Roçado diversificado: a experiência de Robinho
A família de Robinho trabalha com a diversificação de culturas em uma propriedade de 12 hectares. Reserva três hectares do sítio para conservar as espécies arbóreas existentes na área. No restante do sítio cultiva mandioca, batatinha, milho, cará preto, inhame, coentro, batata-doce, variedades de feijão, manga, acerola e caju para o consumo. Possui ainda áreas de capineira e pastagem. Desenvolve três tipos de consórcio para a época de inverno: no primeiro, consorcia feijão com milho. O feijão é plantado na parte de cima do leirão, em fileiras duplas e o milho é plantado na parte lateral, que recebe maior quantidade de água da chuva. Após 90 dias, é feito um novo plantio de feijão, junto ao milho, e algumas covas de maxixe e batata-doce na parte de cima dos leirões. No segundo tipo, é plantado feijão preto ou carioca consorciado com milho, da mesma maneira como foi explicado no consórcio anterior; e após 10 dias são plantadas algumas manivas de mandioca entre as fileiras de feijão. No inverno seguinte, a mandioca é colhida e é feito um novo consórcio entre feijão fava e milho, que é cultivado a cada quatro leirões; nos leirões que não foi cultivado milho, é plantado feijão macassa. No terceiro tipo de consórcio planta feijão faveta e após 50 dias, batatinha. O milho é cultivado a cada três leirões e o feijão macassa nos intervalos. Antigamente usava fertilizantes químicos e agrotóxicos em seus cultivos, mas que hoje sua produção é orgânica (só usa biofertlizante, calda bordalesa e esterco do próprio curral). Robinho admite que está satisfeito com sua produção e com a economia proporcionada com o uso de adubos e caldas alternativos.