Efeito de extratos de diferentes espécies vegetais do bioma Caatinga sobre Plutella xylostella (Linnaeus) (Lepidoptera: Plutellidae) PETROLINA

Um dos grandes problemas enfrentados pelos agricultores que se dedicam ao cultivo de hortaliças é a ocorrência de insetos que danificam diversas culturas. Dentre esses, a traça-das-crucíferas, por ser um inseto desfolhador, provoca danos consideráveis em espécies da família Brassicaceae. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito tópico e repelente de extratos aquosos de diferentes espécies vegetais do bioma Caatinga sobre a traça Plutella xylostella L. Para os testes de bioatividade foram utilizados extratos provenientes de diferentes estruturas vegetais das seguintes espécies: Anadenanthera colubrina, Tabebuia áurea, Cnidoscolus quercifolius, Ziziphus joazeiro e Aspidosperma pyrifolium. Além dessas, a espécie exótica Azadirachta indica também foi incluída nos testes por sua reconhecida ação inseticida. Foram preparados extratos aquosos a partir de folhas, ramos, cascas e frutos desidratados e frescos das diferentes espécies. O material vegetal foi adicionado à água destilada para obtenção da concentração de 5%. A mistura permaneceu em repouso por 24 horas e após esse período foi filtrada, estando pronta para o uso. Em alguns experimentos foi realizada a extração por meio de um aparelho de ultrassom onde os extratos permaneceram por um período de 48 minutos. Para avaliação do efeito tópico, larvas de segundo ínstar, foram imersas nos extratos e transferidas para discos foliares de couve. Após 24 horas foi avaliado o número de insetos sobreviventes. Para os testes de repelência, discos de couve imersos nos diferentes extratos foram acondicionados em recipientes plásticos de base circular para testes de atratividade com e sem chance de escolha. No centro de cada recipiente foram liberadas lagartas de 2° instar da traça-das-crucíferas para avaliar sua preferência em relação aos discos foliares tratados. Nesse caso, foram realizadas avaliações aos 30, 60, 120 e 1440 minutos, registrando-se o número de lagartas em cada disco de folha. Os experimentos seguiram o delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos (extratos e testemunha constituída por água destilada) e quatro repetições. Diante dos resultados, foi possível verificar que todas as espécies testadas apresentaram efeito nocivo às larvas de P. xylostela por meio do efeito tópico e/ou repelente de seus extratos.

Anexos

Anexo 1