Programa Popular de Agroecologia da Bacia do Rio Doce

Identificação geral da experiência

Qual é o nome da experiência que está sendo cadastrada aqui?
Programa Popular de Agroecologia da Bacia do Rio Doce

Descreva brevemente a experiência, destacando as ações que realizam.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, desde 2019, vem construindo o Programa Popular de Agroecologia da Bacia do Rio Doce. O Programa é a tática/ação central do MST do Vale do Rio Doce na construção e fortalecimento da estratégia Reforma Agraria Popular, que a luz da Agroecologia, constrói ações na produção de alimentos saudáveis, no cuidado e recuperação dos bens comuns da natureza e na formação e educação de base.
O Programa é antagônico e crítico, a mais um “ente” do agronegócio, a mineração. Ele se coloca a serviço dos trabalhadores da Bacia do Rio Doce apresentando um legue de projetos que integra e dinamiza ações produtivas econômicas, ambientais e de educação com perspectiva agroecológica, em áreas de assentamentos e acampamentos rurais e se solidariza coletivamente nas exigências de reparação e compensação dos danos causado pelo crime da SAMARCO em Mariana em 2015, com o rompimento da Barragem de Fundão.
Realizamos ações em 4 eixos centrais:
1. Formação e Educação em Agroecologia, com formação de base, formação e formadores, ações com crianças e jovens das escolas do campo e formação técnica.
2. Produtiva agroeoclógica, com ATES e fomentos produtivos para fortalecimento da cooperação, com construção de mutirões agroecológico e de toda cadeia produtiva, desde a produção, mas a agroindustrialização e comercialização. Nosso foco está na produção de frutas, hortaliças, olericulas e anuais.
3. Ações ambientais, com ações de restauração em áreas de reserva legal, com ações de coleta de sementes e produção de mudas. Organizando produção de bioinsumos.
4. Ações de saúde, com processo de construção de uma casa de saúde integral.

Estado da experiência:
Minas Gerais (MG)

Município e Estado da experiência:
Jampruca (MG)

Abrangência da experiência:
Estadual - 5 ou mais municípios

Onde a experiência está localizada?
no meio rural

Em que ano se iniciou a experiência?
2019

A experiência está ativa?
Sim, está em desenvolvimento

A experiência está vinculada a alguma(s) organização(ões)?
Sim

A experiência está vinculada a alguma(s) rede(s)?
Sim

Qual o foco prioritário da experiência?
Produção e beneficiamento

Qual o destino da produção?
Autoconsumo, Doações, Troca, Comercialização

Quem são os beneficiários das doações?
Famílias em situação de vulnerabilidade, Estudantes de escolas e creches, Instituições beneficentes, Banco de alimentos, Cozinhas comunitárias

Com quem são feitas as trocas?
Instituições, Movimentos sociais

Quais as principais formas de comercialização?
Feira, Cozinhas comunitárias, Pontos de venda fixos (lojas, quitandas, etc), restaurantes e outras instituições privadas, PAA, PNAE

A experiência pode ser associada a quais temas?
Agrotóxicos e Transgênicos, Águas e Saneamento, Alimento, Segurança e Soberania Alimentar, Arte, Cultura e Comunicação, Biodiversidade e Bens Comuns, Construção social de Mercados, Cooperativismo e outros arranjos comunitários, Economia Solidária e outras economias, Educação e Construção do Conhecimento Agroecológico, Manejo dos Agroecossistemas, Mulheres e Feminismos, Políticas Públicas e fomento, Resiliência Socioecológica e Mudanças Ambientais, Terra, Território e Ancestralidade

Gestão da experiência

A gestão da experiência é feita de que forma?
Associativa/Cooperativa

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Igualitário

A gestão da experiência é feita, principalmente, por:
Pretos

Quais os sujeitos envolvidos na experiência?
Agricultoras/es Familiares e Camponesas/es, Agricultoras/es sem terra, Crianças

