Agroecologia valorizando a vida
José João de Souza (Deda) e Genedite dos Santos Souza (Ester) realizam cultivos de maneira agroecológica em sua propriedade na comunidade de Poço do Moleque, em Afogados da Ingazeira, sertão de Pernambuco. A diversidade de culturas é grande, com fruteiras, hortaliças e flores. Em uma área experimental plantam mamona e algodão. Possuem um minhocário que produz húmus e produzem o biofertilizante que, segundo eles, dão bons resultados para as plantas. Para combater pragas e doenças usam defensivos naturais (como, por exemplo, à flor do cravo de defunto para as plantas e a folha de nim para os animais). O casal utiliza os restos da planta aquática conhecida como Baronesa (recolhidas no rio Pageú) não aproveitadas pelos animais do curral. Misturam os restos das plantas com esterco e urina de vaca e transforma em adubo natural. Esse adubo é utilizado no plantio das flores ornamentais que são vendidas em uma banca na feira agroecológica local. As forragens são guardadas em um silo de cimento que eles próprios construíram. Para Ester, vale o esforço de dar conta de todo o trabalho, pois antes eles trabalhavam no alugado. Agora eles trabalham para eles mesmos, na hora que eles querem e cuidando como eles gostam.