Rede Fitorixi


A proposta de constituição de uma rede em agroecologia e saúde é debatida desde 2014 no território de Oriximiná. Entretanto, vários fatores dificultam a consolidação de uma trabalho desta natureza. Além das questões relacionadas ao financiamento para sustentar um projeto em rede, identifica-se a necessidade de formação de lideranças mais jovens. Para isso, investiu-se nos estudantes de graduação em ciências biológicas da Universidade Federal do Oeste do Pará - Campus Oriximiná. Desde de 2016, após curso introdutório em etnobotânica, um grupo de estudantes participa do projeto. Encerramos o primeiro ciclo de atividades em 2018, com o levantamento etnobotânico conduzido junto aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e moradores indicados por eles, bem como desenvolveu-se e aplicou-se índice que fez triagem de espécies nativas tradicionais. Foram selecionadas 34 espécies nativas da Amazônia que atenderam aos critérios de tradicionalidade definidos pela Anvisa. Essa abordagem contribui para que a atenção básica ou atenção primária em saúde incorpore as especificidades dos lugares quanto ao uso da biodiversidade nativa. Espera-se como resultado ampliar o debate a respeito da tradicionalidade quanto ao uso dos remédios caseiros pelas comunidades amazônidas, na perspectiva de criar protocolos para emprego deles no SUS de Oriximiná. Para tanto, propõe-se a realização de atividades formativas e construção de protocolos e guias de uso dos remédios caseiros de plantas medicinais nativas da Amazônia em ações dialógicas com a realidade local, apoiada pela pesquisa etnobotânica conduzida em Oriximiná. Haverá a introdução da fitoterapia como uma opção terapêutica aliada ao fortalecimento da cultura local. Embora seja uma prática cotidiana das populações amazônicas, permanece sem relevância no SUS da Amazônia. Este tema dialoga com práticas agroecológicas, educação popular em saúde e segurança alimentar, importantes na promoção da saúde.  Outra vertente da pesquisa atua junto a uma comunidade localizada no Lago Sapucuá, onde existe um grupo de mulheres que fazem extração de óleo de andiroba (Carapa guianensis). A proposta é fazer o manejo agroflorestal da espécie, fornecer melhores condições de trabalho e buscar formas de escoar a produção deste óleo para o mercado consumidor. 

1. Identificação

Nome da organização que está registrando a experiênciaFarmanguinhos/Fiocruz

3. Identificação do tipo experiência

Selecione o tipo de experiênciaCuidado em saúde

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Qual(is) a(s) identidade(s) do(s) grupo(s) social(is) e coletivo(s) que participa(m) da construção desta experiência?Agricultores familiares, associação de mulheres, agentes comunitários de saúde e estudante de graduação

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Feminino
  • Masculino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • De 30 a 60 anos
  • Acima de 60 anos

Se há uma faixa etária com maior participação, indiqueDe 30 a 60 anos

7. Práticas em saúde e agroecologia

Práticas Agroalimentares (produção/beneficiamento/consumo)

  • Agrofloresta
  • Compostagem

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) Plantas medicinais e fitoterapia

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular Remédios caseiros a partir de plantas medicinais

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Sim

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Rodas de conversa e oficinas
  • Participação em redes de aprendizados e conhecimentos
  • Intercâmbio/vivência

8. Políticas públicas

Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indiqueFarmácia Viva

9. Resistências e ameaças

Algo ameaça esta experiência?

  • Disputa territorial ou dificuldade de acesso ao território
  • Contaminação/poluição ambiental
  • Intolerância religiosa

Há conflito(s) ambiental(is) no(s) território(s) onde essa experiência acontece?Sim

Indique o(s) município(s) e respectiva(s) Unidade(s) Federativa(s) onde acontece o conflitoOriximiná - Pará

Grupo(s) social(is) atingido(s) pelo conflito ambiental

  • Agricultor(a) familiar
  • Ribeirinhas/os
  • Quilombolas
  • Povos indígenas
  • Extrativistas

Atividade(s) geradora(s) do conflito

  • Barragens e hidrelétricas
  • Madeireiras
  • Pecuária
  • Mineração, garimpos e siderurgia

Impactos Socioambientais da(s) atividade(s)

  • Invasão/dano a área protegida ou unidade de conservação
  • Falta de saneamento básico
  • Poluição do solo
  • Contaminação ou intoxicação por substâncias nocivas
  • Desmatamento
  • Erosão do solo
  • Poluição de recurso hídrico
  • Urbanização desordenada

Possíveis danos à saúde decorrentes da atividade e/ou do conflito

  • Desnutrição
  • Violência - assassinato
  • Acidentes
  • Piora na qualidade de vida
  • Contaminação química
  • Insegurança alimentar e nutricional

A experiência aqui cadastrada está envolvida nesse(s) conflito(s) ambiental(is)? Não, a experiência não está envolvida no conflito

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • Whatsapp/Telegram
  • Facebook/Messenger

12. Redes em saúde e agroecologia

De que forma sua organização poderia colaborar na criação e/ou fortalecimento dessas redes?Pode-se colaborar com o conhecimento técnico em plantas medicinais e fitoterápicos. Com a experiencia no campo da etnobotânica, é possível colaborar na gestão de coletivos que tenham por objetivo desenvolver produtos medicinais para o SUS. 

Anexos

Painel Andiroba

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Resumo FIA

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Capitulo de livro

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Artigo Fitos aprovado

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