Núcleo Boca da Mata de Agroecologia e Cultura


Somos uma família formada por dois adultos (artistas agroflorestores), um pré-adolescente (fotógrafo passarinheiro) e uma criança (arteirista).
Nossa história com iniciativas agroecológicas tive início em 2016, quando morávamos em Sorocaba e criamos o projeto "Cantos dos Pituãs", coordenando vivências com crianças em parques ecológicos da cidade. Nestes encontros, as crianças tinham a oportunidade de se relacionarem com os espaços naturais de forma livre, mas acompanhadas por adultos referência, que ofereciam vivências artísticas inspiradas nas descobertas do grupo. A alimentação era compartilhada e a questão da segurança alimentar sempre foi uma preocupação nossa, como coordenadores do Projeto.
Ainda em Sorocaba, participamos como co-produtores da fundação do CSA Sorocaba. No mesmo período, estivemos no encontro nacional do CSA Brasil e fizemos uma formação sobre CSA, em Botucatu e participei como artista contadora de histórias da Feira Agroecológica realizada no SESC Sorocaba, narrando contos da "Convenção dos Ventos" de Ana Primavesi.
Foi no final de 2016 que me mudei com minha família para Piracaia, onde começamos a procurar uma terra onde pudéssemos realizar nosso projeto de Agroecologia e Cultura. Em 2019 conseguimos adquirir um sítio de aproximadamente 80.000 metros, em parceria com outra família: Sítio Verdejante, que é dividido em dois Núcleos e tem aproximadamente 60% da área como mata em regeneração. O nosso projeto está sendo plantado no Núcleo Boca da Mata - Agroecologia e Cultura, onde vivemos desde o início da pandemia e estamos aos poucos implantando um Sistema Agroflorestal, com enfoque frutas nativas e café. Temos uma pequena produção de goiaba, que comercializaremos para uma propriedade parceira, que produz doces. Mas desejamos e estamos empenhados em implantar mais duas áreas de SAF: uma com foco em olericultura e outra com plantas aromáticas e medicinais.
Somos um ponto de observação e registro fotográfico de aves. Damos muita importância para atividades de coleta e troca de sementes e saberes agroecológicos. Nosso desejo é um dia nos constituirmos como um ponto de cultura rural, com intercâmbios, trocas de saberes e projetos comunitários, envolvendo principalmente mulheres e crianças.
Hoje temos um espaço cultural no bosque e uma Kombi (nosso projeto agroecológico itinerante) para realização de saraus, narração artística de histórias, vivências brincantes e artes plásticas, tendo a educação ambiental e segurança alimentar como temas transversais. 
Gostamos muito da ideia de fomentar mutirões ritmados por cantos de trabalho, não apenas no nosso sítio, mas em outras propriedades que estiverem precisando de mãos e companhia no fazer na terra.
Ter me tornado sócia da ABA e, através do GT Infâncias, me envolver no processo preparatório do CBA conhecendo tantas iniciativas, movimentos  e redes de agroecologia, ampliou nossos horizontes e confiança de que é preciso mesmo uma articulação agroecológica, para fortalecer essa pauta tanto não apenas nos espaços acadêmicos de construção de conhecimento mas também no chão, onde plantamos nossos sonhos, pés e sementes. 

2. Informações sobre a experiência de agroecologia

A qual(is) categoria(s) a experiência está relacionada?

  • Outro
  • Distribuição, comercialização e consumo de alimentos
  • Produção e beneficiamento
  • Iniciativa de construção do conhecimento (ensino, pesquisa e extensão)

Qual ou quais outra(s) categorias?Estudos e práticas que enredam Infâncias, manifestações artísticas e Agroecologia

Como a experiência de produção e beneficiamento pode ser identificada?Agroecológico

Qual o destino da produção?

  • Autoconsumo
  • Comercialização

Quais as principais formas de comercialização?Grupo de consumo responsável (GCR), compra coletiva, venda de cestas ou CSA

Como a experiência de distribuição, comercialização e consumo pode ser identificada?Grupo de consumo responsável (GCR), compra coletiva, venda de cestas ou CSA

Como a experiência de construção do conhecimento (ensino, pesquisa e extensão) pode ser identificada?Outro

Qual ou quais outra(s)?Grupo de troca de saberes e práticas entre pessoas do território

Como é feita a gestão da experiência?Familiar

Gênero - A gestão da experiência é feita, majoritariamente, por:Igualitário

Raça - A gestão da experiência é feita, majoritariamente, por:Brancos

3. Sujeitos envolvidos na experiência

Quantas pessoas compõem ou fazem parte da experiência?1 a 5

Quantas pessoas a experiência beneficia diretamente?1 a 20

Faz parte de alguma organização?Sim

Faz parte de alguma rede?Sim

Indique quais redes faz parte

  • Rede de Agroecologia do Leste Paulista
  • Articulação Paulista de Agroecologia (Rede APA)

Com que frequência a experiência se reúne com outras organizações e qual a finalidade desses encontros?

Tenho participado das reuniões preparatórias do XII CBA (agosto, novembro de 2022 e fevereiro de 2023).

Participei de intercâmbio de experiência entre as inciativas de "Infâncias e Agroecologia" das creches da FIOCRUZ, UFV  e projetos do CTA, representando o GT Infâncias da ABA.

Participamos, como uma das iniciativas agroflorestais apoiadas pelo Projeto Semeando Água, de eventos organizados pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), para intercâmbio e troca de saberes com outras iniciativas que compõem o mesmo Projeto.

Nome da organizaçãoABA - GT Infâncias e GT Mulheres

4. Financiamento

A experiência teve algum tipo de financiamento? Não

5. Dificuldades e demandas

Quais as principais dificuldades a experiência enfrenta no desenvolvimento das atividades?

  • Gestão interna
  • Assistência técnica (ATER)
  • Comunicação/Divulgação
  • Estrutura de operação
  • Formação e Capacitação
  • Pessoal

Indique as principais demandas e necessidades da experiência.

  • Capacitação e cursos
  • Troca de experiências
  • Políticas públicas
  • Acesso a tecnologias sociais
  • Apoio na comercialização
  • Assistência técnica

Anexos

Anexo 1

Anexo 1

Dimensões: 810px x 1080px
Tamanho: 140710 bytes