Meu caso com as abelhas nativas é de paixão à primeira vista! - A experiência de Luizinho
Eu me chamo Luizinho, tenho 24 anos, sou casado com Branca e tenho um filho: Davi. Moro com meus pais no sítio Cordeiro, Soledade, desde que nasci. Sou agricultor, tenho umas cabeças de gado e outra criação pequena de bodes e galinhas. Só vivia disto, mas esta história começou a mudar quando os agricultores da Paraíba foram fazer uma visita de intercâmbio à cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte, no ano de 2001. Junto com outros interessados formamos grupos de criadores de abelhas e começamos a criar a espécie italiana. Sempre nos reunimos para falar da necessidade da criação de abelhas nativas. Com o apoio do Patac, que forneceu as primeiras colméias para abelhas italianas, formamos um grupo e participamos de um teinamento para captura e manutenção das caixas. Hoje já tenho 16 enxames de vários tipos: jandaíra, cupira, mandurí, tubiba, jati, mosquito, rajada, aripuá, amarela e zamboque. Os produtos são vendidos aos restaurantes da cidade e nas feiras agroecológicas dos encontros como a Semente da Paixão.Tiro em média 50 litros de mel de abelha ápis, que junto com o mel da nativa me rende 700 reais por ano. Pretendo aumentar minha criação com o apoio da minha esposa, que me ajuda no manejo das abelhas nativas e de meu vizinho Ordam. A criação de abelhas é muito importante, pois ajuda na renda familiar, na conscientização para a preservação da natureza, além de servir como alimento e remédio para a família.Tenho certeza que a associação que criamos, a ASCA (Associação Soledadense dos Criadores de Abelhas) irá fortalecer a organização e dar continuidade ao trabalho que o PATAC começou. Hoje me sinto uma pessoa mais consciente, meu caso com as abelhas nativas é de paixão à primeira vista!