CAV - Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica

Na década de 1970 o Vale do Jequitinhonha vivenciou um período de intensas mudanças políticas, sociais, culturais e econômicas. Impulsionada pelos incentivos governamentais, as monoculturas de eucalipto se alastraram pelo Vale, o que fez com que os agricultores (as) fossem encurralados nas suas grotas pela tomada das áreas de uso comum (chapadas) pelo eucalipto. Eram os efeitos da chamada “Revolução Verde”. A região sentia os impactos das técnicas insustentáveis de produção, a água para consumo humano e fins produtivos se torna um bem cada vez mais escasso, além da mudança de hábitos alimentares e comerciais pela maior incidência do comércio de produtos industrializados. Fatores estes que dificultaram o desenvolvimento e escoamento da produção. Tudo isso se agrava pela falta de políticas públicas direcionadas à agricultura familiar. A migração torna-se a principal alternativa para a sobrevivência dos (as) agricultores (as) na região. Buscando uma saída para tais problemas, os agricultores (as) organizados através do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Turmalina, com apoio da Igreja Católica e Organizações não Governamentais da época, fundam o Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica, em 1994, como uma associação da sociedade civil sem fins lucrativos. Para encontrar uma “resposta” aos desafios enfrentados pela população rural, o CAV busca aliar os conhecimentos técnicos acadêmicos com o saber e a vivência dos agricultores, e conjuntamente implementam metodologias e alternativas para desenvolver de forma sustentável a agricultura familiar da região. São desenvolvidas assim ações no tocante à recuperação de solos degradados, produção agroecológica, difusão de tecnologias sociais para acesso e gestão dos recursos hídricos, geração de emprego e renda norteados por princípios associativistas e cooperativistas através da economia popular solidária e a promoção de uma maior equidade nas relações sociais de gênero.

2. Informações sobre a rede

Descreva como é a estrutura organizativa e de governança da rede.

O CAV é uma associação sem fins lucrativos composta por uma diretoria que em sua grande maioria é formada por agricultores e agricultoras familiares que trabalham de forma voluntária e que é eleita em assembleias pelos sócios da organização. A diretoria é composta por presidente, vice-presidente, tesoureiro, vice-tesoureiro, secretário, vice-secretário, e um conselho fiscal composto de três membros efetivos e três membros suplentes. A entidade tem como fórum maior de decisões as assembleias ordinárias anuais e extraordinárias. Além de outros assuntos, na assembleia anual ordinária é realizada a prestação de contas de todos os projetos geridos pela entidade durante o ano. A equipe técnica é composta por profissionais com diferentes níveis de formação, dentre eles um coordenador geral. Os trabalhos são divididos em setores, onde cada um é organizado de acordo as linhas de atuação. Os setores buscam trabalhar de forma integrada e com periódico nivelamento de informações entre a equipe através de reuniões semanais. A diretoria participa regularmente de reuniões com toda equipe técnica com o objetivo de se manter inteirada dos trabalhos e poder atuar nas decisões que envolvam a organização. Uma vez por ano, juntamente à diretoria, a equipe faz um momento de avaliação dos seus trabalhos e elabora seu planejamento anual de atividades, que é revisado coletivamente a cada seis meses como forma de monitoramento dos trabalhos realizados.

3. Organizações

Tipos de organizações envolvidas na rede.

  • Associação de agricultores/as
  • Cooperativa de agricultores(as)
  • Escola Família Agrícola (EFA)
  • Grupo de mulheres
  • Instituição de ensino, pesquisa e extensão
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF)
  • Organismo de Controle Social (OCS)
  • Sistema Participativo de Garantia (SPG)

Nome da organizaçãoAssociação de Mulheres de Córrego da Lagoa e Gentio (ASMAFA)

Nome da organizaçãoCooperativa dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha (COOAPIVAJE)

Nome da organizaçãoAssociação dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha (AAPIVAJE)

Nome da organizaçãoAssociação dos Artesãos de Minas Novas (AAMN)

Nome da organizaçãoAssociação Comunitária dos Artesãos de Turmalina (SOARTE)

Nome da organizaçãoAssociação dos Artesãos de Turmalina (ASTUR)

Nome da organizaçãoAssociação dos Lavradores e Artesãos de Campo Alegre (ALACA)

Nome da organizaçãoAssociações de artesãs: Associação dos Artesãos de Coqueiro Campo (AACC)

Nome da organizaçãoAssociação da Escola Família Agrícola de Veredinha (ACODEFAVE)

Nome da organizaçãoAssociação dos Agricultores Familiares Feirantes de Veredinha (AFAVE)

Nome da organizaçãoAssociação dos Agricultores Familiares Feirantes de Turmalina (AFTUR)

Nome da organizaçãoAssociação dos Agricultores Familiares Feirantes de Minas Novas (AFeM);

Nome da organizaçãoAssociação dos Agricultores Familiares Feirantes de Chapada do Norte (AFACHAP)

Nome da organizaçãoAssociação dos Agricultores Familiares Feirantes de Berilo (ASFABE)

Nome da organizaçãoAssociação dos Artesãos de Veredinha (ARTEVER)

Nome da organizaçãoAssociação dos Artesãos de Santa Cruz de Chapada do Norte (ARCA)

5. Dificuldades e demandas

Quais dificuldades a rede enfrenta no desenvolvimento das atividades?

  • Comunicação/Divulgação
  • Participação dos sujeitos
  • Recursos financeiros

Descreva melhor essas dificuldades

  1. Trabalha-se com projetos com recursos limitados e com horizontes de curto e médio prazo a fim de viabilizar a contratação do pessoal técnico que contribui efetivamente para os processos que vão da assistência em campo à burocracia que envolve a iniciativa.
  2. A participação ativa e regular do público alvo é um desafio permanente a considerar que a cultura do associativismo e cooperativismo não é ponto forte da população dessa região. Esta é historicamente uma área alvo de políticas assistencialistas e verticalizadas, com baixíssimo potencial de mobilização e protagonismo da sociedade local. 
  3. A comunicação profissionalizada é ainda uma deficiência da REDE a considerar que não se tem colaboradores liberados com o perfil e a competência que se exige para propagar uma iniciativa ainda pioneira na região de atuação do CAV. Influi aqui também, a ausência de recursos para tal.

Quais demandas a rede possui para o desenvolvimento das atividades?

  • Outro
  • Políticas públicas
  • Capacitação e cursos

Qual(is) outra(s)?Comunicação profissionalizada

6. Comunicação

EndereçoRua São Pedro, n°43, bairro do Campo – Turmalina/MG – Brasil CEP: 39.660-000

Telefone(38) 3527-1401 / (38) 99107-1496

Anexos

Anexo 1

Anexo 1

Dimensões: 1280px x 853px
Tamanho: 286300 bytes