Grande Feira Agroecológica da Agricultura Familiar

A Grande Feira Agroecológica da Agricultura Familiar surgiu como uma proposta da parceria entre o Núcleo de Agroecologia Apêtê-Caapuã e o SESC Sorocaba, que após alguns eventos com o objetivo de enfatizar a importância da alimentação saudável e as interações entre o ser humano e a natureza, perceberam a necessidade de aprofundar a atuação. Decidiram assim, aproximar o campo e a cidade numa tarde agradável de cultura e troca de experiências. A feira, mais tarde nomeada oficialmente “Feira Livre de Agrotóxicos”, numa crítica às grandes feiras realizadas com produtos de agricultura convencional, foi realizada em 07 de junho de 2015, nas dependências do SESC Sorocaba. A Feira contou não somente com a presença de produtores orgânicos da região, mas também com espaços para comercialização de outros produtos, atividades de educação ambiental, doação de mudas e conscientização sobre o consumo, onde se buscou trabalhar de forma simples e objetiva a melhor época de consumo dos alimentos mais procurados em hortifrútis. A feira contou com a participação de 14 famílias/cooperativas de agricultores, que ofereceram frutas, legumes, tubérculos, hortaliças, ovos caipiras, temperos, processados, artesanato quilombola, produtos homeopáticos e cosméticos naturais. Apresentação de música caipira com o grupo Acordais, com participação especial na voz e violão de um dos produtores da feira - William, do Assentamento Horto Bela Vista, animaram o ambiente, trazendo adultos e crianças para o clima rural, colocando visitantes e expositores na dança e complementando a beleza na organização simples e aconchegante das barracas. A Feira Livre de Agrotóxicos foi muito bem recebida pelo público em geral, tanto aqueles que estavam no SESC e ao passar pelo espaço sentiram-se convidados a mergulhar nessa experiência, quanto aqueles que ficaram sabendo do evento por outros meios e foram visitar o espaço para fazer suas compras. Famílias inteiras encontraram na feira não somente um espaço de comércio, mas também de lazer e aprendizado proporcionados pelas trocas de saberes. A iniciativa recebeu vários elogios e sugestões e muitos perguntaam quando seria a próxima feira, dando ênfase ao apoio por uma alimentação mais saudável a preço justo e a difusão da importância do consumo de orgânicos. As dificuldades encontradas no processo de organização e produção do evento foram aquelas provenientes de parcerias entre instituições que trabalham de forma mais participativa e informal com instituições com estrutura de gestão e processos mais formalizados. Porém, com muito diálogo e ouvidos e corações abertos a sugestões os desafios foram superados durante o processo de construção, até tomar forma e tornar-se um sucesso já em sua primeira edição. Aproximar os consumidores da cidade com a realidade do campo trouxe aos organizadores a sensação de dever cumprido, mas também a consciência de que há muito mais a se fazer para fortalecer essas relações. Os visitantes mostraram-se não somente consumidores, mas agentes participativos que se importam em conhecer a origem do produto, a realidade do produtor, e como estreitar essas relações entre ambos, o que mais tarde deu luz a outras ideias de cursos e feiras a fim de realizar essas articulações.