
Feira Agroecológica da Freguesia
Usuário de submissão:
cadastrorj
Nome da experiência:
Feira Agroecológica da Freguesia
Município e estado de localização:
Rio de Janeiro (RJ)
A qual região do estado do Rio de Janeiro a experiência pertence?
Metropolitana
Descrição básica, destacando as ações que compõem a experiência.
A Feira Agroecológica da Freguesia (FAFRE) foi criada em agosto de 2013. Ela faz parte do Circuito Carioca de Feiras Orgânicas e surgiu a partir de uma demanda antiga dos moradores da Freguesia à Associação de Moradores da Freguesia (AMAF) para a criação de uma feira orgânica no bairro. Em 2012, a partir de contatos com a SEDES (Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico Solidário) e a Rede Carioca de Agricultura Urbana, começaram os preparativos para a feira. Seus agricultores passaram por um curso de formação, no qual discutiram economia solidária, formação de preços, sistema participativo de garantia (certificação orgânica) e construíram o regimento da feira.
Diferente das outras feiras do Circuito, a maior parte dos seus feirantes são agricultores cariocas (de Vargem Grande, Taquara, ) e contam com a participação de agricultores da Região Metropolitana e Serrana.
Além de orgânica, a feira também se identifica com os valores da agroecologia. Seus agricultores e organizadores acreditam na feira como um espaço de valorização do pequeno agricultor familiar e urbano, que vende seu produto diretamente para o consumidor, que entende que o mercado não é apenas para gerar lucro, mas sim para permitir que os(as) agricultores(as) possam continuar sendo agricultores(as) ou vivendo da sua terra.” Por extensão, a Feira da Freguesia, junto a outras feiras agroecológicas, são fundamentais para a manutenção da agricultura carioca, para o acesso da população a alimentos saudáveis e como espaços sociais democráticos de ocupação da cidade.
Em março de 2020, com o surgimento da pandemia de covid-19, os agricultores da Feira em parceria com equipe de pesquisa e extensão do Núcleo de Estudos em Ambiente, Território e Sistemas Agroalimentares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (NEATS/UFRRJ) e AMAF deram início à experiência de organização de uma entrega coletiva de cestas em domicílio.
Um associado da AMAF havia organizado o site “Onde Moro” para divulgação do comércio local do bairro. Diante das dificuldades enfrentadas pela FAFRE com a chegada da pandemia, ele se disponibilizou a organizar uma página no site com a divulgação semanal das feiras. Inicialmente, eram apresentadas três opções de cestas, com a disponibilização de um canal de whatsapp e posteriormente, este mesmo associado propôs a utilização de um aplicativo gratuito para a oferta de alimentos da feira. Este aplicativo permite que os consumidores possam escolher livremente suas cestas, calcula o valor, disponibiliza o pedido em pdf e fornece relatórios de quantidades, facilitando a tarefa dos organizadores das cestas, ainda que a etapa final do processo seja no whatsapp. Esta experiência continua ativa e tem se mostrado importante ferramenta para fortalecer os agricultores, a feira como um todo e alargar seu alcance territorial. O uso do e-commerce portanto é uma estratégia que pode se somar às praças de mercado, permitindo lidar melhor com a concorrência e os processos anteriores e posteriores à comercialização.
Quanto aos desafios, a Feira tem enfrentado uma queda no número de consumidores e por conseguinte, tem dificuldades para garantir a presença de feirantes de regiões mais distantes, tais como da Região Serrana, que contribuem para maior diversidade de produtos na feira. Na atualidade, a feira conta apenas com agricultores cariocas. Também não há apoio do poder público municipal, exceto a autorização para uso do espaço público. Os recursos disponíveis do coletivo para reforma de barracas, lonas e caixas são muito pequenos. Já o delivery coletivo necessita de uma grande dedicação para a realização de tarefas de comunicação com consumidores, feirantes, montagem das cestas, balanço, recebimento de recursos e pagamento aos feirantes. O grupo de feirantes neste momento busca pensar meios de garantir meios para que essas atividades sejam remuneradas e estáveis.
Abrangência de atuação:
Municipal - 1 município
A experiência está sendo desenvolvida principalmente:
no meio urbano em cidades médias (com mais de 50 mil habitantes)
Ano de início da experiência:
2013
A experiência está em atividade?
Sim
Como poderia ser caracterizada a continuidade das ações promovidas pela experiência?
Desenvolve atividades de forma contínua, ainda que com intensidade variada.
A experiência faz parte de alguma organização?
Sim
Faz parte de alguma rede?
Sim
Qual(is) rede(s)?
Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), Rede Carioca de Agricultura Urbana (Rede CAU)
Qual a categoria da experiência?
Comércio, feira e outras formas de venda de produtos
Como a experiência de Comércio, feira e outras formas de venda de produtos pode ser identificada?
Feira
A gestão da experiência é feita de que forma?
Coletiva/Comunitária
A gestão da experiência é feita, majoritariamente, por qual gênero?
Mulheres (Cis/Trans)
A gestão da experiência é feita, majoritariamente, por qual grupo racial?
Brancos
Quais recursos possuem gestão coletiva na experiência?
Finanças/Gestão de fundos
Quais são as identidades dos sujeitos da experiência?
Agricultoras/es Urbanas/os, Consumidoras/es, Estudantes, Movimentos sociais, Pesquisadoras/es
Quantas pessoas compõem ou fazem parte da experiência?
entre 1 e 10
Quantas pessoas a experiência beneficia diretamente?
1 a 20
Quais os principais temas da experiência?
Agricultura Urbana e Periurbana, Agrotóxicos e Transgênicos, Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Construção social de Mercados, Economia Solidária e outras economias
Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim
Quais políticas públicas?
Lei da Agricultura Orgânica (Certificação), Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana
A experiência teve algum tipo de financiamento?
Sim
Que tipo de financiamento?
Público (relacionado a políticas públicas e/ou emendas parlamentares), Privado (Fundações e organizações de filantropia)
Quais foram os financiamentos públicos, quem financiou (qual/is órgãos da administração pública e/ou parlamentares, no caso de emendas) e qual o valor financiado?
A experiência contou com o apoio da Fiocruz para a aquisição de barracas no momento de sua criação. Posteriormente contou com o acompanhamento de pesquisadora e bolsista da UFRRJ.
Quais foram os financiamentos privados, quem financiou e qual o valor financiado?
A feira contou com instituições e organizações para sua criação (AS-PTA, CAPINA, PACS) formação, certificação participativa, apoio para eventos, materiais de divulgação, bolsas recicláveis, pequenas reformas.
A experiência enfrentou algum tipo de descontinuidade em termos de financiamento, considerando o planejamento inicialmente estabelecido?
Não
Site na internet:
https://feiraagroecologicadafreguesia.nivel.delivery/
Página no facebook:
feira agroecológica da freguesia — Resultados da pesquisa | Facebook
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