Percepções sobre as mudanças climáticas nos territórios

O tema das mudanças climáticas tem sido abordado no território por redes, organizações e outros grupos?
Sim, de forma inicial

Como a experiência percebe os impactos das mudanças climáticas no território?
Diminuição da produção, Perda de produção, Diminuição das chuvas, Alteração no calendário de chuvas, Diminuição da disponibilidade hídrica, Maiores distâncias para acesso à água, Aumento da temperatura, Erosão do solo, Desertificação, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais nativas, Desaparecimento de espécies e variedades animais nativas, Desaparecimento de espécies e variedades vegetais agrícolas, Desaparecimento de espécies e variedades animais (criação animal), Aumento de plantas espontâneas, Aumento de doença nos humanos (cardíacas, diminuição de imunidade, adoecimento mental), Não há efeitos das mudanças climáticas no território.

Desde quando essas mudanças vêm sendo percebidas com mais intensidade?
Há 30 anos

Há sujeitos que intensificam os impactos das mudanças climáticas no seu território?
Sim

Agroecologia e enfrentamento às mudanças climáticas

A experiência envolve a gestão coletiva de bens comuns da natureza?
Sim

Quais bens comuns da natureza?
Terra/solo, Água, Sementes, Florestas, Matas, Rios

A experiência desenvolve práticas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Sim

Essas práticas são de qual categoria?
Manejo (cisterna, reflorestamento, compostagem etc), Gestão (organização de grupos, produção do conhecimento, assessoria etc)

Quais são as práticas de manejo que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Barraginhas ou caixas de contenção de enxurradas (caixas secas), Diversificação de sistemas produtivos (roças, SAFs, hortas, roçados, quintais e outros), Manejo de solo, Manejo da água, Fossa bananeira, Compostagem, Conservação do solo, Diversificação e consórcio de culturas, Plantio de árvores e reflorestamento, Produção de alimentos saudáveis, Salvaguarda de sementes, Manutenção de Reserva Legal e APP

Quais são as práticas de gestão que a experiência desenvolve para enfrentar os impactos das mudanças climáticas?
Engajamento da juventude e defesa das futuras gerações, Democratização e ampliação do acesso político de grupos minoritários a espaços de poder, Organização de grupos e comunidades

Na experiência há algum grupo atuando como protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas? (ex. mulheres, jovens, idosos, pessoas negras, grupos sociais etc):
Não

Políticas Públicas e financiamento

Essa experiência acessou ou acessa alguma política pública?
Sim

Qual(is) política(s) acessa?
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional da Agricultura Familiar (PRONAF)

A experiência teve algum tipo de financiamento?
Sim

Comunicação

A experiência conta ou contou com estratégia de comunicação?
Não

Qual(is) ação(ões) ou produto(s) de comunicação foi(ram) desenvolvido(s)?
Estratégia corpo-a-corpo de comunicação, Produção de cartaz, folder ou banner, Divulgação nas redes sociais

Para desenvolver as ações ou produtos de comunicação relacionados à experiência, a organização/rede conta (contou) com algum profissional de comunicação?
Não

Quais os principais canais de comunicação usados para divulgar a iniciativa?
Instagram, Whatsapp, Feiras, Reuniões nas comunidades

Indique o link do site:
Não temos

Indique nome de usuário ou link do Instagram:
https://www.instagram.com/mstvaledoriodoce?igsh=M3VkNm80cjE4c2Yz https://www.instagram.com/cooperuatu?igsh=MXNyajliNXk5czZ4cQ==

As ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Sim

Como as ações/produtos de comunicação contribuem (contribuíram) para o desenvolvimento da iniciativa?
Ajuda (ou ajudou) a mobilizar mais agricultoras/es para participar da iniciativa, Favorece (ou favoreceu) a divulgação dos impactos positivos da agroecologia no enfrentamento à emergência climática