Rede Saúde, Saneamento, Água e Direitos Humanos para o Semiárido


A construção da “Rede Saúde, Saneamento, Água e Direitos Humanos” – RESSADH – iniciou-se no primeiro semestre de 2016, a partir de uma articulação da Fiocruz Ceará em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Campus Fortaleza), Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará, Cáritas Brasileira Regional Ceará, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador.
Em 30 e 31 março de 2017 foi realizada em Fortaleza-Ceará, a Oficina de Criação da RESSADH1, com vistas a ampliar a participação dos diversos atores e setores que atuam na temática, além das comunidades que vivenciam a problemática relacionada à ausência ou precariedade do saneamento, da seca e da escassez hídrica em seus territórios. O evento que teve como objetivo discutir sobre a organização, princípios e diretrizes da Rede, contou com cerca de 150 participantes – representantes de instituições de ensino e pesquisa, entidades, movimentos sociais, comunidades de diversas regiões do Ceará e setores do Estado responsáveis pela implementação das políticas públicas relacionadas à temática em pauta.
A RESSADH se propõe a atuar na formação, pesquisa e cooperação socioambiental. Sobre a formação, a Rede concebe que se faz necessário proporcionar processos educativos por meio de atividades pedagógicas que estimulem nos/as educandos/as a reflexão numa perspectiva crítica e problematizadora da realidade onde atuam com vistas a transformá-la. Vale destacar a experiência do Curso de Especialização e de Aperfeiçoamento em Educação Popular e Promoção de Territórios Saudáveis na Convivência com o Semiárido 2,3 coordenado pela Fiocruz Ceará, fruto de uma articulação entre a RESSADH e a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS).
Com base no diálogo de saberes e na perspectiva da construção compartilhada de conhecimentos, salienta-se a concepção de pesquisas participativas, as quais pressupõem o envolvimento dos diversos segmentos sociais – sujeitos, coletivos, movimentos, entidades e organizações – que tem uma atuação relacionada aos problemas de pesquisa. Espera-se que as pesquisas desenvolvidas no âmbito da RESSADH contribuam para a transformação social, para a promoção da saúde nos territórios, para o fortalecimento da autonomia e dos modos de vida dos grupos populacionais vulnerabilizados e em situação de injustiça ambiental, bem como para o fortalecimento das instâncias do Sistema Único de Saúde.
Em relação à cooperação social, a Rede visa apoiar a organização do Sistema Único de Saúde nas ações de prevenção de doenças, atenção, promoção e vigilância da saúde; e contribuir com entidades e movimentos sociais no desenvolvimento e fortalecimento de estratégias de convivência com a seca, o que pode subsidiar as políticas públicas; estabelecer parcerias com entidades e instituições que atuam na temática Saúde, Saneamento, Água e Direitos Humanos.
Espera-se que as ações e atividades de formação, pesquisa e cooperação sejam desenvolvidas de forma articulada e que contribuam para a produção de conhecimento, tecnologia e inovação aplicáveis à realidade das populações as quais vivenciam os problemas relacionados ao saneamento precário; à seca, à escassez hídrica e ao acesso a água imprópria para consumo humano.
Objetiva-se que o conhecimento, a tecnologia e a inovação produzidos no âmbito da RESSADH subsidiem a formulação de políticas públicas setoriais e intersetoriais promotoras de saúde e de qualidade de vida. Nesse sentido, as estratégias teórico-metodológicas participativas e os novos conhecimentos gerados poderão ser úteis no desenvolvimento de tecnologias sociais e estratégias de convivência com o semiárido, na elaboração de planos diretores de unidades de conservação, de terras indígenas, ribeirinhos e quilombolas, camponeses, de municípios, bacias hidrográficas e outras categorias de análise e gestão territorial.
1.      https://portal.fiocruz.br/noticia/rede-sobre-saude-agua-e-direitos-humanos-e-criada-no-ceara
2.   http://ce.caritas.org.br.s174889.gridserver.com/2019/01/14/curso-promove-dialogo-de-saberes-praticas-entre-educa-convivencia-semiarido/
3.    https://agencia.fiocruz.br/curso-promove-educacao-popular-em-saude-no-semiarido

1. Identificação

Nome da organização que está registrando a experiênciaFundação Oswaldo Cruz Ceará

3. Identificação do tipo experiência

Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim

Selecione o tipo de experiênciaOutro

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Feminino
  • Masculino

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • De 15 a 29 anos
  • Acima de 60 anos
  • De 30 a 60 anos

6. Localização e abrangência espacial

Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)? Não

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • E-mail
  • Whatsapp/Telegram

12. Redes em saúde e agroecologia

De que forma sua organização poderia colaborar na criação e/ou fortalecimento dessas redes?Participando das iniciativas de formação, pesquisa, cooperação social e outras em parceria com os diversos segmentos - comunidades, movimentos, redes, articulações, entidades, organizações, instituições de ensino e pesquisa, entre outros - que atuam na temática "saúde e agroecologia".