Do solo degradado ao bem viver: práticas agroecológicas e a construção de cidades sustentáveis

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Do solo degradado ao bem viver: práticas agroecológicas e a construção de cidades sustentáveis

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
Em outubro/2019, através da PORTARIA CONJUNTA SLU/SMASAC/SMMA Nº 005/2019 do poder executivo municipal, nasceu o Centro Municipal de Agroecologia e Educação Ambiental para Resíduos Orgânicos (CEMAR), em resposta às reivindicações da comunidade para recuperação de área pública degradada, após a desativação da Estação de Reciclagem de entulhos da construção civil, na Regional Oeste de Belo Horizonte. Na ocasião, a comunidade foi chamada a colaborar com o projeto, quando, então, nasceu o Arandú Coletivo Agroecológico, popularmente chamado de Coletivo do CEMAR. Um coletivo diverso, formado, em sua maioria, por mulheres de diferentes faixas etárias e classes sociais.

Levando-se em conta os anseios e desejos da comunidade e tendo como base a agroecologia, em dezembro/2019, implementou-se a primeira ação para recuperação do solo, o Sistema Agroflorestal (SAF); em 2022, a Horta Comunitária e o espaço de plantas medicinais Arandú Jaci e na sequência, a compostagem e o Meliponário.

Desde 2019, de forma voluntária, os moradores se reúnem, toda semana, para fazer o manejo dessas atividades, além de trabalhar na organização, planejamento e gestão do espaço e, ainda, na promoção de eventos para formação e educação ambiental. O resultado da colheita é compartilhado entre os participantes do coletivo e o excedente doado para entidades que visem a população em vulnerabilidade social.

Ao longo dos últimos cinco anos, é perceptível os resultados alcançados: permeabilidade e recuperação do solo; produção e consumo de alimentos agroecológicos, que promove saúde, bem-estar e melhora da qualidade de vida; uso de práticas e técnicas da agroecologia, promovendo sustentabilidade; aumento do nível de interação e convivência entre os moradores, através do contato com a natureza, vivências agroecológicas e troca de saberes.

Tais ações estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, 11, 13 e 15.

Estado da experiência:
Minas Gerais (MG)

Município e Estado da experiência:
Belo Horizonte (MG)

Abrangência da experiência:
Local (bairro/comunidade ou similar)

Onde a experiência está localizada?
no meio urbano na Região Metropolitana

Em que ano se iniciou a experiência?
2019

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Não

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim

Qual o foco prioritário da experiência?
Iniciativas de construção do conhecimento

Como a experiência de construção do conhecimento pode ser identificada?
Atividades de formação e capacitação

A experiência pode ser associada a quais temas?
Agricultura Urbana e Periurbana, Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Biodiversidade e Bens Comuns, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Manejo dos Agroecossistemas, Mulheres e Feminismos, Políticas Públicas e fomento, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Em rede

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Mulheres (Cis/Trans)

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Pardos

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Urbanas/os, Apicultoras/es e meliponicultoras/es, Comunidade LGBTQIAPN+, Consumidoras/es, Crianças, Educadoras/es e professoras/es, Estudantes, Gestoras/es públicos, Movimentos sociais, Pesquisadoras/es, Profissionais de saúde

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma consolidada

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Chuvas extremas, Diminuição da disponibilidade hídrica, Aumento da temperatura, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Alagamento de áreas, Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental), Piora na qualidade do ar

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 10 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim

Qual(is) outro(s)?
Setor da construção civil

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Sementes, Florestas

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Compostagem, Conservação do solo, Diversificação e consórcio de culturas, Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Salvaguarda de sementes, Manutenção de Reserva Legal e APP, Gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos secos (separação para coleta seletiva e reciclagem)

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Engajamento da juventude e defesa das futuras gerações, Organização de grupos e comunidades, Pesquisa, produção e comunicação de informações qualificadas

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Não

Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Não

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Organização de rede de comunicadoras/es populares, Estratégia corpo-a-corpo de comunicação, Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de matérias, Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram, Whatsapp, Reuniões nas comunidades

Indique o link do site:
NÃO HÁ

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
@coletivo.cemar

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim

Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática

Anexos

Anexe projetos, trabalhos científicos, divulgação ou outros documentos que achar importante.