RedeMoinho - Cooperativa de Comércio Justo e Solidário
O BanSol – Associação de Fomento à Economia Solidária e a Colivre – Cooperativa de Tecnologias Livres, começaram uma relação de parceria no ano de 2007. Nele a Colivre prestava assistência técnica aos computadores do BanSol, mas o BanSol não tinha nenhum serviço a prestar a Colivre em troca, pois muitos membros da Colivre foram ex-membros do BanSol. Sendo assim, a Colivre demandou ao BanSol que este organizasse um processo de compras coletivas entre os membros das duas organizações. Com o passar do tempo esta proposta não conseguia sair do papel pois a dedicação para organizar um processo como este demandaria bastante tempo. Então, em janeiro de 2008, foi fomentada a criação de uma cooperativa de consumo para dar sustentação a este processo de compras coletivas. Entretanto, a equipe inicial da cooperativa somente se formou em abril deste mesmo ano e as primeiras compras foram feitas em novembro de 2008.
A criação da cooperativa de consumo foi alimentada pelo desejo de pessoas praticarem o consumo responsável sem terem que pagar um preço absurdo por isso nos poucos lugares existentes na capital baiana (nenhum com a bandeira do consumo responsável), e aproveitando o forte caráter produtivo que a Bahia tem no interior do Estado com muitos produtos de qualidade e com uma variedade impressionante.
Durante o processo percebemos que somente trabalhar sendo uma cooperativa estritamente de consumo limitava a nossa atuação e desejo, na medida que os grupos tinham necessidades de serviços anteriores a fase de comercialização de seus produtos para consumo. Além disso nossa proposta é atender pessoas que não são cooperadas apenas. Sendo assim a antiga cooperativa de consumo virou a RedeMoinho – Cooperativa de Comércio Justo e Solidário, virando uma cooperativa de serviços na área do Comércio Justo e Economia Solidária, tendo nas compras e vendas de produtos da agricultura familiar, agroecológicas e da Economia Solidária sua maior expertise. Atuamos em duas frentes, uma com o produtor, prospectando clientes para o mesmo e assessorando-o para que este siga os critérios do Comércio Justo, e a outra frente com o consumidor, buscando produtos que este tenha interesse.
Atualmente a cooperativa encontra-se em processo de institucionalização, debatendo o melhor formato jurídico para ela. Há um contato mais próximos com os consumidores da capital, onde muitos já demonstraram interesse na associação. Com relação aos produtores a distancia ainda é maior do que com relação aos consumidores, pois os contatos até então eram feitos por telefone e visitas pontuais feitas por alguns membros da rede, o que não propicia uma relação tão próxima como a desejada. Neste ano teremos como foco a aproximação maior com o produtor.
Além disso contamos com uma sede própria onde realizamos as nossas feirinhas semanais, que estão contando com a adesão cada vez maior de produtores e consumidores. A Cooperativa foi contemplada num projeto do Governo do Estado, o que propiciará a estruturação material da mesma, recursos para a atuação com os produtores em especial (que na maior parte das vezes merecem maior atenção), e principalmente a constituição de uma equipe fixa de trabalho, pois antes todos os seus colaboradores eram voluntários(as).