AÇÃO EMERGENCIAL DE COMBATE À COVID-19


O CEAGRO recebeu da Fundação Banco do Brasil recursos para compra e distribuição de 4 mil cestas básicas, com o objetivo de atender 2 mil famílias em situação de vulnerabilidade social nas cidades da região. Foram duas entregas por família, realizadas em duas etapas em um intervalo de 30 dias, com um investimento total de 400 mil reais e 80 toneladas de alimentos. O Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB atuou em parceria organizando a compra de alimentos na sua base e a distribuição em dois municípios. Além do público urbano, também receberam cestas famílias da Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras.
A seleção do CEAGRO para esta ação decorre da realização do Projeto Redes Ecoforte em parceria com a FBB, entre 2015 e 2017. O projeto ajudou a consolidar a a Rede Regional de Agroecologia e Economia Solidária da Cantuquiriguaçu, composta por famílias, associações e cooperativas dos assentamentos, acampamentos e pequenos agricultores de 10 municípios na região centro sul do Paraná.
Para a concretização da ação, acionamos as organizações parceiras que compõem a Rede de Agroecologia e constituímos um comitê gestor na cidade de Laranjeiras do Sul, onde também montamos o Centro Regional de Preparação e Distribuição das cestas. A Universidade Federal da Fronteira Sul através do Núcleo de Estudos Avançados em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional Karu Porã (NEA-SSAN Karu Porã) desempenhou um importante papel especialmente na articulação com as organizações sociais dos municípios e na mobilização de voluntários e voluntárias durante todo o processo. Em cada município contemplado com as cestas, organizamos uma equipe com representantes dos produtores, assistência social e lideranças comunitárias, com o objetivo de planejar, executar e monitorar as ações locais
Os alimentos que compuseram as cestas foram totalmente adquiridos da agricultura familiar, na sua maioria de assentamentos: cooperativas, associações, empreendimentos informais e diretamente de agricultores. Cerca de 90% eram agroecológicos, muitos deles com certificação de produção orgânica.
Além de contribuir com as famílias produtoras através da compra dos seus alimentos especialmente nesse momento de crise econômica e, sobretudo, com as famílias em situação de vulnerabilidade, a ação também reforçou a importância da intercooperação, tanto internamente na Rede já consolidada quanto no estabelecimento de novos contatos. Sem um trabalho articulado e apoiado por diversos parceiros regionais e locais, esta ação não seria possível. Foi a maior atividade em volume de produção e dimensão territorial em um curtíssimo espaço de tempo já executado por aqui. Esta articulação ajudou a superar um dos principais desafios, a logística.

Anexos

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