Projeto Conhecer, Analisar e Transformar a Realidade do Campo - CAT

O Projeto CAT iniciou com a parceria das Prefeituras Municipais, a UESF - Universidade Estadual de Feira de Santana e o MOC - Movimento de Organização Comunitária. A experiência iniciou em 1997 e baseia-se na formação de professoras/es das escolas do campo, coordenações municipais, gestões escolares e atores da sociedade civil organizada, na produção de materiais didáticos contextualizados e atividades lúdicas com crianças e adolescentes das escolas do campo. É desenvolvida em 19 municípios do Semiárido da Bahia. A experiência também acontece com parceria dos movimentos sociais e sindicais do campo, que participam de processos de formação, da construção do planejamento do conteúdo que a escola irá desenvolver e no controle social da proposta. O CAT é uma metodologia que parte da contextualização dos problemas das comunidades. A escola cumpre o papel social de refletir os problemas da vida das famílias enquanto conteúdo pedagógico. Não é uma escola apenas transmissora, mas construtora de conhecimento para transformar a realidade. Segundo pesquisa realizada pelas Universidades Federais da Bahia (UFBA) e de Campina Grande (UFCG), 98% dos jovens rurais entrevistados que estudaram com a proposta CAT continuaram estudos de ensino médio e faculdade. A mesma pesquisa constatou que estudantes da proposta CAT e Baú de Leitura têm uma maior compreensão do mundo, visão crítica, perspectiva de vida e de trabalho. A proposta já publicou 6 livros sobre concepção, princípios, metodologia e práticas pedagógicas da educação do campo. Em 13 municípios, a Educação do Campo Contextualizada foi transformada em política pública, com aprovação de uma Lei Municipal (Araci, Riachão de Jacuípe, Itiúba, Ichu, Valente, Nordestina, Monte Santo, Nova Fátima, Serrinha, Baixa Grande, Cansanção, Pintadas e Lamarão). Em Conceição de Coité houve uma resolução do Conselho Municipal de Educação, mas não transformou em Lei. A iniciativa segue durante a pandemia de forma remota. As formações e intercâmbios são feitos via plataformas digitais e, mesmo remotamente, as professoras desenvolvem atividades com os alunos e suas famílias: contextualizadas e produção de vídeos.