Saúde do campo e agrotóxicos : vulnerabilidades socioambientais, político-institucionais e teórico-metodológicas (livro)
Trata-se de produção de livro sistematizando os principais resultados de pesquisas desenvolvidas nos territórios onde há agricultura e conflitos relacionados à exposição aos agrotóxicos, superexploração do trabalho e repercussões sobre questões de gênero, raça e classe.
Sabe-se que, diante da complexidade dos problemas identificados é preciso reconhecer os contextos socioambientais em que vive e trabalha a população e identificar os problemas geradores de nocividades tanto para a saúde humana como para o ambiente. A compreensão deste importante problema de saúde pública permite verificar diversos aspectos que não são observados quando se investiga diretamente apenas a relação causa-efeito, desconsiderando-se o contexto ambiental onde estão inseridos.
Diversos capítulos foram dedicados a discutir a determinação social do processo saúde-doença da população do campo, destacando a discussão acerca de sua relação com o processo de trabalho e de alienação. São apre- sentados resultados de estudos envolvendo mulheres quilombolas e trabalhadores canavieiros, bem como os processos de vulnerabilização que os afetam, considerando a distribuição desigual dos impactos negativos desse modelo de produção, que afeta esses grupos de forma particularmente severa.
A última parte do livro aborda o tema “Saúde do campo e reforma agrária: construção de práticas emancipatórias”, e busca apresentar alternativas possíveis para o modelo químico-dependente, apresentando uma crítica ao agronegócio, apontando a agroecologia como o modelo capaz de garantir uma produção agrícola saudável, na perspectiva da soberania e segurança alimentar, baseada na reforma agrária.