Grupo de Estudos em Territorialidade Rural e Reforma Agrária (Grupo TERRA)


O Grupo de Territorialidade Rural e Reforma Agrária (TERRA), é fundado em 2008 pelo professor Paulo Eduardo Moruzzi Marques junto a um grupo de estudantes, todos da ESALQ/USP. A experiência se inicia com um estudo dos fundadores sobre os impactos socioambientais provocados pela monocultura da cana-de-açúcar em Piracicaba e região. Durante o processo de pesquisa, os estudantes conheceram diversos assentados e adquiriram a percepção de que haviam “outras ocupações na região que estavam isoladas, cercadas pelo mar de cana”, nas quais os agricultores enfrentavam uma luta constante para produzir em suas terras. Tal percepção motivou os estudantes a criarem um grupo que se propusesse a, além de estudar os impactos da cana-de-açúcar, construir junto aos assentados soluções para os problemas enfrentados por estes, por meio do arsenal técnico fornecido pela universidade e pautado nos preceitos da agroecologia.
O grupo TERRA se estrutura através de uma organização horizontal articulada nos espaços de deliberação coletivo semanais. O grupo historicamente desenvolve trabalhos e ensino, pesquisa e extensão dentro e fora da universidade, principalmente nos territórios da reforma agrária aos quais se propõe a defender. Ao longo de seus anos de existência, dezenas de estudantes e profissionais já desenvolveram trabalhos dentro ou junto ao grupo, rendendo publicações, TCCs, teses, apresentações em congressos, além de todos os resultados práticos atingidos junto às comunidades envolvidas. Atualmente, o grupo trabalha principalmente em 3 projetos paralelos que ocorrem em 3 assentamentos do estado de São Paulo.
Inserido no plano Nacional do MST "plantar árvores e produzir alimentos saudáveis", o "Projeto Dandara: transição agroecológica em território de reforma agrária" tem o objetivo de implantar sistemas agroflorestais em lotes dos assentamentos Dandara e Reunidas em Promissão/SP. O projeto, realizado pelo grupo NACE-PTECA e financiado pela WeForest, contou com o apoio do grupo desde a fase de cadastramento das famílias, e agora participa de um grupo de trabalho focado no monitoramento dos resultados do projeto.
O grupo TERRA historicamente atuou em diversos momentos no Assentamento Milton Santos, Americana - SP. Atualmente, desenvolve um diagnóstico socioeconômico e produtivo dos lotes que possuem sistemas agroflorestais no assentamento Milton Santos, através de entrevistas e visitas de campo.

O projeto "Impactos do plantio, comercialização e consumo de PANCs e plantas medicinais no grupo de consumo agroecológico GCA - Sepé Tiaraju" é voltado a criar soluções práticas para melhorar a produção, beneficiamento e escoamento de PANCs e medicinais presentes no assentamento, que é uma referência em agroecologia localizado em Serrana/SP.

O grupo não possui financiamento direto ou funcionários. Sua organização financeira se da por doações realizadas pelos membros, assim como a gestão das atividades se da pela dedicação dos mesmos em conciliação com as demais atividades acadêmicas.

Caso queira abordar mais algum assunto que não foi perguntado no formulário, faça-o aqui:O grupo TERRA tenta manter articulações com demais grupos estudantis de agroecologia e NEAs do estado de São Paulo, participando e convidando nos espaços de discussão e formação abertos.

2. Informações sobre a organização

Ano em que iniciou o desenvolvimento de ações em agroecologia2008

Tipo de organização

  • NEA - Núcleo de Agroecologia
  • Grupo de Pesquisa/Ensino/Extensão
  • Organização estudantil
  • Grupo de jovens

3. Sujeitos envolvidos

Faz parte de alguma rede?Sim

Indique quais redes faz parte

  • Rede de Agroecologia do Leste Paulista
  • Outra

Qual outra?Núcleo Nheengatu - NEA da ESALQ/USP

Com que frequência a organização se reúne com outras organizações e qual a finalidade desses encontros?

Rede de Agroecologia do Leste Paulista: o grupo TERRA participa quinzenalmente das reuniões da rede no âmbito do GT Milton Santos, que aborda especificamente a transição agroecológica do assentamento em seus diversos aspectos.

Núcleo Nheengatu: o grupo TERRA participa das atividades do núcleo em articulação com os demais grupos participantes em suas reuniões mensais. A finalidade principal é inserir o debate agroecológico dentro da universidade ocupando diferentes espaços de diálogo.

4. Dificuldades e demandas

Quais as principais dificuldades a organização enfrenta no desenvolvimento das atividades?

  • Gestão interna
  • Comunicação/Divulgação
  • Logística
  • Pessoal
  • Recursos financeiros
  • Formação e Capacitação

Descreva as dificuldades enfrentadas.Por ser um grupo que congrega estudantes de graduação, sem apoio institucional e financeiro, naturalmente resulta em uma série de dificuldades no âmbito organizacional e de infraestrutura para realização dos trabalhos.

Indique as principais demandas e necessidades da organização no desenvolvimento das suas atividades.

  • Insumos
  • Capacitação e cursos
  • Infraestrutura
  • Projetos de pesquisa

Descreva as demandas e necessidades encontradas pela organização em mais detalhe.Justamente por ser um grupo composto majoritariamente por estudantes de graduação, em um contexto universitário conservador em ênfase no ensino voltado ao agronegócio, formações e capacitações na área são uma demanda constante, assim como a estrutura necessária (financeira, espaço, etc.) para realização dos projetos.

5. Comunicação e contato

EndereçoAv. Pádua Dias nº 11

Anexos

PUB TERRA 2023

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