Fortalecimento da cadeia apícola, uma atividade sustentável adequada com as condições climáticas da região do Vale do Jequitinhonha
Identificação geral da experiência
Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Fortalecimento da cadeia apícola, uma atividade sustentável adequada com as condições climáticas da região do Vale do Jequitinhonha
Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A discussão do setor apícola em alguns municípios do Vale do Jequitinhonha se deu no início da década de 90, por meio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Turmalina (STR) que tinha como base territorial a região de Turmalina e Veredinha. Na época não existia na região agricultores produtores de mel, foi então a partir de uma parceria entre o STR e a Cooperação internacional é que foi dado os primeiros avanços para a formação de monitores apícolas para disseminar a prática da atividade. Na sequência, em 1994, foi criado o Centro de Agricultura Alternativa Vicente de Nica (CAV), organização de relevante atuação na região que tem como missão desenvolver junto às comunidades rurais uma proposta de agricultura familiar sustentável, que favoreça as condições de vida dos produtores. Neste contexto, o CAV trouxe a atividade apícola como um dos principais eixos de atuação. Objetivando a necessidade de uma maior organização dos produtores e fortalecimento da atividade na região, em 12 de março de 2002, é fundada a Associação dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha - AAPIVAJE, associação que anteriormente denominava: Associação dos Criadores de Abelha de Minas Novas - ACRIAM, criada em 25 de maio de 1992 que de extensão municipal, passou desde então abranger toda a região do Vale do Jequitinhonha. Na época, a AAPIVAJE foi constituída por 30 (trinta) apicultores, distribuídos em 4 (quatro) municípios, sendo: Turmalina, Minas Novas, Leme do Prado e Veredinha. Atualmente a AAPIVAJE abrange 17 municípios da região do alto e médio Jequitinhonha. A associação trouxe inúmeros benefícios para apicultores de diferentes regiões, incentivando e buscando a valorização da apicultura, capacitando apicultores e auxiliando na comercialização do mel. De maneira geral estes apicultores são produtores pequenos que trabalham a apicultura como atividade secundária e necessitam de apoio e orientação para obterem equipamentos de produção e beneficiamento do mel. Pois, na região existe um grande potencial de produção ainda não explorado. A apicultura é considerada uma atividade sustentável de baixíssimo impacto ambiental, possuindo princípios agroecológicos e atendendo aos critérios da sustentabilidade pois é em sua essência uma atividade ambientalmente correta, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente aceitável. Com intuito de valorizar os produtos apícolas da região do Vale do Jequitinhonha, tendo como produto principal o mel, no ano de 2005 foi construído em Turmalina a unidade de beneficiamento de mel e produtos de abelhas, o que possibilitou a venda do mel inspecionado, rotulado e com marca própria que é a marca Mel Jequitinhonha.
São principais objetivos da AAPIVAJE:
- Congregar os apicultores do Vale do Jequitinhonha;
- Promover o aprimoramento da atividade apícola, através de cursos, palestras, pesquisas técnicas, demonstrações práticas, ou qualquer outra forma;
- promover a preservação do meio ambiente, bem como a recuperação de áreas degradadas que apresentem potenciais para o desenvolvimento da apicultura na região;
Estado da experiência:
Minas Gerais (MG)
Município e Estado da experiência:
Turmalina (MG)
Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios
Onde a experiência está localizada?
no meio rural
Em que ano se iniciou a experiência?
2002
A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento
A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim
A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Não
Qual o foco prioritário da experiência?
Produção e beneficiamento
Qual o destino da produção?
Comercialização
Quais as principais formas de comercialização?
Feira, Pontos de venda fixos (lojas, quitandas, etc), restaurantes e outras instituições privadas, PAA, PNAE
A experiência pode ser associada a quais temas?
Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Biodiversidade e Bens Comuns, Cooperativismo e outros arranjos comunitários, Economia Solidária e outras economias, Manejo dos Agroecossistemas, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais, Terra, Território e Ancestralidade
Gestão da experiência
A gestão da experiência é feita de que forma?
Associativa/Cooperativa
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário
Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Apicultoras/es e meliponicultoras/es
Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios
O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma inicial
Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Chuvas extremas, Diminuição da disponibilidade hídrica, Aumento da temperatura, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Erosão do solo, Desertificação, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais nativas, Desaparecimento de espécies e variedades animais nativas, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais agrícolas, Desaparecimento de espécies e variedades animais (criação animal), Piora na qualidade do ar
Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 30 anos
Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim
Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas
A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim
Quais bens comuns da natureza?
Florestas, Matas
A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim
Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)
Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Pecuária sustentável
Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Organização de grupos e comunidades, Pesquisa, produção e comunicação de informações qualificadas
Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Não
Políticas Públicas e financiamento
Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim
Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Programa Ecoforte)
A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não
Comunicação
A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim
Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de matérias, Produção de vídeos
Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não
Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Site, E-mail institucional, Instagram, Facebook, Whatsapp, YouTube
Indique o link do site:
www.meljequitinhonha.com.br
Indique o e-mail institucional:
aapivaje@yahoo.com.br
Indique nome de usuário ou link do Instagram:
meljequitinhonha
Indique nome de usuário ou link do Facebook:
meljequitinhonha
Indique o link do YouTube:
Não possui link espe´cifico
As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim
Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Contribui (ou contribuiu) com as ações de elaboração de políticas públicas, Combate (ou combateu) à desinformação, Contribui (ou contribuiu) para a captação de recursos