Agrofloresta na Zona da Mata pernambucana

Antes de iniciar a atividade com agrofloresta, Paulo Sebastião da Silva cultivava banana e cana-de-açúcar de forma convencional. O agricultor, conhecido como Paciência, teve um grande prejuízo após fazer um projeto com o banco, e percebeu que a falta de diversidade de cultivos o prejudicava. Em 1999, Paciência começou a fazer cursos técnicos e realizar visitas de intercâmbio onde conheceu a agrofloresta. Então começou a desenvolver um sistema agroflorestal em sua parcela no assentamento Serrinha, município de Ribeirão, Zona da Mata Sul pernambucana. Os dois hectares de agrofloresta estão divididos em dez áreas distintas com idades e consórcios diferentes. O agricultor colhe acerola, banana, café, maracujá, mamão, melancia, feijão, macaxeira e milho. Outras culturas estão se desenvolvendo bem, mas ainda não estão produzindo: açaí, cupuaçu, graviola, pinha e pupunha. Muitas outras frutas ainda são cultivadas, o que seria impossível sem a agrofloresta. Na parcela tem ainda plantas nativas e adubadeiras, como sucupira, jatobá, paineira, sapucaia, nin, pau mulato, leucena, sombreiro e muitas outras. Com o solo protegido e recuperado, uma nascente já ressurgiu na área, assim como animais que não se viam antes. Paciência cria patos, galinhas e abelhas, todos convivendo em harmonia com a agrofloresta.