental
Caiçaras
Agricultor(a) familiar
Quilombolas
Pescadoras/es artesanais
Povos indígenas
Atividade(s) geradora(s) do conflito
Especulação imobiliária
Atuação de entidades governamentais
Petróleo e gás
Sobreposição com áreas protegidas (Unidades de Conservação)
Impactos Socioambientais da(s) atividade(s)
Falta/irregularidade na demarcação de território tradicional
Falta/irregularidade na autorização ou licenciamento ambiental
Alteração no regime tradicional de uso e ocupação do território
Possíveis danos à saúde decorrentes da atividade e/ou do conflito
Alcoolismo e/ou uso problemático de outras drogas
Desnutrição
Insegurança alimentar e nutricional
Piora na qualidade de vida
A experiência aqui cadastrada está envolvida nesse(s) conflito(s) ambiental(is)?
Sim, a experiência contribui para o enfrentamento do conflito
11. Estratégias de Comunicação e Anexos
Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?
E-mail
Facebook/Messenger
Whatsapp/Telegram
12. Redes em saúde e agroecologia
De que forma sua organização poderia colaborar na criação e/ou fortalecimento dessas redes?
Seguir fortalecendo o trabalho comunitário e com as comunidades do entorno, fortalecendo as redes que incide, interagindo com as articualções estaduais de agroecologia e com as experiências de Saúde e Agroecologia que dialogam com a FIOCRUZ.