Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras (RAMA)

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras (RAMA)

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A RAMA existe desde 2015 em Barra do Turvo, Vale do Ribeira. A partir de uma iniciativa da SOF, Sempreviva Organizacao Feminista, junto a projetos do governo federal de fortalecimento de coletivos de mulheres e assistência técnica e extensão rural os trabalhos com as agricultoras de Barra do Turvo tiveram inicio. São 10 anos de trabalho baseados na agroecologia, solidariedade e na economia solidária e feminista.
A rede RAMA é formada por 80 mulheres de 10 diferentes grupos presentes em 10 bairros e quilombos do município de Barra do Turvo. Agricultoras familiares e quilombolas, mulheres, jovens, idosas, mulheres aposentadas, mães, chefes de família.
Baseamos nossa produção agroecológica em sistemas agroflorestais, roças tradicionais, produção animal, de laticínios, produtoras de alimentos beneficiados, panificação, doces, fitoterápicos, ervas medicinais e alimentos. Comercializamos para grupos de consumo responsável e solidário nas cidades de Registro e de São Paulo, desta forma acessamos aproximadamente 150 consumidores. Além dos grupos de consumo responsável, também comercializamos para institutos na cidade de São Paulo como o Baru e o Chão, que são locais de comercialização de produtos orgânicos e agroecológicos na cidade.
Fazemos parte da Marcha Mundial das Mulheres, e temos como parceiras os institutos em São Paulo, a rede Esparrama que é nossa rede de grupos de consumo responsável, a SOF, a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), a CONAQ.
A partir dos encontros da RAMA e da rede de confiança e apoio que foi criada entre as mulheres agricultoras de diferentes bairros e quilombos da cidade percebemos uma melhora na vida das mulheres, observamos uma maior autonomia sobre suas próprias vidas, a criação de relações de apoio e a nítida melhoria na saúde das mulheres
A partir da comercialização observamos uma maior geração de renda para as mulheres e para a família, além da independência financeira das mulheres.

Estado da experiência:
São Paulo (SP)

Município e Estado da experiência:
Barra do Turvo (SP)

Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios

Onde a experiência está localizada?
no meio rural

Em que ano se iniciou a experiência?
2015

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim

Qual o foco prioritário da experiência?
Produção e beneficiamento

Qual o destino da produção?
Comercialização

Quais as principais formas de comercialização?
Feira, Grupos de consumo e CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura), Pontos de venda fixos (lojas, quitandas, etc), restaurantes e outras instituições privadas, Cestas agroecológicas e delivery, PAA, PNAE

A experiência pode ser associada a quais temas?
Agrotóxicos e Transgênicos, Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Biodiversidade e Bens Comuns, Campesinato, Povos, Comunidades Tradicionais e outros modos de vida, Construção social de Mercados, Economia Solidária e outras economias, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Manejo dos Agroecossistemas, Mulheres e Feminismos, Políticas Públicas e fomento, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais, Terra, Território e Ancestralidade

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Em rede

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Mulheres (Cis/Trans)

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Movimento de mulheres/feminista, Povos e Comunidades Tradicionais

Identifique qual(is) o(s) povo(s) e comunidade(s) tradicional(is) participa(m) da construção desta experiência:
Comunidades quilombolas

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma consolidada

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Aumento das chuvas, Alteração no calendário de chuvas, Chuvas extremas, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Alagamento de áreas, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais nativas, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc), Aumento de doenças nas criações animais

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 5 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Água, Florestas, Matas, Rios

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Fossa bananeira, Compostagem, Conservação do solo, Diversificação e consórcio de culturas, Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Manutenção de Reserva Legal e APP

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Democratização e ampliação do acesso político de grupos minoritários a espaços de poder, Organização de grupos e comunidades, Pesquisa, produção e comunicação de informações qualificadas

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim

Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
participação em fóruns, assembléias e encontros que discutem as mudanças climáticas

Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim

Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Não

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram, Whatsapp

Indique o link do site:
https://www.instagram.com/espar.rama?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igsh=ZDNlZDc0MzIxNw==

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
@espar.rama

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim

Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática

Anexos

Disponibilize links de materiais relacionados à experiência, considere principalmente materiais que apresentam a relação entre a experiência e as mudanças climáticas.
https://www.instagram.com/espar.rama?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igsh=ZDNlZDc0MzIxNw==

Anexe fotos para representar a experiência:

Colheita de amendoim no quilombo Reginaldo, agricultora Aurealice

Bruna Massis

Agrofloresta no bairro Indaiatuba, agricultora Aparecida

Bruna Massis

Colheita de lichias no quilombo Ribeirão Terra Seca, agricultora Claresdina

Bruna Massis

Produção de hummus de minhoca, agricultoras Dieny e Susana

Bruna Massis

Mutirão da RAMA e produção de biofertilizantes e compostos orgânicos

Bruna Massis

Produção de açúcar mascavo no quilombo Ribeirão Grande Terra Seca, agricultora Aparecida

Bruna Massis

Agrofloresta e suas guardiãs no quilombo, agricultoras Doliria e Vanilda

Bruna Massis

Horta orgânica agroecológica, agricultora Ana Lucia

Bruna Massis