Uso de nim e dipel: a experiência de seu Guimarães
Há três anos João Guimarães deixou de aplicar agrotóxicos nos cultivos e vem experimentando alguns métodos alternativos de controle de pragas. Em Lagoa Seca está localizada sua área de produção de cebolinha, rabanete, rúcula, chicória, brócolis, variedades de alface e pimentão, abacaxi, manga, coco. Para combater o ataque de pulgão, lagarta e mosca branca tem usado óleo (produto comercial) e extrato de nim. Para obter o extrato de nim bate um quilo de folhas com água no liquidificador. A mistura é coada e diluída em 20 litros de água. O nim também é utilizado como quebra-vento nas áreas das hortas e para a revegetação das áreas próximas ao açude. Sua sobrinha utiliza-o como matéria-prima para a fabricação de chapéus. Para combater o ataque do cachorrinho d’água e da broca do pepino, pulveriza as plantas com uma mistura de dipel, açúcar e fubá de milho, fazendo intervalos quinzenais. Ambas as experiências têm dado resultados positivos. Nos locais onde não há cultivos, o capim é utilizado como cobertura do solo para controlar a erosão. Os produtos são vendidos na Feira de Produtos Orgânicos de Lagoa Seca, onde o fruto da palma recebe destaque por ser pouco conhecido.