Horta Agroecológica do IEPIC - Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho
O grupo envolvido na experiência é composto de estudantes de nível fundamental e médio, além de funcionários, pais e professores do Instituto de Educação Ismael Coutinho juntamente com alunos da Universidade Federal Fluminense e profissionais de outras instituições, numa ação multidisciplinar, interdisciplinar e interinstitucional.
A proposta foi iniciada a partir da demanda do próprio IEPIC, através da Associação de Pais e Amigos da escola e do Grêmio estudantil, com o apoio incondicional de sua equipe pedagógica. A proposta era utilizar um espaço abandonado, onde anteriormente já havia sido feito uma horta, para reativá-lo e transformar em uma nova horta, agora bom bases agroecológicas.
A IEES ICHF UFF, Incubadora de Economia Solidária da Universidade Federal Fluminense e a ONG Campus Avançado foram convidadas a participar e tem contribuído direta ou indiretamente. Temos como parceiros os Fóruns Lixo e Cidadania e o de Economia Solidária de Niterói.
Com esta multiplicidade de interesses e parcerias a proposta da horta foi crescendo e ganhando corpo. Da horta passamos a a um complexo de atividades inclusivas e abrangentes, tanto em termos práticos quanto acadêmicos, percebendo que cada vez mais tanto alunos como pais se incluíam na agenda da horta e houve inclusive uma inserção fantástica dos estudantes deficientes auditivos atendidos pelo Grupo de Inclusão escolar orientado pela Prof Ruth, que estão envolvidos com a produção de mudas.
O aprendizado para o grupo tem sido rico. Nossa questão primeira foi a noção de unidade e necessidade de comunicação, uma barreira que estamos ultrapassando com certa dificuldade.
A segunda foi o insucesso de alguns professores, que, mesmo motivados e atuando voluntariamente pela horta, não encontravam o link entre a prática vivencial e a didática em sala de aula.
Outros desafios: fazer a manutenção dos espaços já conquistados e manter a atividade viva, incluindo mais ações e novidades em termos de atividades didáticas e paradidáticas, que incluam diversificação alimentar, direito humano à alimentação adequada, uso de plantas medicinais, produção orgânica, meio ambiente e outras; reunir os dados e registros fotográficos e relatos das experiências, para divulgar através de um blog e produzir um livreto, construindo textos e arte com os participantes do projeto, para que possam historicizar, figurar e representar essa evolução-construção que é coletiva.
*Obs: Em agosto deste ano, foi criado um projeto auxiliar intitulado "Horta Didática: inclusão e reabilitação através das práticas agroecológicas" que está sendo aplicado sob a coordenação do Prof. Leonardo Kaltner da Faculdade de Educação na perspectiva disciplinar de Pesquisa e Prática de Ensino.