Rede de Troca de Sementes e Mudas Tradicionais

A rede de troca de sementes e mudas tradicionais foi criada para estimular  as ações de conservação e reprodução de sementes tradicionais/crioulas em Mato Grosso. Considerando a ameaças constantes do agronegócio a rede foi criada por agricultores/as familiares que participam do Grupo de Intercambio em Agroecologia de Mato Grosso. A rede atua realizando atividades , encontros e festas para a prática de troca entre comunidades rurais de sementes e mudas tradicionais. As atividades acontecem em regiões e momentos diferentes para garantir a participação de uma diversidade de povos. A rede conta com animadoras de sementes, já que mais de 70% dos cadastros das sementes  realizados durante as atividades são de mulheres. As animadoras de sementes são agricultores, quilombolas, indígenas e pantaneiras que  realizam um trabalho em suas comunidades animando a prática de conservação e multiplicação de sementes e mudas tradicionais, durante os intercâmbios e encontro são elas que realizam a identificação destas variedades. A rede conta ainda com um sistema digital de registro dos cadastros de todas as sementes e mudas que são trocadas durante a atividade, o sistema leva o nome de BIS - Banco de Informação sobre Sementes, uma tecnologia social criada e utilizada para mapear as comunidades guardiãs, o tipo de variedade mais cultivada, e a utilização destes variedades, e ajuda a monitorar os impactos do avanço do agronegócio com utilização de agrotóxicos e transgênico que avança sobre os territórios camponeses. A rede adota kits de detecção de transgênica e realiza o monitoramento em sementes de milho. 

1. Identificação

Nome da organização que está registrando a experiênciaFederação de Órgãos para Assistência Social e Educacional - FASE Mato Grosso

2. Duração da experiência

Essa é uma experiência criada em resposta aos efeitos da crise sanitária decorrente da pandemia do Coronavírus (Covid-19)? Em parte, a experiência já acontecia mas houve ajustes devido à pandemia

3. Identificação do tipo experiência

Selecione o tipo de experiênciaOutro

Qual outro?Sociobidiversidade

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Feminino
  • Masculino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • De 30 a 60 anos
  • Acima de 60 anos

7. Práticas em saúde e agroecologia

Águas e saneamentoOutra

Qual outra?Recuperação de nascentes e de áreas degradadas

Práticas Agroalimentares (produção/beneficiamento/consumo)Casa ou guardiães/ões de sementes

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

  • Bioegenergética
  • Homeopatia
  • Plantas medicinais e fitoterapia

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular

  • Banhos
  • Benzimentos, orações, aconselhamento
  • Remédios caseiros a partir de plantas medicinais

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Sim

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Participação em redes de aprendizados e conhecimentos
  • Intercâmbio/vivência
  • Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
  • Rodas de conversa e oficinas

8. Políticas públicas

Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indiquePrograma de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Programa Ecoforte)

9. Resistências e ameaças

Algo ameaça esta experiência?

  • Agrotóxico
  • Disputa territorial ou dificuldade de acesso ao território
  • Racismo
  • Violência geracional (contra crianças, adolescentes, idosos)
  • Transgênico
  • Contaminação/poluição ambiental
  • Violência de gênero (contra mulher, LGBTQIAP+fobia)

Há conflito(s) ambiental(is) no(s) território(s) onde essa experiência acontece?Sim

Indique o(s) município(s) e respectiva(s) Unidade(s) Federativa(s) onde acontece o conflitoCáceres, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e todos os municípios que compreende a baixada cuiabana em Mato Grosso

Grupo(s) social(is) atingido(s) pelo conflito ambiental

  • Agricultor(a) familiar
  • Quilombolas
  • Povos indígenas
  • Extrativistas
  • Quebradeiras de coco
  • Trabalhadoras/es rurais assalariadas/os

Atividade(s) geradora(s) do conflito

  • Barragens e hidrelétricas
  • Agrotóxicos
  • Hidrovias, rodovias, ferrovias, terminais portuários e aeroportos
  • Mineração, garimpos e siderurgia
  • Monoculturas
  • Pecuária
  • Transgênicos

Impactos Socioambientais da(s) atividade(s)

  • Mudanças climáticas
  • Incêndios e/ou queimadas
  • Alteração no ciclo reprodutivo da fauna
  • Alteração no regime tradicional de uso e ocupação do território
  • Exploração no trabalho
  • Contaminação ou intoxicação por substâncias nocivas
  • Erosão do solo
  • Poluição sonora
  • Poluição do solo
  • Poluição de recurso hídrico
  • Desmatamento

Possíveis danos à saúde decorrentes da atividade e/ou do conflito

  • Contaminação ou intoxicação por agrotóxicos
  • Contaminação química
  • Doenças não transmissíveis ou crônicas
  • Fome
  • Insegurança alimentar e nutricional
  • Piora na qualidade de vida
  • Suicídio
  • Violência - assassinato
  • Violência sexual/abuso

A experiência aqui cadastrada está envolvida nesse(s) conflito(s) ambiental(is)? Sim, a experiência contribui para o enfrentamento do conflito

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • Site
  • Facebook/Messenger

12. Redes em saúde e agroecologia

De que forma sua organização poderia colaborar na criação e/ou fortalecimento dessas redes?Nós já realizamos isso na rede de agroecologia de Mato Grosso, o tema da saúde e agroecologia já vem sendo incorporado nas atividades e ações. Pensamos que podemos fortalecer através da troca de saberes e iniciativas.

Anexos

Teia Agroeocológica

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