Passagem das Águas: a história de Zé de Pedro e Maria do Carmo
Em 1988, quando José Francisco da Silva ( Zé Pedro) chegou à região com sua família, toda a água utilizada era obtida no barreiro do seu pai. Durante o verão era preciso recorrer aos tanques de outras propriedades localizados em regiões mais distantes. Com o passar dos anos, ele começou a observar a dinâmica da água das chuvas que caíam em sua propriedade. Em 1998, construiu uma cisterna de placas (sombreada por um pé de maracujá), com capacidade para armazenar 16 mil litros de água, que são utilizados somente para consumo da família. Hoje, a propriedade apresenta três barreiros que armazenam água para os diversos usos da família. Dois anos depois, em 2000, a família construiu uma barragem subterrânea, com recursos próprios, com o objetivo de conter a água e a terra removida do roçado. Nesse local são cultivadas verduras, frutas, legumes, plantas medicinais e capim. Também foram construídas barreiras de pedras para contribuir na contenção das terras carreadas pelas águas das chuvas juntamente com cultivos de capim, que são dispostos em faixas ao longo das barreiras e utilizados na alimentação dos animais. O agricultor explica que as roupas da família são lavadas em um tanque de pedra construído no terreno do vizinho, sendo os usuários responsáveis pela limpeza do local.