
CooperVida - Cooperativa agroecológica da agricultura familiar e economia solidária cultivando vidas
Identificação geral da experiência
Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
CooperVida - Cooperativa agroecológica da agricultura familiar e economia solidária cultivando vidas
Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A experiência do grupo Cultivando vidas e que tornou-se posteriormente em CooperVida, começou a partir do Grupo de agroecologia de produção orgânica certificada pela Ecovida, uma base sólida para a produção sustentável. A experiência começou a partir da ação de duas mulheres agricultoras familiares, através da Rede Sementes da Agroecologia, o qual proporcionou o pontapé inicial para a experiência com a multiplicação de plantas medicinais , as duas plantaram cem mudas cada, com o apoio financeiro de um projeto da Terra de Direitos em Mandirituba Paraná ( Encontro Estadual das mulheres Guardiãs das sementes crioulas em 2019), marcando o início da autonomia produtiva. A partir daí, antes mesmo da formalização da cooperativa, as agricultoras começaram a vender cestas agroecológicas para Curitiba -Paraná. O foco inicial era amigos, pessoas que defendiam a agroecologia e trabalhadores urbanos, estabelecendo um vínculo direto entre produtores e consumidores conscientes, reestabelecendo a relação campo-cidade.
Além dessas ações, a Coopervida destaca-se pela importância de valorizar os movimentos sociais, a luta contra a fome em um período de crise sanitária (COVID), foi nesse cenário que a Cooperativa começou a buscar caminhos para organizar a produção dos agricultores agroecológicos, visando combater a fome na cidade, a Coopervida foi se moldando e se organizando juridicamente por meio dessas ações campo-cidade, pensando na produção e comercialização destes produtos por diversos canais a fim de combater a fome e divulgar a agroecologia no Paraná e toda diversidade de povos e comunidades existentes. A chegada da pandemia, surpreendentemente, impulsionou a participação de mais mulheres na experiência agroecológica. Um elemento crucial após esse período foi o trabalho de mutirão da juventude urbana, esses jovens foram às comunidades rurais a fim de resolver alguns problemas que inviabilizavam o acesso de certificação da Ecovida. Estas ações por meio da COOPERVIDA não só ajudou as comunidades rurais, como também aproximou os jovens em a realidade agroecológica e também abriu um caminho para que as agricultoras pudessem vender seus produtos saudáveis de forma mais acessíveis (cestas agroecológicas ). Hoje, a CooperVida celebra cinco anos de existência, consolidando-se como uma cooperativa 100% agroecológica e orgânica, com certificação participativa. Atualmente, são 47 associados, incluindo mulheres quilombolas das regiões da Ribeira, Adrianópolis e Faxinalense de Mandirituba, o que ressalta o compromisso da cooperativa com a diversidade e os aprendizados coletivos por meio da vivência com diversas comunidades tradicionais e povos originários. Entre as ações, destaca-se a preocupação com as mudanças climáticas e a educação agroecológica, em 2024-2025 foi organizado um espaço de reflexão e vivência sobre Adote uma semente pela vida, onde na Festa das Sementes da Crioulas na ABAI de outubro de 2024 foi realizada a distribuição e doação das sementes de milho crioulos para as mulheres participantes da atividade de outubro, então foi criado um grupo no WhatsApp das Guardiãs urbanas do milho crioulo em Curitiba e Mandirituba, onde ocorria os relatos sobre o desenvolvimento do milho, em abril de 2025 no Jardim do Museu do Olho de Curitiba aconteceu o encontro de partilhas das sementes crioulas em Curitiba. Também, ocorreu uma ação de ecologia de saberes a fim da diminuição da produção de lixo na montagem e entrega das cestas da Coopervida. Para tanto foi convidado um casal de indígenas Kaingang para ficarem por uma semana ensinando a artesania das cestas de taquara gerando também a construção de um conhecimento ecológico. Recentemente a COOPERVIDA passou a acessar os editais do PAA, entregando mensamente alimentos agroecológicos certificados para merenda escolar.
