Barraca dos Quintais Produtivos da Colônia


Tudo começou com D.  Rita que já  produzia  e  comercializava  os  produtos  de  uma  horta  de  300m2  em  seu  quintal  na  Colonia  Juliano  Moreira,  mas  em  2012 a  Prefeitura  a  obrigou  a  sair  da  casa  e  sua horta  foi  destruída.    Neste  mesmo  ano,  ela começou  a  trabalhar  com  equipe  da  Fiocruz Mata  Atlântica  no  projeto  Quintais  Produtivos,  participando  de  reuniões,  fazendo  levantamento  nos  quintais,  ensinando  técnicas  de produção  e  comercialização,  para  que  os quintais  não  mais  acumulassem  lixo  e  produzissem  mais  saúde.    D.  Aldacir  procurou D.  Rita  para  ajudar  a  fazer  uma  horta  no  terreno  em  frente  ao  seu  apartamento,  que  se ampliou  para  toda  a  frente  do  prédio.  Arrancaram  grama,  tiraram  pedras,  compraram terra  e  esterco  e  a  horta  começou  a  produzir, vendendo  no  local  e  na  Feira  da  Freguesia.
D. Fátima, com o apoio do projeto, começou uma pequena horta que vem se ampliando cada vez mais, com clientes que compram no local e também na Feira da Freguesia.   D. Sumaya também iniciou sua horta com o apoio do projeto e comercializa seus produtos em várias feiras.  Joana, Sandra e Carla possuem uma pequena horta que ainda está produzindo só para o autoconsumo da família. Elas  se reúnem mensalmente com a equipe da Fiocruz Mata Atlântica e a AS-PTA, todos fazendo parte da Rede Carioca de Agricultura Urbana, que discute políticas sobre temas ligados à agricultura urbana, agroecologia, soberania e segurança alimentar e para a tomada de decisão coletivas sobre questões comuns.


Um destaque importante desse processo, diz respeito a concretização do ponto de comercialização, mais conhecido como barraca da Colônia. Em torno desse espaço que funciona uma vez por semana foi possível amadurecer muitos aspectos relacionados ao desenvolvimento da agricultura urbana na Colônia, mais principalmente a relação entre as mulheres, proporcionando o fortalecimento dos vínculos entre elas. Em relação a esse ponto que trata das relações, a parceria CFMA com a Capina foi de suma importância, como já mencionado anteriormente. A partir da formação de duas técnicas na formação de técnicos promovido pela Capina foi possível propor o estudo de viabilidade econômica e gestão democrática para as mulheres o que contribuiu para potencializar a discussão sobre problemas relacionados a gestão da barraca.  A barraca também serviu para dar visibilidade das agricultoras e seus produtos para os moradores do bairro e entorno. Verificamos ainda a  diminuição de custos com a eliminação de gastos com transporte para deslocamento para o ponto de comercialização e taxa de feiras que é cobrado em outros espaços. O que contribuiu para melhoria do retorno financeiro das agricultoras e da qualidade de vida por conta da barraca ser próximo às suas residências.

2. Duração da experiência

Essa é uma experiência criada em resposta aos efeitos da crise sanitária decorrente da pandemia do Coronavírus (Covid-19)? Em parte, a experiência já acontecia mas houve ajustes devido à pandemia

3. Identificação do tipo experiência

Esta experiência é/foi realizada no Brasil?Sim

Selecione o tipo de experiênciaComercialização

Tipo(s) de produto(s) comercializado(s)

  • Alimento beneficiado (polpa, doce, geléia, etc)
  • Alimento in natura
  • Tempero
  • Plantas medicinais ou outro produto terapêutico (pomada, óleo, unguento, etc)
  • Outro

Qual outro?Mudas

Forma como comercializa o(s) produto(s)

  • Cestas agroecológicas
  • Feira

4. Sujeitos

Você considera que a experiência tem uma atuação em Rede? Sim

Sexo - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • Masculino
  • Feminino

