Seu Maneca e Dona Teresa: desenvolvimento como liberdade

Seu Maneca e Dona Teresa são criadores de um determinado espaço – sua chácara quilombola - e, analogamente, os autores de pensamentos e ações que demonstram o quão importante fazem-se necessários, por conta de suas próprias convicções, dentro deste mesmo espaço de existência física, constituída de terra, lagos, pastos, plantas, areia, ventos, animais, e múltiplas criações diárias, legitimar junto aos distintos espaços da sociedade moderna, seus pensamentos, políticas e práticas de desenvolvimento autônomo como importante estratégia para alcançarem como coletivo quilombola, desenvolvimento e liberdade. Isto configura aspectos outros da agrobiodiversidade local. Aspectos essencialmente políticos, catalisadores da eclosão de renovadas formas de invenção desta agrobiodiversidade local. Cultivam na chácara romãs, carambolas, marmelo, pau-brasil, urtigão, mandiocão (árvore), feijão guandu, carás aéreos (batata trepadeira), bananeiras, bromélias, figueiras, roseiras, bambus, diferentes “plantas medicinais”, cítricos, pereiras, palmeiras reais, jambolão, erva-mate, algodão, café, taquara-do-reino, araucária, aguaí, cincho, canjerana, entre muitas outras espécies, em sistemas agroflorestais, roças e hortas.