Ações de solidariedade frente a eventos de extremos climáticos
Identificação geral da experiência
Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Ações de solidariedade frente a eventos de extremos climáticos
Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A primeira experiência com uma ação de solidariedade mais estruturada frente a eventos extremos se deu durante a pandemia por Covid 19, através de uma iniciativa estadual mobilizada pela Rede Ecovida de Agroecologia voltada a destinação de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade. Apoiada pela Fundação Banco do Brasil, a iniciativa foi desenvolvida em diferentes territórios do Rio Grande do Sul, gestada de forma centralizada pelo CETAP - Centro de Tecnologias Alternativas e Populares e executada de forma decentralizada por organizações locais. No caso do Litoral Norte, a ANAMA organizou a ação de solidariedade conectando a produção de alimentos de cooperativas da agricultura familiar com a demanda de alimentos identificada junto a nove aldeias Guarani presentes na região. Essa ação se destacou pela composição de cestas de alimentos in natura, na sua maioria oriundos da produção ecológica, e típicos na cultura alimentar dos Guarani. A escolha pela composição da cesta com alimentos in natura trouxe desafios de logística, desde a montagem delas até sua chegada nas diferentes aldeias da região. Uma importante parceria dessa ação foi a SESAI - Secretaria de Saúde Indígena, que atuou decisivamente para que os alimentos perecíveis chegassem ao mesmo tempo e com qualidade nas diferentes Aldeias.
Esta primeira ação abasteceu com 2,5 mil Kg de alimentos a 75 famílias Guarani e encorajou novas iniciativas, tão necessárias para enfrentar as consequências das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em 2024. No contexto das enchentes, em 2024, a ANAMA realiza outra ação de solidariedade com o apoio da Organização Socorro Popular Francês. Desta vez realizou-se o abastecimento de 3,0 mil Kg de alimentos a 90 famílias de aldeias Guarani da região metropolitana de Porto Alegre e de 2,7 mil Kg as Cozinha Solidárias de Emergência do MTST da capital gaúcha. Em sequência a esse ação, uma articulação mais ampla envolveu organizações da agricultura familiar da região do Litoral Norte como a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas e a Associação Sindical Regional Litoral, pastorais sociais, a ANAMA e o Centro Ecológico. Esta nova ação deu alcançou as aldeias Guarani e comunidades urbana do Litoral Norte, assim como as Cozinhas Solidárias de Emergência do MTST em Porto Alegre. Esta segunda ação foi viabilizada com recursos da ação de ajuda humanitária da Fundação Banco do Brasil, quando foram entregues cerca de 20 mil Kg de alimentos, em grande parte também oriundos da agricultura familiar. Paralelamente a essas ações, famílias agricultoras com excedentes de produção ou que não puderam comercializar seus produtos, em especial a banana, realizaram doações durante os meses de maio e junho e que chegaram a diferentes pontos de acolhimento de Porto Alegre onde estavam alojadas de pessoas atingidas pelas enchentes por meio de uma logística de cooperação organizada pelo Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida.
Este conjunto de ações relatadas nessa experiência refletem a capacidade de resposta que organizações do campo agroecológico e da agricultura familiar têm em situações de crise de reorganizar circuitos de abastecimento para criar novas condições de escoamento da produção e para fazer com que alimentos alcancem grupos sociais em situação de vulnerabilidade.
Estado da experiência:
Rio Grande do Sul (RS)
Município e Estado da experiência:
Maquiné (RS)
Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios
Onde a experiência está localizada?
no meio urbano na Região Metropolitana
Em que ano se iniciou a experiência?
2024
A experiência está ativa?
Não, já foi finalizada
Em qual ano foi finalizada?
2024
Qual outro?
Esta é uma experiência que se estabeleceu frente ao contexto de evento climático extremo.
A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim
A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim
Qual o foco prioritário da experiência?
Acesso à alimentação e enfrentamento à fome
Como a experiência de acesso à alimentação e enfrentamento à fome pode ser identificada?
Distribuição de marmitas/cestas
A experiência pode ser associada a quais temas?
Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Construção social de Mercados, Cooperativismo e outros arranjos comunitários
Gestão da experiência
A gestão da experiência é feita de que forma?
Em rede
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Não é possível aferir
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Brancos
Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Integrantes de ONGs e profissionais autônomos, Movimentos sociais, Outros, Povos Indígenas
Qual(is) outro(s)?
Comunidades periféricas e pessoas em situação de rua
Identifique qual(is) povo(s) indígena(s) participa(m) da construção desta experiência.
Guarani
Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios
O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma inicial
Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Alteração no calendário de chuvas, Chuvas extremas, Deslizamento de áreas, Aumento da temperatura, Alagamento de áreas, Erosão do solo, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc)
Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 10 anos
Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Não é possível aferir
Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas
A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Não
A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim
Essas práticas são de qual categoria?
Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)
Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Assessoria e suporte à comunidades vulneráveis, Outro
Qual(is) outro(s)?
Ampliação da capacidade de articulação entre organizações do território.
Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim
Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
Famílias agricultoras e Aldeias Guarani realizam algumas práticas como a implantação de sistemas agroflorestais para aumentar a resiliência produtiva.
Políticas Públicas e financiamento
Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim
Qual(is) política(s) acessa?
Outra
Qual(is) outra(s)?
Ação de Ajuda Humanitária da Fundação Banco do Brasil
A experiência teve algum tipo de financiamento?
Sim
Comunicação
A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Não
Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Não foi desenvolvida nenhuma ação ou produto de comunicação
Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não
As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Não