Rede pela Transição Agroecológica do Cabo de Santo Agostinho - PE

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Rede pela transição agroecológica do Cabo - PE

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
Entre 2022 e janeiro de 2025, foi desenvolvido o Projeto de Inclusão Produtiva e Consumo Consciente, numa parceria da Associação de Produtores Agroecológicos com o Instituto Arapuá. Nesse período, iniciaram o acompanhamento de 60 famílias de comunidades rurais do Cabo, com assistência técnica agroecológica e processos formativos (oficinas, intercâmbios, vivências etc.).

Em 2022, articularam a Rede pela Transição Agroecológica do Cabo, que é uma articulação no território a partir dos processos de transição agroecológica, na dimensão macro da agroecologia, contextualizada às questões socioambientais, de gênero, raça, ancestralidade, território, urgências climáticas, entre outras. Sobretudo, numa perspectiva de construção coletiva/participativa de processos de transformação política e social, em contraposição ao modelo de projeto do capital.

Essa rede é composta por agricultoras(es), associações de produtores(as), organizações e movimentos sociais, institutos e instituições que atuam no território. São aproximadamente 25 instituições que assinaram a carta de adesão. Entre elas, podemos citar: Instituto Arapuá, IF Cabo, MST, Conselho de Agricultores, Consea, Fórum Suape, Centro de Mulheres do Cabo, Programa Educação no Campo, Serta, Onda Limpa, entre outras.

Em 2023, a rede iniciou as atividades de mutirões, com o objetivo de fortalecer o território, desenvolvendo ações de reflorestamento, manutenção de nascentes e implantação de hortas comunitárias e quintais produtivos, na perspectiva da segurança alimentar e também de quebrar os ciclos da monocultura no território, diversificando a produção com a implantação de SAFs – Sistemas Agroflorestais.

Com o aumento e a diversificação da produção, surgiu a demanda de escoamento e comercialização dos alimentos. Assim, ainda em 2023, a partir dos princípios da Economia Popular e Solidária, a rede implantou a Feira pela Transição Agroecológica do Cabo (a primeira feira de base agroecológica do município). A feira acontece todas as quintas-feiras e conta com a participação direta de 30 famílias produtoras de base agroecológica do município.

Estado da experiência:
Pernambuco (PE)

Município e Estado da experiência:
Cabo de Santo Agostinho (PE)

Abrangência da experiência:
Intermunicipal - até 4 municípios

Quais municípios esta experiência abrange?
Cabo de Santo Agostinho (PE), Igarassu (PE), Ipojuca (PE), Olinda (PE)

Onde a experiência está localizada?
no meio rural

Em que ano se iniciou a experiência?
2022

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim

Qual o foco prioritário da experiência?
Produção e beneficiamento

Qual o destino da produção?
Comercialização

Quais as principais formas de comercialização?
Feira

A experiência pode ser associada a quais temas?
Agricultura Urbana e Periurbana, Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Campesinato, Povos, Comunidades Tradicionais e outros modos de vida, Construção social de Mercados, Cooperativismo e outros arranjos comunitários, Economia Solidária e outras economias, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Manejo dos Agroecossistemas, Mulheres e Feminismos, Políticas Públicas e fomento, Práticas de Cuidado em Saúde e Medicina Tradicional, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais, Terra, Território e Ancestralidade

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Em rede

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Mulheres (Cis/Trans)

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Pretos

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Agricultoras/es sem terra, Agricultoras/es Urbanas/os, Apicultoras/es e meliponicultoras/es, Artesãs/ãos, Assentadas/os de Reforma Agrária, Educadoras/es e professoras/es, Estudantes, Extensionistas rurais e técnicas/os, Gestoras/es públicos, Grupos atingidos por grandes empreendimentos, Integrantes de ONGs e profissionais autônomos, Juventudes, Movimento de mulheres/feminista, Movimentos sociais, Pescadoras/es e outros povos das águas, Pesquisadoras/es, Povos e Comunidades Tradicionais, Profissionais de saúde

Identifique qual(is) o(s) povo(s) e comunidade(s) tradicional(is) participa(m) da construção desta experiência:
Benzedeiros, Comunidades quilombolas, Extrativistas, Extrativistas costeiros e marinhos, Pescadores artesanais, Povos e comunidades de terreiro ou povos e comunidades de matriz africana, Raizeiros, Ribeirinhos

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma consolidada

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Aumento das chuvas, Alteração no calendário de chuvas, Chuvas extremas, Aumento da temperatura, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Alagamento de áreas, Erosão do solo, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais nativas, Desaparecimento de espécies e variedades animais nativas, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais agrícolas, Desaparecimento de espécies e variedades animais (criação animal), Aumento de plantas espontâneas, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc), Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental), Piora na qualidade do ar

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 10 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Água, Sementes, Florestas, Matas, Rios, Lagoas, Açudes, Mar, Mangue, Campos e várzeas

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Manejo da água, Fogões ecológicos, Fossa bananeira, Compostagem, Tratamentos ecológicos de esgoto doméstico (biofossas, fossa ecológica, círculo de bananeira etc), Conservação do solo, Diversificação e consórcio de culturas, Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Salvaguarda de sementes, Gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos secos (separação para coleta seletiva e reciclagem)

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Engajamento da juventude e defesa das futuras gerações, Cuidados à saúde, Assessoria e suporte à comunidades vulneráveis, Democratização e ampliação do acesso político de grupos minoritários a espaços de poder, Organização de grupos e comunidades, Pesquisa, produção e comunicação de informações qualificadas

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim

Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
Os grupos tem atuado em rede, por meio de mutirões agroecológicos, ampliando e diversificando a produção de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos.

Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Não

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Sim

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Estratégia corpo-a-corpo de comunicação, Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais, Produção de artigos acadêmicos

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Sim

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram, Whatsapp, Rádio, Feiras, Reuniões nas comunidades

Indique o link do site:
redepelatransicaoagroecologica@gmail.com

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
@redeagroecologicacabo

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim

Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Apoia (ou apoiou) os processos de construção de conhecimentos relacionados aos temas da experiência, Combate (ou combateu) à desinformação

Anexos

Disponibilize links de materiais relacionados à experiência, considere principalmente materiais que apresentam a relação entre a experiência e as mudanças climáticas.
https://www.instagram.com/p/DKesGtfubT1/?igsh=MXVtNHhvcDlobnIzNA==

https://www.instagram.com/p/DKsmoMgy_yf/?img_index=4&igsh=MTV4YXE4NngwYW9tYQ==

https://www.instagram.com/reel/DKhn4bUsVYV/?igsh=NjY1YzBuMnVtdXNm

https://www.instagram.com/p/DImJkJiOXLG/?igsh=NTV3NHdyMTluYWE0

https://www.instagram.com/reel/DFXwDPlRO_J/?igsh=MTRvazJ4ejNhYXpneg==

https://www.instagram.com/reel/DF0iCBBSA2H/?igsh=MWdxenRjcnBidTFzbQ==

https://www.instagram.com/reel/DAEpT6Ryw_o/?igsh=a2p0ZzhwcDgyOGw5

Anexe fotos para representar a experiência: