Educação Popular e Plantas Medicinais na Atenção Básica à Saúde


A experiência diz respeito à construção do curso “Educação Popular e Plantas Medicinais na Atenção Básica à Saúde” que se desdobra de outra experiência que foi o curso de aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde, o EdPopSUS, coordenado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz, principal estratégia de implementação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde. No processo de sistematização e análise da experiência do EdPopSUS, observamos que um dos temas mais valorizado foi o do cuidado. Educadores, educadoras, educandos e educandas demonstraram muito interesse e desejo em aprofundar as reflexões e aprendizagens sobre o cuidado, os saberes populares e as práticas integrativas e complementares de saúde. Isso expressa a necessidade de se traçar caminhos que estimulem estratégias naturais de cuidado que fortaleçam os vínculos e renovem os modos de sociabilidade pela integração do ser humano com o meio ambiente e a comunidade, conforme preconizado pelas Políticas Nacionais de Práticas Integrativas e Complementares no SUS e de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O curso tem base nos preceitos e princípios da educação popular, parte das experiências de vida e trabalho dos participantes, toma a realidade como ponto de reflexão, promove imersões nos territórios para investigação dos saberes populares de cuidado que envolvem plantas medicinais e encontros para troca, partilha, leitura e discussão de textos. O processo formativo prevê a construção de um herbário (coleção dos saberes sobre as plantas medicinais) e uma horta comunitária de plantas medicinais. Foi elaborado um material educativo que organiza a proposta do curso em duas partes e oito eixos temáticos, a saber: Parte 1: Educação popular, atenção básica e plantas medicinais: o valor da cultura e da ciência: Eixo 1) O coletivo, a educação popular e as experiências de vida e trabalho; Eixo 2) Os saberes e as práticas de cuidado; Eixo 3) As plantas medicinais e a fitoterapia na Atenção Básica; Eixo 4) A importância dos saberes populares para o conhecimento científico das plantas medicinais; Eixo 5) Os saberes populares e os modos de uso e preparo das plantas medicinais. Parte 2: Cultivar plantas e semear o cuidado: a horta como projeto popular: Eixo 6) O território e a dimensão comunitária da horta; Eixo 7) O cuidado com as plantas no preparo e uso medicinal; Eixo 8) A sistematização dos saberes sobre as plantas medicinais e da experiência formativa. O objetivo geral do curso é promover formação em educação popular e uso de plantas medicinais na atenção básica, no intuito de fortalecer o protagonismo de trabalhadores da atenção básica e lideranças comunitárias na preservação do conhecimento popular e na busca por novos caminhos e formas de cuidado em seus territórios. O tema da agroecologia é apresentado, de forma mais sistemática, no sexto Eixo, que parte de uma imersão no território que receberá a horta com o objetivo de identificar e escolher espaços que possam receber plantas medicinais e também de incentivar e ampliar a participação comunitária neste processo. Inicia-se a reflexão sobre agroecologia como dimensão fundamental para pensarmos a construção de hortas, o cultivo de plantas medicinais e a produção da saúde. A construção da horta é intercalada com rodas de conversa sobre a preservação do patrimônio cultural e natural, agroecologia, compostagem, modos de cultivo das plantas, de preparo e uso de remédios caseiros. O início do curso foi suspenso em função da pandemia, estamos agora elaborando um jogo educativo complementar ao livro para ser usado no processo formativo. O jogo também parte dos princípios da educação popular, especialmente a construção compartilhada do conhecimento. O livro e jogo devem ser lançados até o final deste ano. Esperamos com isso atender os anseios dos trabalhadores e comunidades por saberes e práticas que possam vincular o cuidado ao agir político e à existência humana.

1. Identificação

Nome da organização que está registrando a experiênciaEscola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz)

2. Duração da experiência

Essa é uma experiência criada em resposta aos efeitos da crise sanitária decorrente da pandemia do Coronavírus (Covid-19)? Em parte, a experiência já acontecia mas houve ajustes devido à pandemia

3. Identificação do tipo experiência

Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim

Selecione o tipo de experiênciaEnsino-pesquisa-extensão

Se envolve ensino, indique qual(is) o(s) tipo(s) de curso(s)Curso livre (sem titulação)

Se envolve ensino, indique o número total de vagas disponível (por curso/turma)O projeto inicial previa a realização de 3 turmas com 35 vagas cada. Com a pandemia reduzimos a oferta para 25 vagas por turma, somando um total de 75 vagas.

Se envolve ensino, indique o número total de egressos (pessoas que concluíram o curso/turma)A realização do curso está prevista para acontecer de março a agosto de 2021.

Se envolve pesquisa, indique a área principal da pesquisaSaúde

Se envolve pesquisa, o grupo está cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq?Sim

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Feminino
  • Masculino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

6. Localização e abrangência espacial

Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)? Não

7. Práticas em saúde e agroecologia

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) Plantas medicinais e fitoterapia

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular Remédios caseiros a partir de plantas medicinais

Outras práticas não especificadas nas opções anteriores O curso envolve a construção de uma horta comunitária de plantas medicinais vinculada a uma unidade básica de saúde. É no processo de construção de horta que debatemos o tema da agroecologia.

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Sim

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
  • Intercâmbio/vivência
  • Rodas de conversa e oficinas
  • Participação em redes de aprendizados e conhecimentos

8. Políticas públicas

Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indique

  • Outra
  • Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
  • Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF)

9. Resistências e ameaças

Há conflito(s) ambiental(is) no(s) território(s) onde essa experiência acontece?Não

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • Facebook/Messenger
  • Instagram
  • Whatsapp/Telegram
  • Site