O café orgãnico da agricultura familiar da Zona da Mata de Minas Gerais.
Durante os anos de 2001 e 2002 o CTA em parceira com as organizações dos agricultores(as) familiares, reunidas na Associação dos Trabalhadores Rurais da Zona da Mata, elaboraram o Plano Estratégico para o Café Agroecológico- PEC, com o objetivo principal de identificar os problemas e possibilidades de melhoramento dos sistemas de produção, beneficiamento e comercialização do café agroecológico e em seguida definir estratégias conjuntas para trabalhar os problemas identificados.
Com as informações levantadas pelo PEC, os agricultores familiares organizados em torno da articulação do café agroecológico, tomaram a decisão de certificar este café com o selo de produto orgânico visando a inserção no mercado diferenciado de produtos orgânicos.
Para este processo buscaram como parceria a Associação de Certificação de Produtos Orgânicos Sapucaí, certificadora criada a partir da demanda dos agricultores familiares do sul de Minas Gerais.
A articulação em torno do processo de certificação gerou um grupo de trabalho com o objetivo de estabelecer estratégias conjuntas de certificação e comercialização para o café orgânico da agricultura familiar e conta com a participação das seguintes entidades:
Associação Regional de Trabalhadores Rurais da Zona da Mata, CTA-ZM, ADS/CUT, Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, Organização do Povo que Luta- OPL, Fundação Biodiversitas,STR de Simonésia, Associação de Pequenos Agricultores de Campestre, Centro de Acessoria e Associação de Certificação de Produtos Orgânicos Sapucaí.
A partir desta articulação mineira entre Zona da Mata, Caratinga, Simonésia e Sul de Minas os agricultores familiares começaram a vislumbrar um processo participativo de certificação de produtos agroecológicos, éticos e solidários, onde os próprios agricultores sejam os protagonistas do processo de certificação.