
As abelhas nativas como estratégia de conservação e ampliação dos polinizadores e geração de renda.
Identificação geral da experiência
Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
As abelhas nativas como estratégia de conservação e ampliação dos polinizadores e geração de renda.
Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A experiência do trabalho com abelhas nativas sem ferrão é um breve relato do trabalho desenvolvido pelo Centro de Tecnologias Alternativas Populares – CETAP nas diferentes regiões de atuação da entidade (Campos de Cima da Serra, Planalto, Altos da Serra e Alto Uruguai). O CETAP é uma organização da sociedade civil do Rio Grande do Sul criada por lideranças de organizações sociais e profissionais ligados às temáticas da produção de alimentos agroecológicos e da vida no meio rural. Trabalha pela defesa e garantia de direitos, formação, capacitação e promoção da cidadania. Sua missão é contribuir para a afirmação da agricultura familiar. Dedica-se a atenção e ao acompanhamento a produção de alimentos com qualidade e diversidade para garantir a segurança alimentar e nutricional.
As abelhas sem ferrão apresentam importância ecológica, econômica e social, presente em toda a cadeia de valor da meliponicultura, tanto nos produtos diretos quanto nos indiretos. Através do principal serviço prestado que é a polinização, as abelhas nativas contribuem para equilíbrio do ecossistema, bem como no aumento de produção, mas também a produção de meliprodutos (mel, própolis e polén ou samburá), altamente apreciados e valorizados.
O objetivo do trabalho com a abelhas nativas sem ferrão tem foco em ampliar ações de recuperação e conservação das espécies de abelhas nativas sem ferrão – ANSF do estado do RS, mas também incluir no leque de produtos/alimentos para geração de renda. O trabalho do CETAP através de sua equipe de assessoria técnica acontece através de oficinas de capacitação técnica, seminários e visitas técnicas orientando desde a confecção de iscas, multiplicação de enxames, fortalecimento dos enxames através do plantio e ampliação da diversidade de plantas melitófilas ou mesmo confecção de suplementação com alimentação artificial quando necessário. Essas atividades são realizadas em diferentes espaços sendo a maioria com agricultores familiares, mas também na área de educação ambiental em escolas, universidades, APAES, e CRAS municipais.
A nível das 4 diferentes regiões de atuação do CETAP (Alto Uruguai, Campos de Cima da Serra, Altos da Serra e Planalto) estão sendo acompanhados cerca de 60 meliponários com mais de 900 colmeias e 14 diferentes espécies de abelhas nativas sem ferrão. Os meliponários em sua grande maioria estão localizados no meio rural junto as famílias agricultoras, mas também há meliponários educativos em escolas, universidades, parques ecológicos, praças municipais e em 3 sedes do CETAP (Sananduva, Erechim e Passo Fundo).
Atualmente as famílias obtém renda através da multiplicação e venda de colônias, e há os meliprodutos. A partir da ampliação do número de meliponários e colônias há a parceria com a cadeia produtiva solidária das frutas nativas para possibilitar e colocar em suas dinâmicas de sensibilização e comercialização os produtos oriundos deste trabalho.
De forma articulada os projetos da instituição buscam inter-relacionar o extrativismo sustentável, abelhas nativas sem ferrão do estado do RS, estruturar e fortalecer unidades de processamento e beneficiamento de meles de abelhas nativas, com estratégias de conservação, mas também que estas possibilitem uma avaliação e uma relação com dinâmicas de distribuição e comercialização.
Estado da experiência:
Rio Grande do Sul (RS)
Município e Estado da experiência:
Passo Fundo (RS)
Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios
Onde a experiência está localizada?
no meio rural
Em que ano se iniciou a experiência?
2009
A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento
A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim
A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim
Qual o foco prioritário da experiência?
Outro
Qual outro?
Conservação e geração de renda a partir produtos da sociobiobiversidade nativa
A experiência pode ser associada a quais temas?
Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Biodiversidade e Bens Comuns, Economia Solidária e outras economias, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais
Gestão da experiência
A gestão da experiência é feita de que forma?
Em rede
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Brancos
Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Agricultoras/es Urbanas/os, Apicultoras/es e meliponicultoras/es, Crianças, Neorrurais
Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios
O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma consolidada
Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Chuvas extremas, Aumento da temperatura, Erosão do solo, Desaparecimento de espécies e variedades animais nativas, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc), Aumento de doenças nas criações animais
Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 20 anos
Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim
Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas
A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim
Quais bens comuns da natureza?
Florestas, Outro
Qual(is) outro(s)?
Polinizadores
A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim
Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)
Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Plantio de árvores e reflorestamento, Outras
Qual(is) outra(s)?
RESGATE, CONSERVAÇÃO E MULIPLICAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO
Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Engajamento da juventude e defesa das futuras gerações, Organização de grupos e comunidades, Outro
Qual(is) outro(s)?
Articulação e construção social de mercado
Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Não
Políticas Públicas e financiamento
Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim
Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Programa Ecoforte), Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, Outra
Qual(is) outra(s)?
Acesso a recursos de Reposição Florestal Obrigatória (RFO)
A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não
Comunicação
A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim
Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais, Produção de livro ou cartilha
Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Sim
Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Site, Instagram, Rádio, Feiras, Reuniões nas comunidades
Indique o link do site:
cetap.org.br
Indique nome de usuário ou link do Instagram:
@cetapagroecologia
As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim
Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Apoia (ou apoiou) os processos de construção de conhecimentos relacionados aos temas da experiência, Contribui (ou contribuiu) com as ações de elaboração de políticas públicas, Contribui (ou contribuiu) para a captação de recursos
Anexos
Disponibilize links de materiais relacionados à experiência, considere principalmente materiais que apresentam a relação entre a experiência e as mudanças climáticas.
https://www.cetap.org.br/site/3o-encontro-sobre-abelhas-nativas-sem-ferrao-na-regiao-alto-uruguai-do-rs/
https://www.cetap.org.br/site/formacao-asf-regiao-sul/
https://www.cetap.org.br/site/1o-seminario-sobre-abelhas-sem-ferrao-de-aratiba-incentiva-a-ampliacao-de-meliponarios-no-municipio/
https://www.cetap.org.br/site/equipe-tecnica-do-cetap-promove-oficina-tecnica-sobre-abelhas-nativas-sem-ferrao-no-12o-eare/
https://www.cetap.org.br/site/intercambio-aborda-processamento-e-comercializacao-de-meliprodutos/
https://www.cetap.org.br/site/intercambio-reune-estudantes-agricultores-e-tecnicos-para-discutir-agroecologia-e-abelhas-nativas/
https://www.cetap.org.br/site/intercambio-educacional-promove-conhecimento-sobre-abelhas-nativas-em-erechim/
https://www.cetap.org.br/site/seminario-destaca-importancia-da-preservacao-das-abelhas-nativas/
https://www.cetap.org.br/site/videos-abordam-alimentacao-proteica-e-energetica-para-abelhas-nativas-sem-ferrao/
https://www.youtube.com/watch?v=qEArm5Om0Sk
https://www.cetap.org.br/site/oficina-ensina-a-construir-iscas-para-abelhas-nativas-em-caseiros-rs/
Anexe projetos, trabalhos científicos, divulgação ou outros documentos que achar importante.
Anexe fotos para representar a experiência: