Curso de Especialização Técnica em Saúde Ambiental para a População do Campo


Os objetivos do projeto contemplam a convergência de áreas de conhecimento (formação em saúde ambiental para os movimentos sociais do campo tendo como eixo os determinantes sociais da saúde) ainda pouco desenvolvida, o que faz com que o projeto tenha sido pioneiro nos seus resultados.
A organização curricular elaborada, resultado do projeto, foi objeto de desdobramento em novas experiências de curso com parcerias com outras instituições;
O contato com várias instituições na construção do Curso, em eventos científicos e na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental ampliou a discussão sobre a proposta do Curso e envolveu outros grupos em novas turmas;
O projeto se caracteriza por ser uma ação científica de desenvolvimento tecnológico que tem como objetivo gerar um processo organizativo de currículo cujos encadeamentos técnico-pedagógicos para sua elaboração são específicos para a formação na área da saúde ambiental para a população do campo em territórios da reforma agrária.
Como Desenvolvimento Tecnológico, além da matriz curricular do Curso que foi fonte para o desenvolvimento de novos Cursos, há os trabalhos de conclusão de curso dos educandos de intervenção em saúde ambiental nas áreas de Reforma Agrária. Partindo da identificação dos determinantes sócio-ambientais da saúde e tendo como horizonte a promoção da saúde, através dos Planos de Ações elaborados, os educandos buscaram enfrentar uma situação-problema considerada crítica e que trará impactos importantes na qualidade de vida. Todos os Planos de Ação tem como foco o Desenvolvimento Sustentável das áreas e as ações que já estão em andamento incorporam a busca de soluções para os problemas de saneamento e habitação como foco no saneamento ecológico e na permacultura, onde a moradia é percebida como centro da unidade produtiva (parte dela) e deve ser desenvolvida na relação harmônica com os outros elementos presentes no ecossistema onde a família desenvolve sua vida, então, a moradia entendida como capaz de potencializar impactos na saúde humana, para além de suas delimitações físicas. Buscam soluções, também, para a mudança de modelo produtivo em direção à agricultura orgânica, como base nos princípios da agroecologia, a chamada “transição agroecológica”. Isso envolve, a eliminação gradativa ou radical da utilização de químicos e substituição por adubação verde e biofertilizantes, a multiplicação, diversificação e manejo consorciado de culturas, trazendo a ampliação das fontes de renda familiar, avanços na alimentação saudável e segurança alimentar e nutricional, impactos positivos na saúde do trabalhador rural, etc.
Vários desses Planos de Ações incorporaram a relação com o poder público para viabilizar as mudanças pretendidas, de forma que o Curso buscou preparar os educandos para essas relações apresentando do ponto de vista teórico diferentes concepções de Estado e relações com a Sociedade Civil presentes em nossa sociedade.
A relação estabelecida com os serviços de saúde através das pesquisas realizadas nos trabalhos de campo dos educandos, para a elaboração dos diagnósticos de condições de vida e situação de saúde nos assentamentos, pode ter afetado o processo de trabalho nestes serviços, principalmente na área de atuação da vigilância em saúde ambiental, no que diz respeito à interação produzida para a resolução dos problemas dos assentamentos, como também no incremento da participação destes educandos nos canais existentes para o controle social (conselhos de saúde e de meio ambiente; plano diretor, etc). O caráter permanente destes educandos nos assentamentos e nas relações que estabeleceram com os serviços de saúde e no próprio município pode ter resultado em impactos positivos na qualidade de vida dos moradores dessas áreas e de outras famílias que vivem no campo, não somente no que diz respeito ao acesso à assistência em saúde, mas nos enfrentamentos dos determinantes sócio-ambientais da saúde.
Alguns dos educandos eram agentes comunitários de saúde em seus assentamentos, possibilitando novos arranjos tecnológicos no processo de trabalho nos serviços de saúde municipais voltados para as especificidades dos territórios da reforma agrária.
Indução de práticas de saúde voltadas para a implementação das propostas de intervenção sobre os DSS, que foram elaboradas no planejamento estratégico produzido pelos educandos na execução do trabalho de campo do curso;
Curriculo do Curso

