Manejo da Caatinga: a experiência de seu Elizeu e Dona Nilza

Eliseu e dona Nilza, casal de agricultores residentes do município Gentio do Ouro, na Bahia, há cinco anos vem praticando o manejo da caatinga em sua propriedade. A partir de uma visita a uma área experimental do Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) puderam observar o potencial produtivo da caatinga. Desde então, cultivam pastagem consorciada com a vegetação existente na área. O agricultor diz que o manejo é simples e que consiste basicamente no raleamento da vegetação, deixando o material picado na área, e no plantio do capim no período de chuvas. Os animais são soltos na área manejada durante o processo de raleamento. A família destaca algumas vantagens do manejo como a preservação da natureza, uma vez que se torna desnecessária a prática de queimadas, a manutenção da qualidade da pastagem, o aumento da resistência ao ataque de pragas e a adição de nutrientes ao solo pela decomposição e incorporação dos restos alimentares numa área de 1 hectare. Explica que raleia e rebaixa a caatinga, depositando todo o material cortado em leiras transversais à inclinação da área. Ao lado das leiras são plantados cultivos como maxixe, tomate, mandioca e pimentão. Além disso, planta capim e cana-de-açúcar entre as leiras. Em um outro espaço planta banana, hortaliças e plantas medicinais. Explica também que as plantas da caatinga se ajudam mutuamente, pois mantêm o terreno mais úmido e fornecem sombra.