A experiência de Seu Eliseu com o manejo da caatinga
Seu Eliseu possui uma propriedade de sessenta e quatro hectares no Sertão da Bahia, e trabalha em quatro hectares divididos em dezesseis áreas para fruteiras, pasto natural, pomar e área nativa. No pomar é produzido acerola, seriguela, umbu cajá, umbu comum, jaca, caju e melancia, que é utilizada na alimentação das cabras durante a seca. Eliseu maneja a caatinga cortando algumas plantas que são forrageiras, como a jurema preta, o quebra facão e o moleque duro. É o rebaixamento das plantas que deixa as folhas ao alcance das cabras e ovelhas. Isso deixa a área mais aberta e faz nascer muitas outras plantas herbáceas para a criação. Eliseu planta o capim faixa branca, resistente à seca e que se espalha sozinho pelo terreno, aumentando o pasto. Ele ainda ensina outras coisas: não corta a favinha porque ela é seca e abortiva para as cabras; não corta as árvores que dão capim; tira madeira das plantas rebaixadas para fazer cerca; faz feno o ano todo e aproveita a mandioca que não é comercializada para dar de comer aos animais. Eliseu entende a importância do respeito que o homem deve ter com a natureza, que dá o alimento para a família, e briga com os agricultores que usam veneno e desmatam e queimam a terra.