Associação Kapiwara - Cultivando Territórios Saudáveis nas Matas, Rios e Cidades.

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Associação Kapiwara - Cultivando Territórios Saudáveis nas Matas, Rios e Cidades.

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A Associação Kapi'wara foi fundada em 2014, após um grupo de jovens concluírem o curso técnico de Agroecologia do SERTA. Esse grupo percebeu a necessidade de se organizar e promover ações para a construção de cidades mais saudáveis, sustentáveis e resilientes. Surge, assim, o Coletivo Kapi’wara, com atuação nas periferias do Recife.

Após anos de mutirões e atividades militantes, em 2018 o coletivo aprovou os primeiros projetos pelo Fundo Casa Socioambiental e, em 2021, formalizou-se enquanto Associação Sem Fins Lucrativos, passando a atuar também como assessoria técnica territorial e popular.

Atualmente, a Kapi’wara tem se destacado pelo impacto positivo nas favelas e comunidades urbanas, por meio da atuação com assessoria técnica, educação ambiental e mobilização comunitária; fortalecendo laços e melhorando a infraestrutura e a qualidade de vida nos territórios, além de influenciar políticas públicas em prol da justiça socioambiental.

PROJETOS DESENVOLVIDOS
LINHA DO TEMPO

2017 – Participação na construção do EAV
Entre 2017 e 2018, a Associação Kapi'wara participou ativamente da construção do Espaço Agroecológico da Várzea, feira agroecológica que ocorre semanalmente no bairro desde a sua criação, promovendo um espaço de comercialização de alimentos saudáveis e fortalecendo a relação campo-cidade.

2018 – Projeto “Rede para Transição Agroecológica com Efeito Multiplicador da Permacultura na Cidade”
Financiador: Fundo Socioambiental CASA
Duração: 10 meses
Resultados: Oficinas formativas, melhorias estruturais nos espaços parceiros da associação (fossa ecológica e cisterna no Sítio CANOAH / bioconstrução da casa de apoio do Sítio Joaninha)
Beneficiários diretos: 100 pessoas

2019 – Atividades, oficinas e cineclube
Consolidaram o Cine Capibaribe, que integra agroecologia e audiovisual no Sítio CANOAH.
Realizaram oficinas de bioconstrução no Sítio Joaninha, no Sítio CANOAH e no SAFE – Sistema Agroflorestal Experimental da UFPE.
Ofereceram oficina de produção de mudas em geodésica na Escola Estadual Cândido Duarte.
Além disso, desenvolveram outras parcerias e serviços ao longo do ano.
Beneficiários diretos: 200 pessoas

2020 – “Jovens Multiplicadores e Multiplicadoras da Agroecologia Urbana”
Financiador: Fundo Socioambiental CASA
Beneficiários diretos: 20 pessoas

2020 – Parceria na publicação da cartilha Somos Todxs Passarinhxs
A associação integrou a organização e publicação da cartilha Somos Todxs Passarinhxs por meio da Rede Pela Transição Agroecológica. Após o lançamento e o sucesso da cartilha como material pedagógico para o desenvolvimento da agroecologia urbana, ela foi traduzida para duas línguas, ampliando sua circulação internacional.

2020 – Websérie Saberes da Agrofloresta
Financiador: Prefeitura do município de Paulista
Duração: 6 meses
Beneficiários diretos: 70 pessoas

2021 – Série de podcasts Na Mata tem Ciência
Financiador: Prefeitura do município de Paulista
Duração: 6 meses
Beneficiários diretos: 45 pessoas

2021 – Transição Agroecológica na comunidade Entra Apulso
Financiador: Instituto Shopping Recife
Duração: De 2020 a 2023
Beneficiários diretos: 100 pessoas

2022 – Capacitação e Fortalecimento Político da Agricultura Agroecológica Urbana
Financiador: Fundo Socioambiental CASA
Duração: 10 meses
Beneficiários diretos: 50 pessoas

2022 – ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) para 6 módulos de Agrofloresta da SAVE Brasil
Financiador: SAVE Brasil – Associação para a Conservação de Aves do Brasil
Duração: 12 meses (em andamento)
Expectativa de beneficiários: 50 agricultores/as

2022 – Agroecologia na Mata do Ronca
Financiador: Prefeitura do município do Paulista
Duração: 3, 4 e 5 de fevereiro de 2023
Beneficiários diretos: 25 pessoas

2022 – Transição Sustentável da Gestão dos Resíduos Sólidos do Shopping Recife
Contratante: Shopping Center Recife
Duração: Setembro de 2022 a abril de 2023
Beneficiários diretos: 32 pessoas

2023 – Várzea Agroecológica: Formação em educação ambiental e geração de renda
Duração: Fevereiro a setembro de 2023
Beneficiários diretos: 30 pessoas