Estado da experiência:
Paraná (PR)
Município e Estado da experiência:
Mandirituba (PR)
Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios
Onde a experiência está localizada?
em área periurbana (na transição entre o rural e o urbano)
Em que ano se iniciou a experiência?
2019
A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento
A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim
A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim
Qual o foco prioritário da experiência?
Conservação e convivência com os territórios (campos, florestas, matas, rios e outros)
Como a experiência de conservação e convivência com os territórios (campos, florestas, matas, rios e outros) pode ser identificada?
Outros
Qual outro?
Busca mais que saber trabalhar a terra, envolve a interculturalidade, pois visa a troca de saberes entre os povos e entre os povos e comunidades tradicionais e agricultores, proporcionando uma agroecologia vivenciada por outros saberes .
A experiência pode ser associada a quais temas?
Cooperativismo e outros arranjos comunitários, Economia Solidária e outras economias, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico
Gestão da experiência
A gestão da experiência é feita de que forma?
Associativa/Cooperativa
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Mulheres (Cis/Trans)
A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário
Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Consumidoras/es, Educadoras/es e professoras/es, Estudantes, Integrantes de ONGs e profissionais autônomos, Movimentos sociais, Povos e Comunidades Tradicionais, Povos Indígenas
Identifique qual(is) o(s) povo(s) e comunidade(s) tradicional(is) participa(m) da construção desta experiência:
Comunidades quilombolas, Faxinalenses, Povos indígenas
Identifique qual(is) povo(s) indígena(s) participa(m) da construção desta experiência.
Guarani, Kaingang, Xetá
Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios
O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma consolidada
Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Chuvas extremas, Diminuição da disponibilidade hídrica, Aumento da temperatura, Alteração nas estações (prolongamento/diminuição das estações), Desertificação, Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental)
Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 20 anos
Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim
Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas
A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim
Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Água, Sementes, Florestas, Rios
A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim
Essas práticas são de qual categoria?
Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)
Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Engajamento da juventude e defesa das futuras gerações, Cuidados à saúde, Assessoria e suporte à comunidades vulneráveis, Democratização e ampliação do acesso político de grupos minoritários a espaços de poder, Organização de grupos e comunidades
Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim
Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
As mulheres tem atuado por meio de ações como a valorização dos guardiões e guardiãs das sementes crioulas que é um bem comum, em especial por meio das Festas Feiras das Sementes Crioulas. A criação das guardiãs urbanas das sementes crioulas do milho ancestral e também na mobilização e no incentivo por meio de participação ativa para eventos como a COP 30, ENA - Encontro Nacional de Agroecologia em Foz do Iguaçu e também o Congresso Brasileiro de Agroecologia em Juazeiro na Bahia.
Políticas Públicas e financiamento
Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim
Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
A experiência teve algum tipo de financiamento?
Sim
Comunicação
A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim
Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Organização de rede de comunicadoras/es populares, Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de matérias, Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais
Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não
Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
E-mail institucional
Indique o e-mail institucional:
coopervida.mandirituba@gmail.com
As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim
Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Apoia (ou apoiou) os processos de construção de conhecimentos relacionados aos temas da experiência, Combate (ou combateu) à desinformação
Anexos
Disponibilize links de materiais relacionados à experiência, considere principalmente materiais que apresentam a relação entre a experiência e as mudanças climáticas.
Site para aquisição de cestas agroecológicas de consumidores conscientes https://cultivandovida.eco.br/index.php/cliente
www.cultivandovida.eco.br
Video sobre a construção da cooperativa a partir dos atores territoriais (agricultores familiares agroecológicos, faxinalenses e quilombolas) na Fundação Vida para Todos e todas em Mandirituba . https://www.youtube.com/watch?v=MnKKgdtSy_8
Anexe projetos, trabalhos científicos, divulgação ou outros documentos que achar importante.
Anexe fotos para representar a experiência:
Partilha das sementes crioulas de milho ancestral das Guardiãs urbanas em Curitiba - 2025
Ínes Polidoro

Coopervida e Universidade/LIIIS na luta dos faxinalenses frente a especulação Imobiliária - 2025
Liiis - Laboratorio de extensão participativa UFPR
