Cozinha Cidona na Asmare

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Cozinha Cidona na Asmare

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
A Cozinha da ASMARE, fundada pela Cozinha Cidona do MST-MG em julho de 2024 e batizada em dezembro de 2024 com o nome de Cozinha Maria Brás, é uma experiência pioneira de implantação de cozinhas em galpões de catadores e catadoras de materiais recicláveis. Articulando a força das cooperativas da Reforma Agrária com as cooperativas de catadores, leva alimentos agroecológicos para quem mais cuida do ambiente nas cidades, fortalecendo um ciclo alimentar saudável, sustentável e justo. A cozinha opera duas vezes por semana, produzindo cerca de 100 refeições por dia. Sustenta-se por uma rede de solidariedade que envolve o MST (com doações de alimentos, equipamentos e trabalho de cozinheiras), a própria ASMARE (com custeio de carnes e insumos), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) executado pela CONCENTRA-MG e também parcerias com cozinheiras dos quilombos urbanos de Belo Horizonte. A iniciativa melhora as condições de vida de catadores e catadoras que enfrentam os efeitos das mudanças climáticas nas cidades, ao mesmo tempo em que escoa a produção de agricultores familiares assentados, também afetados por eventos extremos como a seca e a desertificação. Garante o acesso a alimentos agroecológicos, promove a formação de cozinheiras populares e integra práticas agroecológicas ao cotidiano de populações vulnerabilizadas. Ao aproximar cooperativas rurais e urbanas, fortalece cadeias de produção e consumo, contribui para a mitigação das mudanças climáticas e valoriza a força de trabalho da reciclagem urbana, responsável por toneladas de triagem de resíduos. Faz isso a partir da junção de forças que cuidam do meio ambiente — agroecologia no campo e reciclagem na cidade. Além da alimentação, a cozinha cria um espaço de convivência, descanso e cuidado no interior do galpão.

Estado da experiência:
Minas Gerais (MG)

Município e Estado da experiência:
Belo Horizonte (MG)

Abrangência da experiência:
Municipal - 1 município

Onde a experiência está localizada?
no meio urbano na Região Metropolitana

Em que ano se iniciou a experiência?
2024

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Não

Qual o foco prioritário da experiência?
Acesso à alimentação e enfrentamento à fome

Como a experiência de acesso à alimentação e enfrentamento à fome pode ser identificada?
Cozinha Comunitária

A experiência pode ser associada a quais temas?
Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Cooperativismo e outros arranjos comunitários, Economia Solidária e outras economias, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais

Qual outro?
Precarização do trabalho das/os catadoras/es

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Associativa/Cooperativa

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Pretos

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es sem terra, Assentadas/os de Reforma Agrária, Movimentos sociais, Outros

Qual(is) outro(s)?
Cozinheiras; Catadoras/es

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma inicial

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Diminuição das chuvas, Alteração no calendário de chuvas, Diminuição da disponibilidade hídrica, Maiores distâncias para acesso à água, Desertificação, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais agrícolas, Aumento de doenças nas plantas (moscas, protozoários, fungos etc), Piora na qualidade do ar, Outras

Qual(is) outra(s)?
Para as/os catadoras/es: Aumento do calor extremo; perda de renda; Aumento da desigualdade ambiental; Agravamento de condições insalubres

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 5 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Não é possível aferir

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Água, Sementes, Florestas, Matas, Rios

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Barraginhas ou caixas de contenção de enxurradas (caixas secas), Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Manejo da água, Compostagem, Conservação do solo, Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Salvaguarda de sementes, Gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos secos (separação para coleta seletiva e reciclagem)

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Assessoria e suporte à comunidades vulneráveis, Democratização e ampliação do acesso político de grupos minoritários a espaços de poder, Organização de grupos e comunidades

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Sim

Como estes grupos têm atuado e quais são as principais estratégias utilizadas?
Sim, é uma experiência pioneira na articulação entre dois grupos historicamente marginalizados que assumem papel central no enfrentamento às mudanças climáticas: trabalhadores rurais sem terra, organizados em cooperativas da reforma agrária, e catadoras e catadores de materiais recicláveis, organizados em associações e cooperativas urbanas. Ambos protagonizam práticas concretas de cuidado com o território — seja na produção agroecológica, seja na gestão de resíduos — contribuindo para a mitigação dos impactos ambientais e para a construção de soluções sustentáveis a partir das periferias sociais. Tudo isso se materializa por meio de uma estratégia alimentar: uma cozinha instalada no galpão da Asmare, no centro de Belo Horizonte, abastecida com alimentos vindos das cooperativas do MST.








Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim

Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Não

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Não

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Não foi desenvolvida nenhuma ação ou produto de comunicação

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram

Indique o link do site:
https://mst.org.br;

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
https://www.instagram.com/asmaremg/

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Não

Anexos

Anexe fotos para representar a experiência:

Cozinheiras na Asmare

Bernardo Vaz

Almoço no refeitório da Asmare

Bernardo Vaz

Catadora servindo na Asmare

Bernardo Vaz