2024 – Várzea Agroecológica: Mentoria dos empreendimentos sociais
Beneficiários diretos: 30 pessoas

2024 – Pátio Alvorada: Sistema de compostagem do Shopping Recife
Beneficiários diretos: 32 pessoas

2024 – Assessoria técnica em Agroecologia Urbana para a ZEIS Entra Apulso
Beneficiários diretos: 100 pessoas

Estado da experiência:
Pernambuco (PE)

Município e Estado da experiência:
Recife (PE)

Abrangência da experiência:
Regional Interestadual - até 4 estados

Quais estados esta experiência abrange?
AL, PE

Onde a experiência está localizada?
no meio urbano em cidades médias (com mais de 50 mil habitantes)

Em que ano se iniciou a experiência?
2014

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim

Qual o foco prioritário da experiência?
Outro

Qual outro?
Gestão de resíduos sólidos orgânicos (compostagem), Conservação e convivência com os territórios (campos, florestas, matas, rios e outros), Iniciativas de promoção à saúde e Iniciativas de construção do conhecimento

A experiência pode ser associada a quais temas?
Agricultura Urbana e Periurbana, Águas e Saneamento, Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Arte, Cultura e Comunicação, Biodiversidade e Bens Comuns, Campesinato, Povos, Comunidades Tradicionais e outros modos de vida, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Manejo dos Agroecossistemas, Mulheres e Feminismos, Políticas Públicas e fomento, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Associativa/Cooperativa

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Agricultoras/es Urbanas/os, Agricultores/as não-familiares, Comunidade LGBTQIAPN+, Consumidoras/es, Crianças, Educadoras/es e professoras/es, Estudantes, Gestoras/es públicos, Grupos atingidos por grandes empreendimentos, Integrantes de instituições religiosas, Integrantes de ONGs e profissionais autônomos, Juventudes, Movimento de mulheres/feminista, Movimentos sociais, Pesquisadoras/es, Profissionais de saúde

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma consolidada

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Aumento das chuvas, Alteração no calendário de chuvas, Chuvas extremas, Deslizamento de áreas, Aumento da temperatura, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Alagamento de áreas, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais nativas, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc), Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental), Piora na qualidade do ar

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 20 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Sementes, Campos e várzeas

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Fogões ecológicos, Fossa bananeira, Tanque de pedra, Compostagem, Biodigestor com produção de biogás, Tratamentos ecológicos de esgoto doméstico (biofossas, fossa ecológica, círculo de bananeira etc), Conservação do solo, Convivência com o semiárido, Diversificação e consórcio de culturas, Cisternas e captação de água de chuva, Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Recaatingamento, Salvaguarda de sementes, Manutenção de Reserva Legal e APP, Gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos secos (separação para coleta seletiva e reciclagem)

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Engajamento da juventude e defesa das futuras gerações, Cuidados à saúde, Assessoria e suporte à comunidades vulneráveis, Democratização e ampliação do acesso político de grupos minoritários a espaços de poder, Organização de grupos e comunidades, Pesquisa, produção e comunicação de informações qualificadas

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim

Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
Com o intuito de fomentar a autonomia e a sustentabilidade, através da promoção da Agroecologia e da Educação Ambiental Agroecológica, empoderando as pessoas e os territórios e estimulando transformações econômicas, culturais, sociais, ambientais e políticas.

Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim

Qual(is) política(s) acessa?
Farmácia Viva, Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Programa Ecoforte), Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Sim

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Organização de rede de comunicadoras/es populares, Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de matérias, Produção de vídeos, Produção de podcast, Divulgação nas redes sociais, Produção de artigos acadêmicos, Produção de livro ou cartilha, Assessoria de imprensa

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Sim

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Site, E-mail institucional, Instagram, Whatsapp, YouTube, Feiras, Reuniões nas comunidades

Indique o link do site:
https://sites.google.com/kapiwara.org/site/kapiwara

Indique o e-mail institucional:
associacao@kapiwara.org

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
https://www.instagram.com/kapiwara/

Indique o link do YouTube:
https://www.youtube.com/@akapiwara

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim

Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Apoia (ou apoiou) os processos de construção de conhecimentos relacionados aos temas da experiência, Contribui (ou contribuiu) com as ações de elaboração de políticas públicas, Combate (ou combateu) à desinformação, Contribui (ou contribuiu) para a captação de recursos

Anexos

Disponibilize links de materiais relacionados à experiência, considere principalmente materiais que apresentam a relação entre a experiência e as mudanças climáticas.
Sita: https://sites.google.com/kapiwara.org/site/kapiwara

Instagram: https://www.instagram.com/kapiwara/

Anexe fotos para representar a experiência:

Confraternização da Associação Kapi'Wara

Associação Kapiwara