O USO DE METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO AGROECOLÓGICO EMANCIPATÓRIO: EXPERIÊNCIAS DO NÚCLEO DE ESTUDOS EM AGROECOLOGIA
Analisar as potencialidades e limitações de metodologias participativas no processo de construção do conhecimento e transformação das realidades locais é fundamental para torná-las ferramentas ainda mais seguras e aceitas no meio científico. Este artigo teve como objetivo analisar o uso de metodologias participativas na construção do conhecimento agroecológico emancipatório, a partir de experiências do Núcleo de Estudo em Agroecologia (NEA). A pesquisa foi realizada com agricultores dos municípios de Morros, Cachoeira Grande e Rosário, no Estado do Maranhão, no período de maio de 2014 a abril de 2015, com um total de 42 agricultores familiares. As metodologias trabalhadas foram: Sensibilização das comunidades, Entrevistas semiestruturadas, História da Comunidade, Calendário Sazonal, Mapeamento Participativo, Caminhada transversal e Oficinas Participativas. A triangulação de todas as metodologias utilizadas para a avaliação dos dados foi fundamental para compreender a realidade, buscando construir o conhecimento agroecológico pautado em perspectivas emancipatórias. Ao final, foram geradas cartilhas como retribuição ao conhecimento compartilhado com as comunidades estudadas. Assim, ainda é longa a distância entre a realidade da metodologia participativa atual e a definição da metodologia participativa crítica e emancipatória. Entretanto, essa distância diminui com a construção coletiva a partir das experiências já existentes.