
Despolpa de Juçara
Identificação geral da experiência
Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Despolpa de Juçara
Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A palmeira juçara (Euterpe edulis), espécie nativa da Mata Atlântica, está atualmente ameaçada de extinção devido à exploração predatória para a extração de palmito, prática que, além de ilegal, resulta na morte da planta, já que ela não rebrota após o corte. No entanto, uma nova perspectiva tem ganhado força: o aproveitamento sustentável de seus frutos, semelhantes ao açaí amazônico, para a produção da polpa de juçara, também conhecida como “açaí da Mata Atlântica”.
O processo de produção da polpa começa com a coleta dos frutos, que exige a escalada de palmeiras que podem ultrapassar os 15 metros de altura. Após a colheita, os frutos passam por uma seleção criteriosa, seguida de lavagem em água potável e, em alguns casos, imersão em água morna para facilitar o desprendimento da polpa. Em seguida, são levados à despolpadeira, onde a polpa é separada da semente. O produto final é uma polpa rica em antocianinas e antioxidantes, com alto valor nutricional e potencial para diversas receitas, como sucos, sorvetes, geleias e o tradicional “açaí”.
Esse trabalho vem sendo desenvolvido na Escola Família Agrícola Margarida Alves (EFAMA), localizada no Córrego do Sossego, zona rural de Simonésia. Em parceria com a Rede de Agroecologia do Leste de Minas, a escola promove ações de educação agroecológica, manejo sustentável da juçara e valorização da biodiversidade local. A iniciativa busca oferecer uma alternativa econômica viável à monocultura do café, predominante na região, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação da Mata Atlântica e a geração de renda para as famílias agricultoras.
Estado da experiência:
Minas Gerais (MG)
Município e Estado da experiência:
Simonésia (MG)
Abrangência da experiência:
Municipal - 1 município
Onde a experiência está localizada?
no meio rural
Em que ano se iniciou a experiência?
2023
A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento
A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim
A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim
Qual o foco prioritário da experiência?
Produção e beneficiamento
Qual o destino da produção?
Autoconsumo
A experiência pode ser associada a quais temas?
Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Biodiversidade e Bens Comuns, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Juventudes, Manejo dos Agroecossistemas
Gestão da experiência
A gestão da experiência é feita de que forma?
Institucional
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário
Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Agricultoras/es Urbanas/os, Educadoras/es e professoras/es, Estudantes, Juventudes, Movimentos sociais
Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios
O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma inicial
Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Diminuição das chuvas, Aumento das chuvas, Aumento da temperatura, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Aumento de doenças nas criações animais, Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental), Piora na qualidade do ar
Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 10 anos
Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim
Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas
A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim
Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Água, Sementes, Matas
A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim
Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc)
Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Manejo da água, Plantio de árvores e reflorestamento
Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Não
Políticas Públicas e financiamento
Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Não
A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não
Comunicação
A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim
Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Organização de rede de comunicadoras/es populares, Estratégia corpo-a-corpo de comunicação, Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais
Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Sim
Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram
Indique o link do site:
......
Indique nome de usuário ou link do Instagram:
efamargaridaalves
As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim
Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Apoia (ou apoiou) os processos de construção de conhecimentos relacionados aos temas da experiência