UNIDADE DE APRENDIZAGEM 1: CONHECENDO O LUGAR DA PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DA POPULAÇÃO DO CAMPO -  114 h (27 maio a 17 junho);
MÓDULO 1: Território e o Processo Saúde-Doença – 42 h (27 de maio a 03 de junho)
MÓDULO 2: Filosofia, Economia Política e a Questão Agrária Brasileira  36 h
MÓDULO 3: Planejamento em Saúde e as Práticas Locais para a População do Campo – parte 1 (11 a 17 de junho) 36 horas;
Trabalho de Campo 1: Diagnóstico territorial (mapa do território), condições de vida e saúde – identificando os principais problemas de saúde ambiental – 48 h.  
UNIDADE DE APRENDIZAGEM 2 - ANALISANDO A SAÚDE AMBIENTAL DA POPULAÇÃO DO CAMPO – 108 h 
MÓDULO 4: Trabalho e Ambiente Saudáveis – Condições de Trabalho, Vida e a Saúde Ambiental da População do Campo;  a  de agosto - 36 h
MÓDULO 5: Agroecologia e a Segurança Alimentar –  a  de agosto – 36 h
MÓDULO 6: Planejamento em Saúde e as Práticas Locais Para a População do Campo de agosto a  de setembro: Parte 2 - 36 h
Trabalho de Campo 2: Problemas de saúde ambiental nos assentamentos: aprofundando questões – 48 h.  
UNIDADE DE APRENDIZAGEM 3 – ANALISANDO OS PROBLEMAS DE SAÚDE AMBIENTAL DA POPULAÇÃO DO CAMPO - 108 h 
MÓDULO 7: O Sus e a Vigilância em Saúde – 36 h;
MÓDULO 8: Movimentos sociais e a questão da terra: o caso do MST – 36 h;
MÓDULO 9: Planejamento em Saúde e as práticas locais para a população do campo – Parte 3 - 36 h;
Trabalho de Campo 3 – Identificando atores e estratégias para a intervenção dos problemas de saúde ambiental – 48 h.  
UNIDADE DE APRENDIZAGEM 4 - INTERVINDO SOBRE PROBLEMAS DE SAÚDE AMBIENTAL DA POPULAÇÃO DO CAMPO - 108 h
MÓDULO 10: Educação Popular em Saúde Ambiental, Novas Práticas em Saúde – 36 horas;
MÓDULO 11: Geotecnologia aplicada a saúde ambiental - 36 h;
MÓDULO 12: O Planejamento Estratégico em Saúde e o Plano de Desenvolvimento dos Assentamentos  – 36 horas.

3. Identificação do tipo experiência

Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim

Selecione o tipo de experiênciaEnsino-pesquisa-extensão

Se envolve ensino, indique qual(is) o(s) tipo(s) de curso(s)Nível médio

Se envolve ensino, indique o número total de vagas disponível (por curso/turma)40

Se envolve ensino, indique o número total de egressos (pessoas que concluíram o curso/turma)26

Se envolve pesquisa, indique a área principal da pesquisaEducação

Se envolve pesquisa, o grupo está cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq?Não

Se envolve extensão, indique a área principal da extensãoSaúde

Se envolve extensão, o grupo encontra-se formalmente institucionalizado junto à pró-reitoria de extensão da instituição de ensino?Sim

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Não

Qual(is) a(s) identidade(s) do(s) grupo(s) social(is) e coletivo(s) que participa(m) da construção desta experiência?População do campo e Assentados da reforma agrária

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Feminino
  • Masculino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

Cor ou raça - indique o(s) grupo(s) que participa(m) da experiência

  • Branca
  • Parda
  • Preta
  • Amarela

Se há uma cor ou raça com maior participação, indiqueParda

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • De 30 a 60 anos
  • De 15 a 29 anos

Se há uma faixa etária com maior participação, indiqueDe 15 a 29 anos

6. Localização e abrangência espacial

Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)? Não

7. Práticas em saúde e agroecologia

Águas e saneamento

  • Captação de água de chuva
  • Outra
  • Cisterna

Qual outra?Manejo das aguas; Saneamento ecológico

Práticas Agroalimentares (produção/beneficiamento/consumo)

  • Agrofloresta
  • Compostagem
  • Quintais sócio-produtivos (horticultura, pomar, etc.)

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

  • Imposição de mãos
  • Acupuntura ou medicina tradicional chinesa
  • Meditação
  • Plantas medicinais e fitoterapia
  • Reiki

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular

  • Remédios caseiros a partir de plantas medicinais
  • Dietas alimentares

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Sim

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
  • Curso de capacitação e treinamento
  • Intercâmbio/vivência
  • Participação em redes de aprendizados e conhecimentos
  • Rodas de conversa e oficinas

8. Políticas públicas

Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indiqueOutra

Qual outra?Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, das Águas e da Floresta; Lei Orgânica da Saúde

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • Whatsapp/Telegram
  • E-mail

Anexos

mistica

Dimensões: 2560px x 1920px
Tamanho: 2412719 bytes

turma

Dimensões: 1280px x 853px
Tamanho: 244822 bytes

turma mandacaru

Dimensões: 1280px x 853px
Tamanho: 184229 bytes

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Dimensões: 2560px x 1920px
Tamanho: 2296206 bytes

aula3

Dimensões: 2560px x 1707px
Tamanho: 604465 bytes

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