Se há um sexo com maior participação, indique Feminino

Cor ou raça - indique o(s) grupo(s) que participa(m) da experiência

  • Parda
  • Preta
  • Branca

Se há uma cor ou raça com maior participação, indiquePreta

Faixa etária - indique o(s) grupo(s) que participa(m) dessa experiência

  • De 15 a 29 anos
  • Acima de 60 anos
  • De 30 a 60 anos

Se há uma faixa etária com maior participação, indiqueDe 30 a 60 anos

6. Localização e abrangência espacial

Esta experiência está sendo cadastrada pelo celular (via aplicativo ODK Collect)? Não

7. Práticas em saúde e agroecologia

Práticas Agroalimentares (produção/beneficiamento/consumo)

  • Casa ou guardiães/ões de sementes
  • Feiras agroecológicas
  • Plantas alimentícias não convencionais (PANCs)
  • Quintais sócio-produtivos (horticultura, pomar, etc.)

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) Plantas medicinais e fitoterapia

Práticas Populares e Tradicionais de Cuidado em Saúde ou Saúde Popular Remédios caseiros a partir de plantas medicinais

Outras práticas não especificadas nas opções anteriores Eventos Agroecológicos

Esta prática é considerada uma tecnologia social pelos protagonistas da experiência? Sim

O que estimula a adoção dessa(s) prática(s)?

  • Outro
  • Rodas de conversa e oficinas
  • Ancestralidade/trajetória de vida/memória afetiva
  • Curso de capacitação e treinamento
  • Participação em redes de aprendizados e conhecimentos
  • Intercâmbio/vivência

Qual outro estímulo à adoção desta prática?Independência Financeira

8. Políticas públicas

Caso a experiência tenha acessado uma ou mais políticas públicas brasileiras, indiqueNenhuma

9. Resistências e ameaças

Algo ameaça esta experiência?

  • Transgênico
  • Disputa territorial ou dificuldade de acesso ao território
  • Contaminação/poluição ambiental
  • Violência do Estado
  • Racismo
  • Violência de gênero (contra mulher, LGBTQIAP+fobia)
  • Violência geracional (contra crianças, adolescentes, idosos)

Há conflito(s) ambiental(is) no(s) território(s) onde essa experiência acontece?Sim

Indique o(s) município(s) e respectiva(s) Unidade(s) Federativa(s) onde acontece o conflitoRio de Janeiro

Grupo(s) social(is) atingido(s) pelo conflito ambiental

  • Agricultor(a) familiar
  • Agricultor(a) urbana/o
  • Moradores/as em periferias, ocupações ou favelas

Atividade(s) geradora(s) do conflito

  • Construção civil
  • Atuação do Judiciário e/ou do Ministério Público
  • Especulação imobiliária
  • Mineração, garimpos e siderurgia
  • Sobreposição com áreas protegidas (Unidades de Conservação)
  • Atuação de entidades governamentais

Impactos Socioambientais da(s) atividade(s)

  • Poluição de recurso hídrico
  • Poluição atmosférica
  • Falta/irregularidade na demarcação de território tradicional
  • Invasão/dano a área protegida ou unidade de conservação
  • Desmatamento
  • Falta de saneamento básico
  • Poluição do solo
  • Alteração no ciclo reprodutivo da fauna
  • Incêndios e/ou queimadas
  • Poluição sonora
  • Urbanização desordenada

Possíveis danos à saúde decorrentes da atividade e/ou do conflito

  • Doenças respiratórias
  • Falta de atendimento médico
  • Suicídio
  • Violência - assassinato
  • Violência - lesão corporal
  • Violência sexual/abuso
  • Piora na qualidade de vida
  • Violência psicológica/assédio

A experiência aqui cadastrada está envolvida nesse(s) conflito(s) ambiental(is)? Sim, a experiência contribui para o enfrentamento do conflito

11. Estratégias de Comunicação e Anexos

Que tipo(s) de ferramenta(s) utiliza para divulgar a experiência e se comunicar com os envolvidos?

  • Whatsapp/Telegram
  • E-mail
  • Facebook/Messenger
  • Instagram

12. Redes em saúde e agroecologia

De que forma sua organização poderia colaborar na criação e/ou fortalecimento dessas redes?

Articulação com outras redes, instituição e grupos a partir das redes da qual fazemos parte. E através da disseminação de tecnologias sociais, fomento a práticas agroecológicas e elaboração de projetos para capitação de recursos .

Anexos

Anexo 1

Anexo 1

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Flyer

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Anexo 3

Anexo 3

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