Ensino de Alternância Indígena Sateré-Mawe


A demanda por Agroecologia partiu da própria comunidade Sateré-Mawé preocupados com a soberania alimentar das aldeias e comunidades. O Curso Técnico em Agroecologia teve início em 2018 e vem sendo desenvolvido através do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas, campus Maués, na Terra Indígena (TI) Andirá-Marau, região do Baixo Marau, no Município de Maués (AM). A criação do Curso Técnico em Agroecologia de nível médio na forma integrada, modalidade EJA/PROEJA Indígena/Sateré-Mawé/Baixo-Marau partiu da demanda do próprio povo, e a proposta insere-se no contexto de inclusão e acesso a um ensino contextualizado, amparado em uma perspectiva intercultural de construção de saberes, corroborando com o anseio das/os jovens Sateré-Mawe em realizar seus estudos dentro do território, motivados para as discussões sobre o contexto da produção agroecológica e os desafios atuais de manutenção do povo no território no que tange à segurança e soberania alimentar com respeito à sua cultura. Os seguintes municípios tem incidência nessa TI: Aveiro, Barreirinha, Itaituba, Juruti, Maués, Parintins.

Caracterização territorial/geográfica

Bioma relacionado.Amazônia

RegiãoNorte

População total do município.52236

População rural26404

População urbana25832

Perfil geral da Experiência

Tipo de iniciativaAção, política ou programa governamental que apoia diretamente agricultores/as, grupos, coletivos e iniciativas da sociedade (PPAA)

Principal ente financiador

  • Federal (F)
  • Municipal (M)

Principal ente executor/gestor

  • Sociedade Civil (SC)
  • Federal (F)

Temas do projeto Municípios Agroecológicos

  • Educação do Campo/Contextualizada e Educação em Agroecologia
  • Construção do conhecimento agroecológico

Caracterização básica da experiência

A iniciativa segue em curso?Sim

Período de execução (mês/ano)Desde 2019

Orçamento anual160496

Estimativa de público beneficiário36 alunos da Terra Indígena Andirá-Marau

Destaque/Observação

A prefeitura de Maués repassa recurso para combustível do deslocamento dos professores e paga o professor indígena contratado. As/os alunas/os recebem recurso de assistência estudantil (uniforme, material escolar, bolsa, etc). Até o momento, o Instituto Federal já investiu aproximadamente R$ 56.496,00 quanto a manutenção da lancha, alimentação, material escolar, assistência estudantil e mobiliário escolar. A prefeitura municipal de Maués, por sua vez, já auxiliou com um total de R$ 30.000, com gastos referentes a combustível e pagamento de mão-de-obra (carpinteiro, merendeira e professor indígena). A Associação de Pais e Mestres da Comunidade (APMC) já colaborou com um total de R$ 10.000 entre gastos referentes à construção de alojamentos e mão-de-obra (carpinteiro, merendeira e professor indígena). O Slow Food já investiu aproximadamente R$ 34.000 com pagamento de pessoal, compra com equipamentos, insumos e custos logísticos associados com este processo. A Aliança Guaraná de Maués investiu cerca de R$ 15.000,00. Portanto, temos um gasto total de R$ 160.496

Link com materiais de referênciahttp://portal.inpa.gov.br/index.php/ultimas-noticias/2159-terra-indigena-andira-marau-recebe-feira-focada-na-soberania-alimentar-dos-satere-mawe