Roça da Libertação


A experiência é desenvolvida na unidade de produção familiar de Raimundo Nonato da Silva Rêgo, de sua companheira Raimunda Rocha da Silva e de sua filha Maria Débora da Silva Rego. A família desenvolve um vivência de produção agroecológica desde 2007, quando iniciou a recuperação da propriedade que encontrava-se degradada. Era praticada a agricultura tradicional, se utilizando de prática que degradavam o ambiente como queimadas e outras. A partir de uma formação em agroecologia, percebeu o quanto era danosa sua prática e iniciou o processo de mudança de atitude, buscando novos aprendizados, tendo o sentido de libertação. A recuperação da área deu-se de forma gradativa e lenta, devido à mão-de-obra exclusivamente familiar, iniciando com 0,25 hectares e evoluindo ao longo de 05 anos para 0,5 hectares. A produção é composta basicamente por: feijão, milho, batata-doce, mandioca, macaxeira, e hortaliças, composta por coentro e cebolinha na sua maior quantidade e por outras hortaliças em menor quantidade, além de criação de porcos. Todo o sistema é produzido buscando a autosustentação, restando a criação animal e a produção de hortaliças que ainda necessitam de alguns insumos externos. No entanto, busca-se atingir esta em curto prazo. O sistema é produzido em bases agroecológicas através de quintais produtivos. Parte da produção é vendida, compondo a renda familiar e parte é consumida pela família. Antes da pandemia vendíamos os produtos na cidade, num sistema de porta-a-porta. Porém, nesse momento devido ao distanciamento social, optamos pela venda na própria propriedade, ofertando cheiro-verde, banana, macaxeira, tangerina. Escolhemos o nome Roça da Libertação por acreditar que a roça pode ser um local de libertação. Essa experiência dialoga com a Agroecologia, apresentando como uma missão de vida.