Curso de Qualificação Profissional em Cooperativismo, Agroecologia, Saúde e Ambiente
O Curso de Qualificação Profissional em Cooperativismo, Agroecologia, Saúde e Ambiente, iniciado em maio de 2015, promoveu a formação de jovens moradores de assentamentos do Estado do Rio de Janeiro e foi realizado pela EPSJV em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera/INCRA), a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O curso foi financiado pelo edital Residência Agrária Jovem (RAJ), do Pronera, que tinha como objetivo financiar projetos nos assentamentos que incorporem a juventude para fortalecer a produção da vida nos assentamentos.
Os jovens, que receberam uma bolsa-auxílio para participarem do curso, são moradores do Assentamento Dandara dos Palmares e Acampamento Madre Cristina, em Campos dos Goytacazes (RJ); Assentamento Zumbi do Palmares, em São Francisco de Itabapoana (RJ); Assentamento Francisco Julião, em Cardoso Moreira (RJ); e Assentamento Campo Alegre, na Baixada Fluminense.
O curso foi realizado no regime de alternância entre tempo escola e tempo comunidade, promovendo uma articulação entre a teoria e a prática. Nos tempos comunidade, além das atividades encaminhadas pelos educadores durante o tempo escola, como leituras e pesquisa sobre reconhecimento de território, os professores também foram até os assentamentos para dar aulas.
Entre as diversas atividades desenvolvidas ao longo do curso, a equipe de coordenação destacou uma viagem a Itapeva (SP) para conhecer um assentamento do MST que é organizado em núcleos e agrovilas e que possui diversas cooperativas em funcionamento (de plantas medicinais, grãos, horta agroecológica, leite e derivados, entre outras).
O conteúdo do curso se baseou em quatro componentes curriculares: Juventude, Identidade e Cultura; História, Trabalho e Cooperativismo; Território, Saúde e Pesquisa; e Fundamentos do Cooperativismo e Agroecologia. Além desses componentes, o curso teve ainda oficinas (Teatro do Oprimido; Mídias Alternativas; e Expressão e Comunicação) e tempo reservado para a auto-organização dos alunos e encaminhamentos da pesquisa para o TCC.