Viveirismo artesanal como estratégia de conservação e ampliação da sociobiodiversidade nativa.

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Viveirismo artesanal como estratégia de conservação e ampliação da sociobiodiversidade nativa.

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A experiência de reprodução de espécies nativas aqui relatada acontece através da articulação e de projetos fomentados pela Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas (CPSFN) do estado do Rio Grande do Sul. De maneira resumida a CPFSN é a rede que congrega e agrega diferentes atores do estado que busca a valorização e uso da sociobiodiversidade nativa como estratégia de agroecologização dos agroecossistemas e combate às mudanças climáticas associado a geração de renda. Através da conservação pelo uso a articulação da cadeia solidária consegue ser alternativa de emprego e renda, além de promoverem a soberania alimentar e nutricional.
Através da CPFSN foram catalogadas espécies de interesse e/ou ameaçadas de extinção conforme lista da SEMA/RS sendo estas matrizeiras fornecedoras de sementes e/ou tubérculos para a reprodução de mudas junto aos viveiros. Este trabalho de catálogo, mapeamento de matrizeiras e encaminhamento dos materiais genéticos aos viveiros são realizados pela equipe técnica do CETAP em parceria com os agricultores familiares. O CETAP é membro ativo da CPSFN, sendo uma organização da sociedade civil do Rio Grande do Sul criada por lideranças de organizações sociais e profissionais ligados às temáticas da produção de alimentos agroecológicos e da vida no meio rural. Trabalha pela defesa e garantia de direitos, formação, capacitação e promoção da cidadania. Sua missão é contribuir para a afirmação da agricultura familiar. Dedica-se a atenção e ao acompanhamento a produção de alimentos com qualidade e diversidade para garantir a segurança alimentar e nutricional.
No âmbito do CETAP foram implementados 10 viveiros artesanais sendo 8 destes gestados por agricultores familiares, 01 em escola municipal de educação e ainda há um viveiro central localizado na sede do CETAP em Passo Fundo gestado pela CPSFN que tem objetivo de ser o articulador entre as regiões, ou seja, receber, encaminhar mudas e/ou material genético como sementes e facilitar a troca entre as diferentes regiões da cadeia solidária das frutas nativas. A distribuição dos viveiros abrange 3 diferentes regiões de atuação do CETAP sendo: Campos de Cima da Serra, Planalto e Alto Uruguai.
No âmbito dos 10 viveiros artesanais foram catalogadas a reprodução de 40 espécies nativas. As mudas reproduzidas estão compondo diferentes aspectos como o uso em arranjos de sistemas agroflorestais, na restauração de ecológica de nascentes e APP, na restauração de reserva legal e ampliação do plantio de frutas nativas que futuramente vão abastecer e fortalecer a cadeia solidária das frutas nativas. Cabe também destacar que através da assessoria técnica do CETAP os viveiros artesanais estão cadastrados e regulamentados perante ao órgão ambiental do estado (SEMA/RS) na categoria "Viveirismo artesanal" o que conforme certificação lhe confere direitos de coleta de sementes e/ou frutos nativos, reprodução e venda através do talão de produtor rural.

Estado da experiência:
Rio Grande do Sul (RS)

Município e Estado da experiência:
Passo Fundo (RS)

Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios

Onde a experiência está localizada?
no meio rural

Em que ano se iniciou a experiência?
2023

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim

Qual o foco prioritário da experiência?
Conservação da agrobiodiversidade (banco de sementes e viveiros)

A experiência pode ser associada a quais temas?
Biodiversidade e Bens Comuns, Economia Solidária e outras economias, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Em rede

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Brancos

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Extensionistas rurais e técnicas/os, Integrantes de ONGs e profissionais autônomos, Juventudes

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma inicial

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Perda de produção, Diminuição das chuvas, Chuvas extremas, Diminuição da disponibilidade hídrica, Aumento da temperatura, Erosão do solo, Desaparecimento de espécies e variedades animais nativas, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc), Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental)

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 10 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Sementes, Florestas, Matas

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Organização de grupos e comunidades

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim

Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
A Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas do estado do Rio Grande do Sul é a rede que congrega e agrega diferentes atores do estado que busca a valorização e uso da sociobiodiversidade nativa como estratégia de agroecologização dos agroecossistemas e combate às mudanças climáticas associado a geração de renda. Através da conservação pelo uso a articulação da cadeia solidária consegue ser alternativa de emprego e renda, além de promoverem a soberania alimentar e nutricional. A valorização e uso da sociobiodiversidade acontece através do desenvolvimento de Sistemas agroflorestais e pelo extrativismo sustentável.

Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim

Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Programa Ecoforte)

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Sim

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Produção de cartaz, folder ou banner, Produção de vídeos, Divulgação nas redes sociais

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram, Reuniões nas comunidades

Indique o link do site:
https://www.cetap.org.br/site/encontro-estadual-da-cadeia-produtiva-solidaria-das-frutas-nativas-destaca-importantes-avancos-neste-ano/

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
@cetapagroecologia

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim

Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática, Apoia (ou apoiou) os processos de construção de conhecimentos relacionados aos temas da experiência, Contribui (ou contribuiu) para a captação de recursos

Anexos

Disponibilize links de materiais relacionados à experiência, considere principalmente materiais que apresentam a relação entre a experiência e as mudanças climáticas.
https://www.cetap.org.br/site/10o-encontro-estadual-da-cadeia-produtiva-solidaria-das-frutas-nativas-do-rs/
https://www.cetap.org.br/site/curso-de-viveirismo-artesanal-aborda-tecnicas-de-producao-de-mudas/
https://www.cetap.org.br/site/wp-content/uploads/material/frutas_nativas-2015.pdf
https://www.cetap.org.br/site/mutirao-para-plantio-de-arvores-nativas-no-sitio-renascer-em-caseiros/

Anexe projetos, trabalhos científicos, divulgação ou outros documentos que achar importante.

NORMAS DE PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS DA CPSFN DO RS

Anexe fotos para representar a experiência:

DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS DOS VIVEIROS ARTESANAIS PARA RECOMPOSIÇÃO DE APP E RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DE NASCENTE

EZEQUIEL BAMPI

PRODUÇÃO DE MUDAS EM VIVEIRO ARTESANAL.

EZEQUIEL BAMPI

PRODUÇÃO DE MUDAS EM VIVEIRO ARTESANAL.

EMELSON MACIEL BONAMIGO DOS SANTOS