Projeto Gênero, Quintais Produtivos e Desenvolvimento Territorial Saudável, Sustentável e Solidário no Contexto da Pandemia Coronavírus
Considerando-se que o projeto se inicia agora faremos a seguir referências aos objetivos e conjunto de iniciativas e resultados pretendidos: A iniciativa alinha-se ao Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR); a estratégia Fiocruz de Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis; e, reflexões e demandas consagradas pela Marcha das Margaridas. Enfocará o papel da agricultura familiar procurando gerar evidências sobre esse papel no enfrentamento da crise sanitária, econômica e socioambiental, em particular as atividades protagonizadas pelas mulheres nos quintais produtivos agroecológicos, na garantia da manutenção da renda familiar, na segurança alimentar e nutricional e na promoção da saúde. Os quintais produtivos agroecológicos são aqui entendidos como espaços de promoção da saúde e de formas solidárias de geração de renda protagonizado pelas mulheres agricultoras familiares. O projeto tem como eixos estratégicos: a) Formação e Informação para Ação, que incluirá intercâmbio de experiências e formação de pesquisadores populares e das comunidades nos territórios articulado a ação de produção de mapeamentos colaborativos e pesquisa-ação (com uso da caderneta agroecológica) evidenciando as atividades na agricultura familiar e as práticas de produção de bens agrícolas nos quintais produtivos agroecológicos desenvolvidas por mulheres agricultoras familiares. As análises abordarão os contextos das cadeias produtivas afetas o que potencializará a geração de conhecimento sobre resiliência e perenidade da agricultura familiar no contexto pandêmico e pós pandêmico do Covid-19. O esforço contribuirá com a organização de projetos de apoio aos quintais produtivos agroecológicos para geração de renda, promoção à saúde e soberania alimentar; e, b) Governança Territorial em Rede: A iniciativa ativará redes sociotécnicas nos territórios procurando promover processos de vigilância de base territorial popular em saúde, soberania e segurança alimentar. Nesses espaços serão promovidas análises de cenário com prospectiva territorial. Espera-se a implantação de Salas de Cooperação Social as quais contribuirão para sistematização e geração de dados e informações para tomada de decisão relativas as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural saudável, solidário e sustentável. Em seu modelo de gestão o projeto promoverá a apropriação popular e o uso estratégico da Agenda 2030 e o Plano Década da Agricultura Familiar (FAO) articulando-os às ações priorizadas pelo território e qualificação de seu monitoramento. São participantes do projeto: dirigentes e assessorias sindicais, agricultoras familiares, rede educadores populares da ENFOC, rede agroecológicas e de organizações de mulheres, parceiros locais com poder de incidência sobre os processos de desenvolvimento sustentável, saudável e solidário.