FEIRÃO COLONIAL

                          
FEIRÃO COLONIAL SEMANAL - 28 ANOS DE HISTÓRIA
01 de abril de 1992/2020
 
                               O FEIRÃO COLONIAL faz parte das atividades do Projeto Esperança/Cooesperança, setor vinculado ao Banco da Esperança da Arquidiocese de Santa Maria. Foi criado em 1º de abril de 1992, com a participação efetiva e comprometida dos Grupos Rurais e Urbanos associados ao Projeto Esperança/Cooesperança. Participam os consumidores que tem consciência do consumo de produtos saudáveis de qualidade, para a defesa da Vida e Saúde e dos grupos organizados na região central – RS do Território da Cidadania.
                               A Gestão do FEIRÃO COLONIAL é feita de forma colegiada, participativa, interativa e autogestionária entre a Equipe do Projeto Esperança/Cooesperança e os grupos associados, nos diversos segmentos de atuação do mesmo. É a Economia Solidária e a Agricultura Familiar Camponesa que se fortalece na região central – RS, que gera trabalho, renda e Desenvolvimento Regional na visão do “Pensar Global e Agir Local”, com a preocupação de oferecer alimentos saudáveis.
                               A Comercialização se dá de forma direta entre o produtor organizado e do consumid@r consciente. O consumid@r fica sabendo quem produziu o produto que ele consome e se cria uma relação de confiança mútua, solidária, comprometida, interativa e autogestionária.
                               Todos os participantes se comprometem na melhoria da qualidade dos produtos do FEIRÃO COLONIAL que fortalece a consciência e a prática do Comércio Justo, Consumo Ético e Solidário, entre produtores e Consumidores organizados e conscientes. É um encontro alegre e festivo que se repete todos os sábados com a integração de todas as classes sociais. É um espaço importante para o debate e troca de idéias e troca de experiências bem sucedidas a nível urbano e rural. É um projeto regional de grande envergadura organizativa.
                               O espaço físico do FEIRÃO COLONIAL congrega o Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter e que tem um espaço de quase 4.000 metros de área construída, através de projetos com apoio das três esferas do Governo Municipal, Estadual e Federal.
                               Os FEIRÕES COLONIAIS realizam-se a cada sábado das 7h às 11h30min, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, à rua Heitor Campos, snº, ao lado do Colégio  Estadual Irmão José Otão, Santa Maria, RS, cujo espaço foi construído com  esta  finalidade, com apoio da Arquidiocese de Santa Maria e recursos de Políticas Públicas e com apoio significativo da Caritas Brasileira, da Caritas RS e da Caritas Arquidiocesana de Santa Maria.
                                No Feirão Colonial, realiza-se a venda direta do produtor ao consumidor, eliminando assim o atravessador, fortalecendo o Desenvolvimento Regional, Solidário, Sustentável e Territorial.
                                Os Pontos fixos de Comercialização Solidária fazem parte deste importante Projeto em Rede que são grandes espaços de articulação, debate, troca de experiências e de Comercialização Direta de produtos dos Empreendimentos Solidários. A Feira é um grande mutirão feito com a participação de diversas Entidades de apoio e com Comissões de organização, organizações governamentais e não-governamentais e Agricultura Familiar Camponesa. O trabalho se fortalece em Redes de Comercialização Solidária, articulados na Rede COMSOL (Rede Nacional de Comercialização Solidária).                
                         A prática da Economia Solidária e o Cooperativismo estão fundamentados na Cooperação, Autogestão, Produção Coletiva e Agroecológica, Comercialização Direta, justa distribuição de Renda, Solidariedade, Comércio Justo, Consumo Ético e Solidário, Agricultura Familiar Camponesa e com a lógica econômica que valoriza o ser humano e o trabalho, acima do capital, em vista disso formar novos sujeitos para o exercício da cidadania e inclusão social, construindo um Projeto Democrático, Popular e Sustentável. O FEIRÃO COLONIAL de Santa Maria, faz parte da Rede COMSOL, uma Rede Brasileira de Comercialização Solidária de 200 Pontos Fixos de Comercialização Solidária, apoiado pelo Governo Federal e coordenado pelo IMS (Instituto Marista de Solidariedade) e parceria com os demais Pontos fixos de Comercialização Solidária do Brasil.
                         Estes e outros importantes espaços fazem parte deste conjunto do FEIRÃO COLONIAL e dos Pontos fixos de Comercialização Solidária que fortalecem a Economia Solidária na Região Central. Inclui milhares de trabalhadores no campo e a cidade que buscam a sua sobrevivência pela inclusão nos projetos de Economia Solidária, acompanhados pela SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária), pela Cáritas Brasileira/RS, IMS (Instituto Marista de Solidariedade) e o Projeto Esperança/Cooesperança, e é um dos Setores do Banco da Esperança da Arquidiocese de Santa Maria, juntamente com muitas outras Entidades, Organizações, Pastorais e Movimentos Sociais, no trabalho em redes de cooperação de que acredita nesta forma de organização Solidária.
                        Agradecemos à todas as pessoas, Organizações Parceiras, Gestores Públicos, Universidades, Entidades Parceiras, Movimentos Sociais, Consumidores e Veículos de Comunicação que contribuem no fortalecimento e na realização deste importante trabalho que congrega, articula e fortalece a integração regional de experiências alternativas de produção e de Comercialização Direta, na perspectiva do “Pensar Global e Agir Local”, produzindo alimentos saudáveis.
                         Esta é uma trajetória de grandes desafios, mas também de muitas lutas e avanços na caminhada destes 28 anos ininterruptos do Feirão Colonial, coordenado pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria.
                        Este trabalho, sintetiza o que retrata o Provérbio Chinês, colocado neste conteúdo: “Se quiseres planejar para um ano: plante cereais. Se quiseres planejar para 30 anos: plante árvores. Se quiseres planejar para 100 anos: organize e motive a organização do Povo”.