Flor da Serra: A experiência de dona Maria de Jesus e seu Luis Antônio

A família de dona Maria de Jesus e seu Luiz Antônio mora na comunidade Santo André, em Crateús, Ceará. Em 1988, dona Maria e seu Luis participaram de uma capacitação sobre beneficiamento de caju e a partir daí passaram a fabricar e comercializar principalmente a cajuína. Na época da safra, o que se vê é um grande número de pés carregados de caju. Seu Luis Antônio conhece cada um deles pelo tamanho, formato da castanha, cor e sabor. É um grande mestre da arte da enxertia. Explica que primeiro ele corta o tronco dos cajueiros grandes e com o broto novo faz a enxertação. Se a enxertia for bem sucedida, logo que começam a brotar produzem flores e frutos. As abelhas que criam em suas terras se encarregam de fazer a polinização. O beneficiamento do caju é feito num pequeno galpão ao lado da casa. Tudo é aproveitado para a produção de cajuína, suco, doce e rapadura. O que sobra é oferecido como alimento para as cabras. A cajuína, no entanto, é o produto de destaque da família. Criaram até uma marca própria que se chama Flor da Serra. A fabricação da cajuína é dividida com um grupo de mulheres da comunidade, lideradas por dona Raimundinha. Produzem em média 6 mil garrafas por safra. Os produtos são vendidos diretamente aos consumidores; uma pequena parte é vendida em um supermercado local; e pretendem vender também à CONAB. A responsabilidade da comercialização fica toda a cargo de dona Maria de Jesus. Experiência sistematizada para o VI Enconasa